Alec

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 - Por que estou aqui? Me respondam! - Maryse já estava voltando a ficar descontrolada, praticamente gritando no apartamento enquanto olhava para todos ao seu redor. Olhei para a minha avó que ainda estava ao meu lado e ela deu de ombros.

 - Por Deus Maryse, pare de ser tão chata! - Ela levantou as mãos para os céus.

 - E quem é você para falar dessa forma comigo? - Maryse com a mais absoluta certeza não tinha mais a mesma educação de antes.

 - Não fale assim com sua mãe. - Olhei para meu avô que estava segurando a mão de Max, olhei para baixo e meu irmão estava com os olhinhos arregalados. - Estamos aqui para o seu Bem Mary, querida.

 - Para o meu bem? Nesse lugar? - Era óbvio que ela já tinha se tocado onde estava, Maryse nunca fora burra.

 - Já é tarde e não acho que será muito legal você ficar gritando, os vizinhos vão se incomodar e não quero problemas. - Comentei e senti minha avó apertando minha mão. Maryse se virou para mim e cerrou os olhos.

 - Quero mais é que os vizinhos se explodam! - Ela gritou e me segurei para não revirar os olhos, ainda estava calmo enquanto ela olhava para cada um naquela sala. - O que quero, é saber o que estou fazendo aqui? Justamente aqui!

 - Se voc...

 - Não dirija a palavra a mim, criatura imunda!

 - Mamãe... - Ambos desviamos nossos olhares a Max que estava encolhido ao lado de meu avô.

 - Ah querido, sinto tanto por isso... - Ela foi até meu irmão que se escolheu um pouco mais atrás de nosso avô. Quando desviei o olhar para Maryse percebi algo diferente passando pelos seus olhos. - Querido venha cá... - Meu irmão negou com um aceno e ela se levantou furiosa. - Está vendo o que você fez! - Ela gritou e veio em minha direção.

 - O que eu fiz?

 - Tirem Max daqui. - Ela ordenou como se realmente estivesse nessa posição, olhei para meu avô que me encarava e apenas assenti, para depois olhar a minha avó ao meu lado.

 - Que os santos te ajudem... - E então os três saíram. Esperei mais um pouco e depois voltei a encarar Maryse. 

 - Eles estão no cômodo ao lado, então... Que tal tentar conversar civilizadamente? - Ela arqueou a sobrancelha daquele jeito arrogante que só ela sabia. - Ou você continua gritando e assustando seu filho. Você é quem sabe... - Dei de ombros e percebi o quanto ela estava me odiando nesse momento.

 - Não use meu filho para que eu... - Suspirei e me sentei na poltrona que tinha perto de onde estava.

  Não daria o gosto de uma discussão para Maryse, ainda mais agora, que já estava totalmente ciente do quanto isso não nos levaria a absolutamente lugar algum. Ela estava totalmente inconformada com minha atitude e praticamente bufava enquanto me encarava.

 - Me diga, por que me trouxe até aqui? Não entende que não quero ter nada relacionado a você? Não sei qual a sua dificuldade em entender isso Alexander. Não duvidava tanto de sua capacidade mental. - Ela tinha controlado seu tom de voz, mas suas palavras continuavam bem ácidas.

 - Não estou fazendo isso porque quero o mínimo possível de contato com você Maryse, eu sei quando sou indesejado perto de alguém. A trouxe para minha casa por dois motivos, sendo eles, um clínico e outro estritamente relacionado a Max, porque diferente de você, eu sei muito bem quando tenho que largar meu egoísmo de lado, principalmente por alguém que me importo.

 - Você não sabe nada sobre mim, me importo com minhas pessoas, mas, você torna tudo isso a coisa mais insuportável da vida, age como se eu estivesse precisando de sua ajuda e eu não estou! Pelo total contrário, não quero nada de você e acho que já deixei isso bem claro.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora