Alec

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 Tinham se passado alguns meses depois do jantar com meu pai, Isabelle tinha ido embora depois de uma série de reclamações e Simon ficou um dia inteirinho choramingando sobre ficar longe de sua amada. Revirei os olhos, era só o que eu precisava... A partir daí, ele acabou se enturmando com Clary, Raphael, Magnus e Jace e criamos algum tipo de amizade. Mesmo assim não gostava de pensar que um colega meu estava saindo com minha irmã.

 - Alexander eu achei uma coisa. - Estava no sofá da sala do apartamento  estudando e fazendo algumas anotações em meu caderno, olhei para Magnus que tinha entrado, tinha o dado uma chave e estava só esperando a oportunidade certa para convidá-lo a morar comigo. Ele se sentou ao meu lado no sofá, tinha acabado de sair do hospital e estava com uma papelada em mãos. - Lembra que falei de procurar nos registros do hospital para saber se sua mãe tinha passado por lá? - Assenti. - Então, ela está sendo atendida pelo doutor Collins, seus exames ainda não passaram por ele mas, consegui pegar uma cópia. - Arqueei a sobrancelha.

 - Você não poderia ter feito disso. - Ele deu de ombros.

 - Relaxe e preste a atenção, não sou muito bom ainda e não tenho uma base tão boa para diagnósticos. - Ele falou enquanto encarava os papéis em sua frente. - Estou desconfiado de que ela esteja com algum tipo de doença autoimune. - Ele me olhou e arqueei a sobrancelha. - É quando o sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do corpo por engano. - Assenti. - Existem várias delas, mais de oitenta.

 - E você tem alguma ideia de qual delas Maryse poderia ter? - Ele fez careta.

 - Não sei, pode ser anemia hemolítica, artrite reumatóide, pode ser lúpus... - Fiquei preocupado, suspirei e ele olhou para mim. - Olha eu não tenho certeza, posso estar enganado.

 - Você... - Desisti, iria pedir para ele ficar de olho se ela fosse em alguma outra consulta e se ele conseguiria descobrir com que ela estava.

 - Olha, eu posso ficar de olho nos registros e tentar descobrir o que ela tem. - Olhei para ele.

 - Você não precisa, não mesmo, poderá se meter em problemas. 

 - Relaxa querido, vai dar tudo certo. - Ele tentou me passar um sorriso tranquilizador e franzi o cenho.

 - Não gosto de todo esse otimismo, se as coisas tiverem um por cento de chance de darem errado, elas vão dar errado! - Ele revirou os olhos e se levantou indo para a cozinha.

 - Eu acho que você só deveria agradecer e não comentar mais absolutamente nada! - Me levantei colocando os cadernos na mesinha de centro e fui até ele, me apoiei no balcão o observando pegar algo na geladeira.

 - Obrigado Mag. 

 - É assim que eu gosto, sem mais comentários por gentileza. - Revirei os olhos.

 Fiquei pensando no que ele tinha falado, não tinha ideia do que seriam essas doenças, a única que mais ou menos conhecia era lúpus mas, tinham de vários tipos, podendo afetar diferentes áreas.

 - Não fique tão preocupado com o que disse, talvez esteja totalmente errado. Vamos esperar e vou ver se consigo o diagnóstico final. - Assenti, Magnus veio até mim e me abraçou, estava da sua altura porque estava numa das banquetas. - Não deveria ter falado nada.

 - Deveria sim. - Beijei o canto de sua boca. 

 - Quando Max vem para levá-lo até a casa de sua mãe?

 - Acho que no final de semana que vem, não tenho certeza, vou ver. - Magnus estava pensativo. - Por quê? 

 - Não sei se seria legal enfiar seu irmão mais novo no meio disso, mas, e se ele tentar conversar com ela, sei lá. Vai que sua mãe abre a boca. - Arqueei a sobrancelha. - Não sei nem se essa é uma boa ideia. - Fiquei um pouco pensativo, não sabia se era uma boa enfiar Max no meio de tudo isso mas, era uma ideia a se pensar.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora