Magnus

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 - Magnus não, eca... - Alexander estava fazendo careta para o chá que tinha acabado de preparar para ele. 

 - Está fazendo desfeita?

 - Isso é horrível! - Ele empurrou a xícara pelo balcão. - Me recuso a tomar. - Arqueei a sobrancelha.

 - Bebe, agora.

 - Você é muito mandão.

 - E você teimoso, chá de gengibre faz milagres para dor de cabeça.

 - Lógico que faz, você se esquece totalmente da cabeça tendo que tomar um negócio horroroso desses. - Revirei os olhos.

 - Para com isso, vai, bebe.

 - É ruim!

 - Alexander Gideon Lightwood! - Esbravejei e ao invés dele pegar a xícara e beber o conteúdo sem mais reclamar, ele apenas sorriu.

 - Você lembrou meu nome inteiro, que fofo. 

 - Tá, agora bebe esse chá. - Ele bufou parecendo uma criança, hoje desde a hora que ele chegou tinha percebido que ele deveria estar com dor de cabeça só que ele estava falando que estava bem então, como castigo resolvi fazer um chá para ele, o que ele mais odiava.

 - Eu não te faço beber coisas que você não gosta.

 - Mas eu faço, anda logo com isso porque ainda tenho que ir para o hospital. - Ele revirou os olhos e coloquei as mãos na cintura o observando.

 - Você é o pior namorado do mundo. - Ele resmungou, pegou a xícara em sua frente e bebeu o chá fazendo careta. Sorri vitorioso.

 - Sei que você está mentindo.

 - Você é convencido demais Bane. - Sorri e o abracei para me despedir, como Alexander estava sentado numa das banquetas ele não teve que se abaixar para me beijar, quando afastamos nossos rostos ele continuou com os braços em torno de mim, me impedindo de sair e confesso que não estava muito preocupado de sair dali, não hoje.

 Tinha acordado com uma sensação ruim, não sei direito o que me deu. Desde mais cedo tinha algo me incomodando, algo que parecia estar prestes a acontecer e não comentei nada com meu menino sobre isso, só estava tentando poupá-lo e ficar mais atento as coisas a minha volta. Talvez fosse apenas besteira mas, não sei.

 - Você tem mesmo que ir? - Ele sussurrou próximo a minha orelha me fazendo arrepiar, revirei os olhos, ele não estava tornando as coisas mais fáceis.

 - Absoluta certeza. - Mordi seu lábio inferior, ele sorriu e então me afastei. - Qualquer coisa me ligue ou, vá para o hospital.

 - Claro... - Senti a ironia em sua voz.

 - Sério, se você piorar e não for para o hospital, eu vou dar um jeito de pedir para que seja internado. Descanse até eu voltar. - Ele assentiu me acompanhando até a porta, estava parecendo uma mãe passando as coordenadas para o filho de como se virar sozinho em casa sem minha presença. Antes de finalmente ir me virei, Alexander estava á porta me observando. Suspire, ainda com a mesma sensação de mais cedo e o beijei novamente. - Eu te amo. - Senti a necessidade de falar isso, mesmo ele sabendo.

 - Sei disso. - Revirei os olhos sorrindo e foi em direção ao elevador, o encarando até que as portas se fechassem.

 Assim que cheguei ao hospital Raphael e Jace vieram correndo em minha direção.

 - Precisamos de sua ajuda antes que o doutor Collins nos mate. - Comentou Jace já me pegando pelo braço e me arrastando pelos corredores do hospital com Rapha ao seu lado.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora