Alec

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 Na sexta a tarde, Magnus e eu fomos buscar Max no aeroporto. E por sorte, ele e o pequeno se deram muito bem. Era praticamente impossível Max se dar bem com alguém que não fosse da família, ele era pior do que eu quando se tratava de se enturmar. Acho que era algo genético. Depois que fomos comer alguma coisa, Max e Magnus brincaram tanto que depois de um tempo cada um ficou estirado num canto da sala, pois tinham pego no sono. Iria acordá-los, Max iria dividir a cama comigo e Magnus tinha que se ajeitar no sofá, senão a viagem de amanhã não seria nada boa. Tentei me abaixar mais estava ainda bem travado por causa do acidente, era uma maravilha isso. Em vez de sarar logo, parecia que cada dia mais eu piorava. Não sei como, mas eu consegui bater com o pé no canto do sofá e resmunguei um pouco por causa da dor. Eu não estava podendo nem andar direito porque doía, mais ficava quieto antes que Magnus desse a magnífica ideia de arranjarmos uma cadeira de rodas, uma ideia que ele já tinha me dado só que tinha recusado.

-O que foi? - Olhei para o lado e Magnus já estava sentado me observando preocupado.

-Eu, iria acordar vocês. Não é nada confortável dormir no chão e amanhã temos uma viajem de três horas. - Ele arqueou a sobrancelha desconfiado.

-Você costuma resmungar quando quer acordar alguém.

-E eu também bati o pé engessado, nada demais. - Ele se levantou. - Preciso acordar Max para ele ir pra cama.

-Pode deixar que eu levo ele. - Assenti, ele pegou Max e o levou ao meu quarto. Eu num passo de tartaruga tentei o acompanhar, só que com minha lerdeza e dificuldade, deu tempo dele levar Max e voltar para me ajudar. Sorri em agradecimento.


-Ah, qual é Alec, eu gosto dessas músicas! - Reclamava Max no bando de trás do carro por eu ter mudado a estação no rádio, por estar tocando uma música animada demais para o meu gosto.

-Eii, eu também!

-Vocês tem um péssimo gosto musical! - Reclamei e depois voltei para a estação em que estava.

-Alec, sabia que papai está com uma namoradinha nova? - Neguei com um aceno de cabeça.

-E você, gosta dela?

-Claro que não, desde quando eu gosto de alguém que se relacione com você, izzy ou papai? - Comecei a rir, me lembro de ele atentar tanto o último namorado de Izzy que o garoto não quis mais ir em nossa casa e em menos de dois dias ele terminou com minha irmã.

Chegando em frente a casa de Maryse, respirei fundo antes de descer e Max logo que desceu do carro segurou na minha mão. Ele odiava ter que vir sozinho, antes das barbaridades que ela tinha me falado eu vinha com ele um final de semana por mês para vê-la e ficava junto com ele, mais agora...

Olhei para o lado e ali estava Magnus ao meu lado me encarando sem saber no que estaria se metendo se fosse até a porta comigo.

-Pode deixar que eu o levo até lá. Acho melhor você ficar aqui.- Magnus arqueou a sobrancelha e ele provavelmente iria negar por causa do meu estado. - Por favor... - Ele então assentiu e voltou para o carro emburrado.

-Você tem certeza que não quer ficar e me fazer companhia? - Perguntou Max enquanto a gente andava até a porta de Maryse.

-Max, você sabe que eu e a mamãe não estamos conversando muito. - Isso era um eufemismo para o estado em que nos encontrávamos.

-Ela me faz tomar chá! - Sorri e dei algumas batidinhas na porta.

-Obedeça ok?

-Eu sempre obedeço. - Arqueei a sobrancelha. - Tudo bem, nem sempre só que... - E então a porta se abriu antes que ele terminasse de falar. E Maryse desinibida e séria como sempre apareceu nos encarando. Com um vestido azul escuro até alguns dedos a cima do joelho, saltos e os longos cabelos negros soltos. Ela era bem parecida com minha irmã, mas era apenas na aparência.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora