Alec

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 Estava totalmente nervoso andando de um lado para o outro no palanque. Hoje seria minha apresentação do TCC e eu redescobri que tinha pavor de falar para um público tão grande, isso nunca iria mudar ao que me parecia. Minhas mãos estavam suando como nunca, sentia minha pulsação acelerada e eu não conseguia parar quieto. Toda a bancada já estava montada e as pessoas começaram a chegar.

 - Eu sinceramente acho que você ainda vai abrir um buraco no chão. - Olhei para trás e sorri instantaneamente ao ver minha família. Maryse veio até mim de braços abertos e nos abraçamos.

 - Como conseguiram vir até aqui? Eles não costumam deixar a família...

 - Nós temos nossa arma secreta. - Ela se afastou sorrindo, fiquei meio confuso e logo o vi. Sorri. - Ninguém diz não para Magnus. - Falou minha mãe como se aquilo fosse óbvio.

 Ele veio até nós sorrindo.

 - Tenho alguns truques na manga. - E então ele piscou e os Lighwood começaram a rir.

 - Nós só viemos lhe desejar sorte, por mais que você não precise disso. - Falou meu pai que também já tinha vindo me abraçar e naquele momento eu não sabia se explodia de felicidade por toda a família estar junta ou de nervosismo por nem conseguir respirar direito com o fato de ter que apresentar o TCC.

 - Obrigado.

 - Agora vamos sair daqui e arrumar um lugar bem na frente porque não sou obrigada a assistir um trabalho chato, do fundo. - Reclamou Isabelle e meus pais sorriram a seguindo logo depois que se despediram de mim.

 - E então? - Magnus se aproximou, me abaixei um pouco e dei um selinho demorado nele. Quando me afastei ele sorriu. - Você está tão tenso.

 - Que ótimo diagnóstico doutor Bane.

 - Relaxa, vai dar tudo certo. Você sempre arrasa! 

 - Ainda bem que existem pessoas positivas na minha vida. - Ele começou a rir.

 - Ainda bem que existe Magnus Bane na sua vida. - Revirei os olhos e ele se aproximou um pouco mais de mim para me dar um outro selinho antes de partir. - Relaxe ok? Estarei bem na frente.

 - Então se eu desmaiar, você vai ser quem vai alcançar o palanque primeiro e me dar os devidos atendimentos médicos?

 - Você não vai desmaiar.

 - Não podemos descartar nenhuma possibilidade. - Magnus revirou os olhos, me deu as costas e saiu andando me deixando só enquanto eu ria.

  Voltei ao meu posto, faltavam poucos minutos para que tudo começasse e meu coração estava a mil... Tá, os batimentos tinham relaxado um pouco depois de ver minha família, eles conseguiram me acalmar com o simples fato de estarem aqui.

 Olhei para o meu professor e ele assentiu para que eu começasse. Por um momento o mundo pareceu parar, olhei para a frente e os olhos de todos se voltaram a mim, meu coração acelerou e procurei os olhos de alguém conhecido. Olhei para Magnus e ele abriu um pequeno sorriso para mim, o que me encorajou. Respirei fundo e decidi começar.

 - Bom dia, meu nome é Alexander Lightwood e o meu trabalho é sobre a pena de morte em alguns estados do nosso país. - Senti um frio na barriga hora que vi meu professor de direito penal entrando e meu orientador. Que tudo desse certo pelo meu próprio bem. - A pena de morte nos Estados Unidos é uma herança da influência britânica na formação do judiciário do país. Quando os colonizadores britânicos vieram para o país, a prática existia na justiça inglesa, e foi adotada no "novo mundo".  Atualmente, 33 dos 50 estados do país ainda mantém a pena de morte. As leis que o definem variam de estado para estado, considerado a autonomia legislativa deles. 

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora