Alec

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Assim que Magnus saiu do quarto depois de eu propor a ele dormir comigo, me senti arrependido, ele deveria achar que estava querendo alguma coisa ou que estava querendo me aproveitar dele de alguma forma. Senti meu rosto enrubescer, ele devia estar me achando um completo idiota. Mais logo em seguida ele voltou e confesso que senti um certo alívio, Magnus estava com minhas roupas e com a cara de cansado. Assim que ele deitou, dormiu e eu que estava um pouco tenso por tê-lo em minha cama relaxei. Abri os olhos e comecei a o observa-lo enquanto dormia.

Ele era sereno, me passava certa tranquilidade por estar ali aos seus cuidados e não ter precisado ter ido ao hospital. Mas, me preocupava o fato de estar ocupando muito de seu tempo, a faculdade era... Seu curso era muito difícil e ele não podia se ocupar com outras coisas a não ser sua vida acadêmica. Estava o observando ainda e meio que por impulso levei uma das mãos até seu cabelo, não deveria estar fazendo aquilo, não deveria mesmo começar a ficar tão próximo de Magnus Bane. Recolhi a mão e por fim dormi.

Quando acordei olhei para o lado e Magnus estava bem mais próximo do que antes, sentia sua perna enroscada na minha (na sem o gesso) e ele estava de lado, virado para mim. Sua respiração era calma, estava com certa pena de ter que acordá-lo para a aula. Olhei para o relógio ao meu lado e vi que já era de tarde, me assustei, nunca tinha dormido tanto.

-Magnus...Magnus... - Chamava baixinho ele para não assustá-lo. Ele se virou na cama para o outro lado e colocou o travesseiro na cabeça. Arqueei a sobrancelha e sorri. - Magnus, já é tarde. Magnus. - Levei a mão até a base de suas costas e o cutuquei.

-Alexander, você está me bulinando? - Ele perguntou com a voz molenga e eu mais do que na hora tirei minha mão da base de suas costas. Senti meu rosto esquentar.

-D-desculpa eu... Bem, está tarde. - Ele se virou para mim tirando o travesseiro do rosto e me encarando.

-Tudo bem, se quiser pode continuar. - Fiquei sem reação, senti meu rosto ficar ainda mais quente e Magnus começou a rir. - Ou não. - Ele se sentou assim como eu.

-Você perdeu as aulas da manhã, não poder perder as da tarde também. Não por minha causa.

-Não se preocupe gracinha, faz bem faltar as vezes. - Arqueei a sobrancelha. - E você não parece saber como é...

-Magnus, você não pode se desconcentrar por minha causa, medicina é um curso difícil e...

-Ás vezes eu penso ver minha mãe em você. - Ele falou dando de ombros e se levantando. - Vou preparar algo para comermos. - E então saiu do quarto.

Fiquei ali deitado me lembrando da noite e enrubescendo pelo fato de Magnus ter me dado banho, me ver vomitando e... Por que estava me importando tanto com o estado que Magnus me vira? Me levantei com um pouco de dificuldade, e comecei a tentar caminhar até a cozinha, sem cair ou esbarrar em algo. Chegando no corredor Magnus levantou a cabeça e quando me veio veio correndo até mim.

-Como você pode ser tão teimoso? Não consigo entender... - Ele pegou na minha cintura e fez eu apoiar um braço em seus ombros. Ele ia me levar para o sofá e neguei, então ele me colocou em uma banqueta perto do balcão da cozinha e fiquei o observando enquanto cortava algumas coisas.

-O que posso fazer para ajudar? - Perguntei enquanto o observava ele indo de um lado para o outro na cozinha.

-Começar a me obedecer. - Revirei os olhos.

-Sério, não gosto de ver você fazendo um monte de coisas enquanto eu não faço nada. - Ele parou, pegou uma tábua no balcão, alguns legumes, uma faca e os trouxe até mim.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora