Magnus

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Alexander ainda tiraria minha sanidade, ou o resto dela. Fui até o sofá depois de tê-lo deixado no quarto. Estava abobado com o fato dele confessar que também queria o beijo. Estava pensado em seu beijo, em seu toque... Mas ele parou de repente. Revirei os olhos. Até me deu a impressão que ele não tinha gostado, só que depois no quarto me revelou o total contrário.

Mandei uma mensagem para Raphael e esperava que ele me respondesse o mais rápido possível.

Magnus: Beijei ele.

Joguei o celular em cima da mesinha de centro e me aconcheguei no sofá esperando que o sono me pegasse.

Acordei com o barulho de algo caindo, abri os olhos devagar, não fazia ideia onde estava até que me lembrei da madrugada. Me levantei num salto e fui até o quarto de Alexander. Abri a porta e vi que o quarto estava vazio com o abajur no chão e diversas outras coisas.

-Droga Alexander... -Sussurrei. Ouvi o barulho do chuveiro. - Não era mais fácil ter me chamado, do que esbarrar em todos os objetos do quarto?- Perguntei perto da porta.

-Não precisava te incomodar, tenho que começar a fazer as coisas sozinho.

-Se passou menos de um dia de seu acidente e nessa madrugada mesmo você estava ardendo em febre então, nem pense que já está melhor porque ainda não está! - Depois que terminei de falar percebi que parecia o pai dele, logo me arrependi de minhas palavras com seu silêncio.

-Você não pode ser minha babá a semana inteira!

-Teimoso... Olha, quando terminar me chama ok? - Não esperei resposta, fui até a cozinha e comecei a preparar algo para o café. Fucei em todos os armários da casa enquanto procurava pelo menos aveia para panquecas.

Depois de uns quinze minutos, fiz tudo rapidinho e fui até o quarto de Alexander. Dei duas batidinhas e entrei. Senhor, que homem era aquele na minha frente... Alexander estava com os cabelos molhados bem bagunçados, com algumas gotas de água em seu peito e uma calça de moletom. Cada dia mais esse Deus Grego parecia melhorar e a melhor parte, ele era tão sexy...

-Magnus, eu não sei se vou para a aula hoje então, não precisa se preocupar. - Ele falava enquanto pegava seu celular com a tela rachada e tentava ligar. Levantou o olhar para mim. - Deixei ele carregando a noite toda, esperando que o problema fosse esse... -Só consegui assentir com um aceno.

-É claro que você não vai para a aula, nem hoje e nem amanhã e nem pelo resto da semana. Agora venha que preparei nosso café. - Fui até ele e depois o levei até a cozinha. - Não sei se é bom lhe deixar sozinho, como você vai ir para lá e para cá?

-Eu dou um jeito. - Respondeu o garoto, coloquei uma das panquecas em seu prato e o café na frente dele enquanto me servia.

-Olha, você pode passar mau e seu celular nem está pegando para me ligar se precisar de algo. - Olhei para ele e o próprio me encarava com uma cara curiosa. - O que foi?

-Gosto de café. - Com certeza não era isso que esperava, não era essa a resposta que eu queria. Esperava algo do tipo, "então fica comigo", ai já faria planos para assistirmos filmes agarradinhos...

-Alexander!

-O que?

-Você precisa de cuidados e não pode ficar aqui sozinho.

-Sério, não quero te atrapalhar, medicina requer muita dedicação e outra, você por gentileza avisar Clary o porque de eu estar de molho? Ela vai ficar preocupada. - Queria bater na cara dele por estar preocupado com o que Clary acharia. Me levantei, peguei minhas coisas de cima da mesinha de centro da sala e caminhei em direção a porta.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora