Alec

398 40 3
                                    

 Estava na cozinha fazendo o jantar enquanto Magnus tomava banho e Maryse fazia qualquer outra coisa que não me importava. Fui até o armário, me abaixei e peguei dois vidrinhos de tempero, que iria colocar na carne moída que estava fazendo. Coloquei o tempero de ambos os vidros na panela e mexi um pouco.

 - O cheiro está ótimo. - Olhei para trás e sorri ao vê-lo com os cabelos molhados e aquele pijama ridículo rosa com patinhos.

 - Experimente. - Peguei um pouco numa colher  soprei e levei até sua boca. Enquanto Magnus mastigava, fiquei o observando ansioso pela resposta e também observando seu belo rosto, o que não cansaria nunca de encarar. - E então?

 - Ardido. - Sorri um pouco mais.

 - Ardido bom ou ruim?

 - Bom. - Coloquei a colher na pia e fechei a panela para cozinhar um pouco mais. Me virei de volta para Magnus que estava encostado na pia enquanto me observava.

 - O que foi? - Ele deu de ombros e fui até ele que ainda permanecia calado me observando. - Hum? - Coloquei uma mão em cada lado de sua cintura me aproximando mais e distribuindo alguns beijos pelo seu rosto. 

 - Você precisa fazer a barba. - Parei com o rosto perto da dobra de seu pescoço e comecei a rir. - É sério! - Disse ele rindo também e me afastei. - Apesar de que você fica maravilhoso de qualquer jeito.

 - Acontece. - Magnus arqueou a sobrancelha e sorri. - Como foi a tarde? - Me afastei voltando para perto do fogão.

 - Entediante.

 - Huh?

 - É, brinquei um pouco com o Presidente Miau, fiz uma lista das compras... Coisa que por sinal não fui fazer porque vocês chegaram... Ah, também falei com o Rapha, ele está surtando. - Ele começou a rir e sorri, conhecia Raphael e conhecia muito bem sua capacidade de fazer dramas muitas vezes desnecessários. - E como foi com seus irmãos?

 - Eu realmente não sei da onde ele e Isabelle tiram tanta energia. Eles me fizeram ir pelo menos quatro vezes em cada brinquedo. - Ele riu.

 - Desde quando você ficou tão velho? - Arqueei a sobrancelha, ele veio até mim sorrindo, se aproximou e passou as mãos em meus cabelos, parando e fazendo carinho próximo à minha nuca. - Ah, meus pais ligaram. - Ele se afastou e foi até a geladeira. 

 - E?

 - Lhe mandaram beijos e mais beijos, também peguntaram quando você irá me pedir em casamento. - Desliguei o fogo e olhei para Magnus. - Cerveja? - Neguei e ele pegou uma garrafinha para ele.

 - Eles perguntaram isso?

 - Não, essa parte foi por minha conta mesmo. - Comecei a rir.

 - Meu Deus Magnus...

 - O que? Vai que dou sorte e você já pede já.

 - Amor, você sabe que é cedo demais para isso né? - Ele bufou.

 - Infelizmente. - E me estendeu a cerveja para que abrisse, porque por incrível que pareça ele nunca conseguia abrir, ou era simplesmente preguiça, ainda não conseguia decifrar. Peguei o abridor dentro da gaveta, a abri, guardei o abridor, fechei a gaveta e lhe entreguei a garrafa.

 - Lá no hospital sentem sua falta.

 - Claro que sentem. - Revirei os olhos e ele riu. - Eu também sinto a falta e todos eles. Ah e das meninas, por Beyoncé, faz tempo que não as vejo...

 - Aham.

 Fui até o armário pegar os pratos e os talheres para começar a arrumar a mesa, Magnus para ajudar pegou a toalha e foi estender na mesma. Levei os pratos e talheres e ele logo depois veio com os copos em mãos.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora