Magnus

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 - Estou falando sério Alexander... - Estava fazendo manha em cima da cama, olhando para meu noivo enquanto fazia biquinho. Nesse final de semana iríamos resolver algumas coisas relacionadas ao nosso casamento, que, não querendo surtar mas já surtando, ainda estava muito confuso. Todo o pessoal tinha ajudado da maneira que podiam a semana inteira, nos dando ideias novas, endereços de buffet e tudo o mais, contudo, eu e Alexander éramos quem iria decidir o que iria ou não ter no casamento. 

 - Eu também.

 - Você está se ouvindo? - Perguntei inconformado, ele assentiu se levantando da cama e indo pegar o controle da televisão que estava em cima do balcão do banheiro, por obra de uma pessoa muito bagunceira, vulgo, eu. - Estou querendo te socar.

 - Nossa como você está agressivo meu amor. - Ele pegou o controle e voltou para a cima da cama. - Mas é sério, eu não acho que você deva se preocupar com isso. Eu sinceramente acho que ambos os champanhes são bons.

 - Não, você tomou errado não é possível! - Ele arqueou a sobrancelha.

 - O que muda é a cor!

 - Seu nariz!

 - Tudo bem então, qual você prefere?

 - Eu prefiro o rose.

 - Então já decidimos o champanhe. - Revirei os olhos, perguntar para Alexander e uma porta sobre bebidas alcoólicas, era basicamente a mesmíssima coisa.

 - O resto das bebidas pode deixar que quem escolhe sou eu. Agora, flores...

 - Lírios. - Olhei para ele, nem tinha pego direito a prancheta de flores e ele já havia mandado essa. - Eu acho que combina, é uma flor delicada, acho que vai combinar. Lírios brancos. - Peguei o notebook e pesquisei o significado das flores.

 - Lírios brancos significam matrimônio, inocência e maternidade. - Li em voz alta e olhei para Alexander.

 - Desconsiderando penúltima e a última parte, eu gosto.

 - Inocência e maternidade? - Arqueei a sobrancelha quando li novamente. - Maternidade tudo bem desconsiderarmos mas inocência? - Alexander me encarou com a cara mais cínica que adquirira durante os últimos anos. Revirei os olhos. - Idiota. - E não contive um sorriso.

 - Quais mais?

 - Gosto de rosas vermelhas. - Encarei pensativo a prancheta de flores e então coloquei ela de lado, não entendia muito de flores e também não queria carregar. Alexander vendo que tinha desistido do restante das flores decidiu não fazer mais nenhum comentário além, e então concluí que o tópico tipo de flores já estava encerrado. Agora era só planejar a forma que elas seriam postas. - Então podemos colocar na passarela arranjos de lírios brancos com rosas vermelhas mas não quero que fique de alguma forma carregado.

 - Sabe, eu estava pesquisando esses dias no escritório e...

 - Olha que bonito né senhor Lightwood, em vez de trabalhar estava pesquisando coisinhas para o casório?! - Ele sorriu um pouco sem graça dando de ombros.

 - Claro, quero que seja maravilhoso! - Sorri. - Então, e se fizermos os arranjos da passarela com cravos e lírios brancos, e na parte... - Ele começou a fazer mímicas expansivas com os braços, mímicas que eu não consegui entender absolutamente nada.

 - Alexander, a menos que esteja engasgando, pare com isso porque estou começando a me assustar.

 - Ha ha ha engraçadinho. Eu não sei como chama mas, sabe aquele arco que fica atrás de onde nós vamos ficar? - Assenti. - Então, pensei em arrumarmos ele com rosas vermelhas e lírios brancos. - Ele deu de ombros. - Sei lá, só uma ideia.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora