Magnus

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 Ainda estava totalmente surpreso com Alec em minha antiga casa, sua atitude me deixou boquiaberto e até um pouco envergonhado por não ter ficado com ele em sua... Nossa casa quando Maryse foi para lá. Deveria ter ficado e o apoiado mas, mesmo assim minha decisão não durou tanto tempo quanto esperava, porque foi só eu ver ele me pedindo pessoalmente para voltar que não me aguentei e aceitei sem tripudiar. 

 - No que está pensando? - Não percebi mas tinha ficado calado desde o momento em que entramos no carro até quando chegamos no prédio. Descemos do carro assim que ele o estacionou e fomos até o elevador.

 - Não sei direito. - Olhei para Alexander que arqueou a sobrancelha, dei de ombros e ele pegou em minha mão.

 - Talvez as coisas não sejam tão boas quando chegarmos lá. - Ele comentou.

 - E eu não sei disso?! - Assim que a porta do elevador se fechou Alexander me puxou para mais perto  envolvendo o braço sob meus ombros e nos juntando mais. Fechei os olhos por alguns momentos enquanto me concentrava nele, sua respiração estava lenta e seus batimentos bem mais acelerados. Sorri.

 - O que foi?

 - Você está mais desesperado que eu. - Falei ainda com a cabeça sob seu peito, ele suspirou e levantei minha cabeça para poder o olhar. - Não se preocupe com isso. - Ele olhou para baixo me encarando.

 - Isso é péssimo. - Sorri.

 - Acontece nas melhores famílias. - Alexander revirou os olhos e então as portas do elevador se abriram, nos afastamos e ele pegou em minha mão para que saíssemos. Paramos em frente a porta de seu apartamento, senti uma espécie de aperto em meu peito, todos os meus sentidos estavam me falando para correr dali o mais rápido possível, só que essa não era uma alternativa a considerar, não por causa de meu menino. Já tinha fugido demais.

 - Vamos?

 - Quais são as chances de você me deixar desistir?

 - Podemos sair daqui o mais rápido possível, comprar passagens de apenas ida para o Brasil e não avisar ninguém onde estamos, esquecendo tudo isso. - Sorri, era como se ele estivesse acabado de ler minha mente pela metade.

 - Seria maravilhoso, mas, é uma ideia a se pensar para o futuro.

 - Precisava mesmo de você aqui. - Fiquei nas pontas dos pés e o dei um selinho demorado, me deliciando com seus lábios lisos e macios colados aos meus. Depois de algumas frações de segundos que pareceram uma pequena eternidade particular para mim, nos afastamos, ele sorriu passando a mão sob minha face carinhosamente e depois abriu a porta para que entrássemos.

  - E que as divas nos ajudem... - Murmurei.

 - Mag! - Antes mesmo que pudesse olhar em direção a voz, senti um par de bracinhos finos se enrolando em volta de minha cintura, olhei para baixo e era Max. Sorri enquanto retribuía seu abraço. - Presidente Miau não quer sair de debaixo da cama. - Comecei a rir.

 - Acho que já sei qual o motivo. - Max me olhou de volta e sorriu um pouco corado.

 - Talvez ele não goste muito que mexam no rabo dele.

 - Talvez... - Disse rindo. Nos afastamos, senti que Alexander ainda estava bem próximo a mim, olhei ao redor e não vi Maryse, apenas os avós de Alexander e sua irmã. Tudo estava aparentemente normal.

 - Minha Santa mãe de Deus, você voltou! - Sorri assim que a senhorinha veio até mim com os braços abertos. - Esperava ter algum colírio para meus olhos ainda hoje. - Ela olhou para trás onde o avô de Alexander fazia careta. - Você também é um benzinho, só que você vejo todos os dias a um bom tempo. Nada como um bom garotão! - Ela se afastou e colocou a mão no meu peito. - Alexander não parava de me falar o quanto você é bonito, confesso que fiquei muito curiosa e olha, meu neto não mente, talvez ele tenha exagerado nos adjetivos e na entonação mas... - Comecei a rir, olhei para trás e meu querido namorado estava um pouco corado.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora