Os opostos realmente se atraem? (Malec)

Alec

  Tinha saído do quarto de Maryse já fazia um tempo, desde o momento em que ela acordou e me viu já começou a resmungar, direcionar diversas palavras ásperas para mim, estava aguentando até que o ápice da minha paciência foi atingido. Tudo bem que ela não gostava de mim e que era esperada sua reação mas, ela não conseguia perceber que estava lá porque eu me preocupo? E que ela estava sendo dura de mais?

 - Alexander Lightwood? - Olhei para trás e o doutor Collins estava me encarando.

 - Sim?

 - Posso falar com o senhor? - Assenti. - Me acompanhe por favor. - Fui atrás dele até sua sala, assim que entramos, ele pediu para que me sentasse e já senti um certo desconforto, sua cara não estava uma das melhores e já estava tentando me preparar para notícias nada boas.

 - Aconteceu alguma coisa? - Perguntei já desesperado, o homem em minha frente não falava nada e só me encarava.

 - Você... Não tem ninguém mais velho? 

 - Já sou maior. - Falei e ele assentiu.

 - Eu sei, só que... - O médico suspirou, meu coração já estava desesperado. - Não sei se você sabe mas, estávamos crentes que a doença que a afligia era Púrpura Trombocitopênica Idiopática. Mas, um dos estagiários insistiu para que fizéssemos mais exames, os resultados não detectaram nada demais, apenas o que já sabíamos sobre o estado de sua mãe, Maryse está tendo uma queda no número de plaquetas, algo que acarreta a fraqueza e vários outros sintomas que ela está tendo, só que, agora, bem... Depois da crise de ontem e de mais exames eu e mais médicos estamos achamos o diagnóstico de lúpus. A PTI no caso dela é como se fosse um sintoma anterior da doença que, muitas vezes nunca é descoberta justamente por pensarmos serem só os sintomas normais da PTI e não tratarmos da forma correta. - Ele ficou em silêncio, demorei um pouco para conseguir digerir tudo o que ele tinha acabado de me dizer. - Então, a doença tem manifestações variadas, a pessoas com leves manchas pelo corpo e dores nas juntas, esse era o caso da sua mãe a princípio o que nos vez pensar que era PTI mas, no caso dela começou dessa maneira e agora está afetando todo o seu sistema nervoso. - Comecei a ficar sem saber o que dizer, perdido com a notícia do estado de Maryse. 

 - E tem cura? - Ele negou com um aceno de cabeça, nesse momento eu já tinha perdido meu chã, ela deveria melhorar.

 - Calma, com o tratamento e remédios, asseguramos a expectativa de vida igual a de uma pessoa sem lúpus. - Assenti, só que sem calma. No momento não estava tendo como eu ter calma sabendo que minha mãe estava com uma doença que estava afetando seu sistema nervoso.

 - E como é o tratamento?

 - Sabemos que Maryse mora longe e precisamos dela mais perto daqui, vamos incluir aos poucos remédios imunossupressores ou medicamentos biológicos junto com seus corticoides em altas dosagens pois, seu estagio já está mais avançado . Os imunossupressores são capazes de diminuir o número de leucócitos,enfraquecendo seu sistema imunológico para que ele pare de atacar as células boas de seu corpo então, como Maryse vai ficar mais fraca do que o normal, nas primeiras semanas terá que ficar internada aqui por que os remédios são realmente muito fortes. Depois, só quero que ela venha duas vezes por semana aqui para fazer exames rotineiros e saber como seu corpo está aceitando o remédio. Não temos muitas coisas para fazer diante seu caso, apenas prevenir que o lúpus não acarrete doenças mais sérias em seus órgãos internos, piorando toda a situação. 

 - Então, ela vai viver a base de remédios controlados? - Ele assentiu.

 - Se ela aceitar fazer o tratamento, é claro.

 - Ela vai aceitar. - O garanti. - Quando começam?

 - O mais rápido possível,  hoje mesmo falarei com mais alguns médicos a respeito dela e começaremos com as mudanças. - Assenti. Não tinha conseguido formar muitas perguntas sobre seu estado, ainda estava boquiaberto o suficiente para não conseguir organizar meus pensamentos. Ela estava pior e iria começar um tratamento mais intensivo por causa de sua situação, provavelmente... Ah, não sabia como reagiria.