Acordei com muita preguiça, tinha ido dormir mais tarde do que o comum com Magnus e estava quase morrendo. Olhei para o lado e percebi que ele não estava na cama, me levantei, fui fazer minha higiene matinal e depois saí do quarto. Enquanto estava indo para a cozinha senti cheiro de café e acabei sorrindo.
- Espero que esteja bom. - Ele falou sem se virar.
- Nada de "bom dia"? - Perguntei ironicamente, ele se virou ficando de costas para a pia e me encarando com um sorrisinho forçado no rosto. Cheguei mais perto dele, envolvi os braços em torno de sua cintura e selei nossos lábios, um beijo demorado, percebi o quanto ele estava tenso, desde a hora em que voltou do hospital. Afastei nossos rostos e comecei a encará-lo. - Aconteceu algo no hospital e você está adiando... - Ele assentiu. - E vai me falar? - Ele suspirou e assentiu.
- Promete não ter um ataque por não ter te falado antes?
- Prometo.
- Quer café? - Fiz careta e ele suspiro mais uma vez. - Desculpe.
- Venha. - Peguei em sua mão e o puxei para a sala, nos sentamos no sofá um de frente para o outro. - Fala.
- Calma, vamos respirar... - Ele estava claramente nervoso e consequentemente eu estava ficando tenso.
- Magnus estou começando a ficar tenso.
- Desculpe, eu também estou. - Peguei em sua mão. - Ok, ontem... Ontem sua mãe foi ao hospital. - Meu coração acelerou.
- Como foi? - A minha preocupação estava totalmente voltada para a reação de Maryse para com Magnus.
- Ela não fazia ideia de quem eu sera, tornando as coisas mais fáceis. - Assenti para que ele continuasse. - Bem, vamos falar da parte médica. O número de plaquetas de sua mãe está muito baixo, sabe-se que ela entrou em contato com um vírus que fez com que suas plaquetas fossem registradas como células invasoras, passando a atacá-las. O diagnóstico inicial é de uma doença autoimune como falei. - Assenti mais uma vez prestando a total atenção nele. - Sua mãe também está com muitas manchas pelo corpo, qualquer batidinha ou perfuração, qualquer coisa mínima pode causar um hematoma em sua pele. Depois de ler alguns livros e dar uma escutadinha básica pelos corredores do hospital, ela realmente está com PTI só que... Eu não sei, desconfio que ela seja apenas a manifestação de alguma outra doença. Quando vim embora a deixei com Lily e outro médico, eles decidiram dar medicamentos para sua mãe só que, não prestaram a atenção quando contei que ela apresentava sintomas a mais do que falara.
- Sintomas a mais? - Ele assentiu.
- Enquanto ela tomava uma bolsa de plaquetas eu resolvi ficar a acompanhando, hospital não é um lugar muito legal para se ficar sozinho então, meio que conversamos um pouco e ela me revelou alguns sintomas que não são tão recorrentes em uma "simples" PTI. Eu realmente acho que seja a manifestação de alguma outra doença. - Magnus me observava preocupado, suspirei.
- Como ela está? - Ele fez careta.
- Num estado nada bom, ela revelou sentir rigidez em suas articulações, cansaço extremo, tontura e entre outros... - Abaixei um pouco a cabeça, não estava conseguindo organizar meus pensamentos. - Tenho certeza que ela precisará de cuidados ou que passará um tempo no hospital, principalmente se minhas dúvidas sobre sua situação forem certas.
Comecei a ter uma série de pensamentos sobre o estado dela, de quem cuidaria dela, de como ela deveria estar agindo com tudo isso, da forma que estava se sentindo, das dificuldades a quais estava passando...
- Alexander... - Levantei o rosto e encarei Magnus, ele estava mais próximo.
- Queria ter a oportunidade de ao menos vê-la. - Mordi o canto da boca, poderia acontecer uma coisa muito mais séria com Maryse, antes que eu pudesse ao menos tentar ajudar. - Você... Você poderia insistir em sua hipótese? - Magnus arqueou a sobrancelha. - Por favor?
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Os opostos realmente se atraem? (Malec)
FanfictionAlexander Lightwood um garoto responsável que não curte muito festas e que no momento está focado em sua vida acadêmica, não querendo se envolver com ninguém pelo fato de poder perder seu foco, algo que seu pai Robert não aprovaria e ele não queria...