- Doutor Bane? - Levantei a cabeça e olhei em direção a porta, onde uma enfermeira estava parada.
- Sim?
- Precisamos do senhor na emergência. - Arqueei a sobrancelha. - Eu sei que o senhor não trabalha lá mas, o médico que era para cumprir o plantão... Não achamos ele.
Me levantei o mais rápido que pude e segui a mulher até a ala das emergências. Estava um pouco nervoso, não gostava muito da parte emergencial, era sempre muita pressão e um erro poderia ser fatal. E não queria cometer nenhum erro.
- O que aconteceu? - Perguntei assim que entrei na sala cheia de enfermeiros e dois residentes.
A garota estava na maca com a boca espumando e sendo segurada por duas enfermeiras tentando conter o ataque convulsivo. Olhei para a tela do computador que estava indicando um aumento brusco nos batimentos cardíacos da mesma e peguei o prontuário médico, onde estava escrito que a mãe a encontrou tendo convulsão com uma caixa de medicamentos vazia nas mãos.
- Virem ela para que não engasgue. A via aérea está obstruída? - Ninguém me respondeu, me aproximei examinando a garota. E estava a ponto de se fechar. - Quero que instalem um cateter nasal agora.
- Mas doutor, os ataque convulsivos continuam, se fizermos isso ela irá engasgar. - Olhei para um residente que estava claramente preocupado e espantado com o estado da paciente em sua frente. E em tese, ele tinha razão.
- E se não colocarmos o cateter agora, ela morrerá asfixiada. - As enfermeiras correram de um lado para o outro e colocaram o cateter nasal na garota. Aos poucos o peito da mesma começou a subir e descer, olhei para a tela do computador e seus batimentos estavam voltando ao normal, mas ainda sim acelerados. - Quero que façam uma lavagem estomacal imediatamente nela.
- Mas ela ainda nem se recuperou!
- E precisamos aplicar medicamentos para as crises convulsivas da paciente, porém, com os que ela ingeriu ainda em seu sistema, será difícil não ter uma reação contrária da que esperamos. - A enfermeira assentiu e saíram junto com a garota para a lavagem estomacal.
- Senhora... A senhora não pode... - Olhei para trás assim que entraram com a garota no elevador e vi quando uma mulher bem parecida com a jovem vinha correndo em minha direção, sendo seguida por uma das enfermeiras chefes.
- Ela é meu bebê. Doutor... Doutor eu quero saber como ela está, e-eu.. Não sei o que deu nela, Reven nunca fez algo parecido antes, e-eu... - A mulher chorava e chorava, não conseguia completar direito suas frases sem que elas parecessem quebradas e estava claro o desespero em sua expressão. Me aproximei da mulher colocando a mão em seus cotovelos a apoiando, porque parecia que a qualquer momento ela cairia.
- Não se preocupe, controlamos a crise convulsiva e vamos fazer uma lavagem estomacal nela, por causa dos medicamentos ingeridos.
- E-eu não entendo... Fiquei tão preocupada, ela...
- Senhora, se acalme por gentileza. - A mulher assentiu algumas vezes meio desconexa. - Os remédios que Reven tomou, eram de quem?
- Da avó, ela é diabética e toma remédios controlados. - Assenti.
- E Reven já teve algum outro ataque convulsivo? - A mulher negou.
- É a primeira vez que a vi nesse estado. - Assenti mais uma vez. Claro que era a primeira vez, a causa da convulsão foi química. Os remédios ingeridos pela garota geraram um colapso em seu sistema nervoso, o que a fez ter convulsão.
- Tudo bem. Isso é uma boa notícia.
- E-eu não entendo porque ela fez isso. - E a mulher voltou a chorar descontroladamente. Olhei para a enfermeira que estava atrás da mulher nos observando sem saber o que fazer.
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Os opostos realmente se atraem? (Malec)
ФанфикAlexander Lightwood um garoto responsável que não curte muito festas e que no momento está focado em sua vida acadêmica, não querendo se envolver com ninguém pelo fato de poder perder seu foco, algo que seu pai Robert não aprovaria e ele não queria...