Alec

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 Quando cheguei da faculdade Magnus estava cheio de livros em cima da cama, ele não tinha ido para a faculdade e nem vindo para a casa ontem. Fiquei me sentindo horrível por ele ter ficado com a minha mãe, varado a noite  com ela e não ter voltado, não ter ido para a aula...

 - Você deveria ter voltado. - Ele ergueu a cabeça e fui para o seu lado na cama.

 - Sua mãe é  uma companhia agradável. - Arqueei a sobrancelha.

 - Como ela está?

 - Passando por ainda mais exames. - Assenti. - Acho que... Não sei, alguém da família deveria visitá-la. - Suspirei.

 - Sei que tenho que avisar meu pai e Izzy só que... - Olhei para baixo sem saber ao certo o que dizer.

 - Sabe, vocês tem muito em comum! - Olhei para Magnus e percebi que ele estava tentando mudar o rumo da conversa para algo mais tranquilo. - Café puro, não gostar de hospitais, ambos também tem uma certa antipatia pelo Jace... - Sorri e comecei a dar uma olhada em alguns dos papéis que estavam em cima da cama, uma pulseirinha chamou minha atenção no pulso dele e eu segurei sua mão para olhá-la melhor.

 - Que bonitinha. - Sorri enquanto mexia nela, olhei para Magnus e ele estava a encarando sorrindo também.

 - Ganhei de uma garotinha que faz quimeo.  - Dessa vez olhei para ele um pouquinho mais sério. - Eu fui até lá... Estava precisando andar um pouco. - Sabia o quanto ele não gostava da ala superior do hospital, sempre que possível tentava evitar de ir até lá, justamente por causa de lembranças.

 - E como foi?

 - Peculiar. Também levei sua mãe para brincar com as crianças hoje de manhã.  - Magnus se animou e começou a me contar de como ela interagiu com as crianças, até que bateu o cansaço e ela quis ir dormir. Depois de um tempinho me levantei decidindo ir preparar algo para comermos e enquanto estava na cozinha, ainda com um pouco de dificuldade por causa de minha mão enfaixada, fiquei imaginando ele e minha mãe rodeado de crianças.

 Meu celular começou a tocar e o peguei em cima do balcão da cozinha, depois de enxugar as mãos.

 - Alô?

 - Alec.. 

 - O que aconteceu? Por que você está chorando?

 - Isabelle não aparece em casa desde ontem. - A voz do meu irmão estava chorosa.

 - Ela não...

 - Ela brigou com a Sara e saiu de casa, papai ficou louco enquanto defendia a loira.

 - Ah Max... Eu vou tentar ligar para ela, tenha calma. Como você está?

 - Com medo, papai não se acalmou ainda. - Suspirei, não tinha muito o que fazer, ainda mais estando tão longe.

 - E-eu... Max, fique no seu quarto e perto do telefone, vou ver o que consigo fazer e volto a te ligar ok?

 - Aham...

 - Não chore, ela deve estar bem, conhecemos Izzy, ela se vira muito bem sozinha.

 - Eu sei. Alec quero morar com você! - A voz de meu irmão cada vez se emaranhava mais entre o choro, quase que não davam para serem entendidas. - Aqui todo o dia tem briga.

 - Max eu... - Ouvi batidas na porta, batidas insistentes e bem altas. Fui até ela ainda com o celular em mãos. - Olha, eu vou tentar falar com o papai e com Isabe... Isabelle! - Minha irmã estava a porta do me apartamento com a maquiagem toda borrada, com a cara de choro e tremendo, por causa do frio. - Max, eu te ligo daqui a pouco, Izzy está bem. 

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora