Os opostos realmente se atraem? (Malec)

Magnus

 Estava no hospital junto com Raphael, ele estava rindo com uma enfermeira enquanto eu estava brincando na cadeira de rodinhas.

 - Então Magnus, como está a vida de casado? - Arqueei a sobrancelha para Santiago e ele começou a rir, estava risonho hoje né? A enfermeira ao seu lado era um pouco mais velha que nós e ela também me observava, ela apenas sorriu e voltou ao seu  trabalho.

 - Idiota.

 - Mais e ai, como está sendo morar com o garotão? - Raphael se encostou no balcão em minha frente enquanto me encarava.

 - Melhor impossível. 

 - Não sente mais falta de toda aquela sua liberdade? - Neguei.

 - A única coisa que ainda tenho que dar uma mudada básica e sobre ir nas festas, faz tempo em que não vou em uma. 

 - Ele não gosta muito né?

 - Nem, que tipo de pessoa não gosta das festas da faculdade? Frustrante! - Rapha começou a rir.

 - Realmente vocês são muito diferentes. Eu sempre pensei que você morreria seco por Camille.

 - Que ótima lembrança do passado você guardou hem?! - Ele riu. - Eu gostava de Camille naquela época, hoje em dia só sinto um certo carinho por ela, nada que eu possa demonstrar porque ela já vai achar que quero voltar, que sou completamente apaixonado por ela e tudo o mais. - Revirei os olhos.

 - Eu particularmente gosto mais do Alexander. - Comentou Rapha, ele pegou uma das canetas de cima do balcão e começou a brincar com ela, enquanto eu ia de um lado para o outro com a cadeira.

 - Acho que vou comprar um dessa para por no apartamento. - Olhei para Santiago e ele estava com a sobrancelha arqueada. - O que foi?

 - Nem faz muito tempo que você se mudou e já tá querendo por tralha lá dentro? - Sorri.

 - Amado se depender de Alexander a decoração fica a mais sem graça possível e para a minha alegria, ele não se importa nenhum pouquinho de eu dar meus toques no lugar. - Ele revirou os olhos.

 - Não acredito.

 -  No primeiro dia eu já coloquei uns quadrinhos na entrada, já arrumei uns potinhos mais coloridos...  - Ele começou a rir.

 - Não te convidaria para a minha casa.

 - Mesmo que você não me convidasse eu iria, porque não te aguentei todo esse tempo para não ter visitas depois de casado. E por fim com a própria casa. 

 - Bixa intrometida... - Começamos a rir, até que parei abruptamente ao ver Maryse saindo do elevador. Ela estava pálida e seus passos estavam um pouco arrastados, confesso que nunca tinha visto a mulher de tão perto, ela era tão parecida com Isabelle... - Magnus...? Magnus? - Olhei para Raphael e ele estava me encarando.

 - O que foi?

 - Parece que você viu um fantasma.

 - Quase isso. - Ele arqueou a sobrancelha.

 - Quem é ela? - Antes que pudesse responder doutor Collins nos chamou para sua sala, assim que entramos vi a mulher lá sentada, com o rosto impassível. Fiquei tenso Raphael pareceu perceber e estava totalmente perdido.

 - Senhores essa é Maryse Lightwood. - A mulher olhou para trás para nos cumprimentar, percebi de canto de olho o olhar de Raphael em minha direção, não demonstrei nada.

 - Senhora Lightwood. - A cumprimentei e Raphael me acompanhou.

 - Maryse esses são Raphael e Magnus, eles vão me ajudar com você e claro, minha filha mas  você já a conhece. - Ela assentiu e ele se virou para nós. - Meninos algum vírus a qual nossa paciente entrou em contato passou a ver suas plaquetas como células invasoras, passando a atacá-las.  Então, quero que a acompanhem para fazer um hemograma, para sermos atualizarmos sobre a atual situação dela. Senhora Lightwood é uma das poucas pacientes que não se importam em estarem acompanhadas de alunos, para que vocês acompanhem o tratamento dela, os escolhi para isso e espero que não desperdicem a chance. - Assentimos. - Lily está na sala dez os esperando para o exame e se o número de plaquetas dela estiver baixo, levem-a até um dos quartos e apliquem o soro. - Mais uma vez assentimos em silêncio, o doutor se virou para a paciente. - Maryse você poderia os acompanhar? - Ela assentiu se levantando com um pouco de dificuldade. - Quer uma cadeira de...