Alec

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-Alec e se entrevistarmos algumas pessoas na rua perguntando para elas o que seria os Direitos Humanos? - Estava com Simon na sala de casa, nós estávamos com vários papeis com estatísticas impressas em cima da mesinha de centro, fazendo ainda mais pesquisas complementares para o seminário.

-Eu acho que você tem ótimas ideias. - Revirei os olhos, Isabelle estava deitada no sofá nos observando e palpitando desde o momento em que Simon tinha chego para resolvermos nossas coisas. Olhei para o garoto e ele corou dando um sorrisinho de lado. - Você não acha Alec?

-Acho uma boa, talvez possamos fazer isso amanhã? - Amanhã seria sábado e acreditava que ele estaria livre. Ele confirmou.

-Mas nós também temos que terminar de organizar o que vamos colocar nos slides e no banner, não sei se dará tempo. - O garoto parecia preocupado e confirmei pensativo, realmente ainda teríamos algumas coisas para fazer, não eram tantas mais mesmo assim, Simon viajaria domingo.

-E se eu for com Simon enquanto você faz a parte chata? - Isabelle novamente se intrometeu mais dessa vez ela tinha dado uma boa ideia, olhei para Simon e ele estava quieto olhando para ela com os olhos arregalados. Babando pela garota.

-Simon? - Ele olhou para mim ajeitando os óculos.

-E-eu.. Se você não se incomodar. - Neguei com um aceno.

-Depois você revisa o que eu colocar.

-Ótimo! Está decidido eu e Simon vamos entrevistar pessoas amanhã. - Ela deu um sorriso sedutor em direção ao garoto que parecia que iria ter um ataque. - Só nós.


Depois que eu e Simon decidimos mais algumas coisas para o trabalho ele foi em bora, já era quase meia noite e dessa vez tínhamos ficado até mais tarde. Resolvi pedir uma pizza para mim e Isabelle, assim que desliguei o celular eu encarei minha irmã que estava saltitante pela sala.

-Isabelle não brinque com ele, ainda mais usando o trabalho para poder se aproximar. - Ela parou e se virou para me encarar.

-Não estou brincando com ele, o achei interessante. - Arqueei a sobrancelha. - Não sou como você Alec, vou atrás do que quero, principalmente quando gosto.

-Espera, agora você deve estar misturando as coisas porque eu não estava falando nada disso.

-Como você pode ser tão burro Alec?

-Do que estamos falando agora? - Estava totalmente perdido no rumo em que a conversa estava tomando. Ela bufou exasperada.

-Alexander Ligthwood, estou falando sobre você e seus sentimentos por Magnus! - Arqueei a sobrancelha. - Você fica fugindo disso!

-Hey, mocinha pode parar com isso. Não tem nada entre eu e ele, e se conforme.

-Não, não da para me conformar Alec porque eu quero que você seja feliz e acho sim que Magnus é um cara legal e... Ele gosta de você seu estúpido, isso é perceptível e você também gosta dele, eu sei que gosta só que não se entrega. Qual o seu problema? Qual o problema em se relacionar com as pessoas? Não é difícil.

-Você não sabe de nada. - Isabelle enquanto praticamente gritava comigo enquanto vinha até a cozinha.

-Ah, eu não sei? Então por gentileza, gostaria que você me explicasse.

-Por que estamos falando sobre isso?

-Porque eu não consigo entender, a dias todo o momento em que você se encontra livre, você vai ver Magnus, quer saber como ele está, se preocupa... Só que não admite logo seus sentimentos por ele. - Ela parecia inconformada, exausta e irritada comigo.

-Isabelle eu e Magnus...

-Não. Pare de dizer que não há nada, que nunca haverá e blá, blá, blá porque estou cansada dessa mesma ladainha. Na semana retrasada você não foi para as aulas da tarde porque foi na casa dele, ver como ele estava. Você nunca deixou seus deveres de lado por alguém Alec, nem por mim e por Max. Então, isso é mais uma entre tantas outras provas de que você gosta dele! Por que não fala? Por que não se entrega?

-Isabelle você está gritando, as pessoas vão reclamar.

-Que reclamem. - Ela deu de ombros. - Pare de se preocupar tanto com o que os outros vão pensar, pare de querer agradar todos eles!

-O que está acontecendo com você? Primeiro pare de gritar e segundo eu não quero falar sobre isso com você. - Ergui um pouco mais a voz e ela fez careta enquanto me encarava com muita irritação nos olhos.

-Não quer falar comigo sobre isso? - Sua voz estava um pouco mais controlada.- Por que você não se deixa levar pelo que você sente? Por que não vai atrás de sua felicidade?

-Eu estou feliz Isabelle, estou feliz com a faculdade, meus compromissos e estudos e nesse momento, não se encaixa em minha vida a parte de relacionamentos. E eu nem quero isso, não agora! - Retruquei determinado, estava cansado desse assunto.

-Tudo bem, mais lembre-se que pode ser tarde demais quando você quiser. - Ela parecia magoada e suspirei passando a mão no cabelo.

-Izzy...Me desculpe só..

-Não quero suas desculpas, só quero que você comece a pensar mais em você e em sua vida, porque você não vive para o nosso pai Alec. É sua vida que está em jogo. - Ela veio até mim e passou os braços ao redor de minha cintura, eu mais do que na hora passei os meus braços pelos seus ombros e relaxei um pouco mais.


Depois que comemos a pizza eu fui para o quarto, desde que Izzy tinha chego em casa ela decidira ficar na sala por causa da televisão e eu fiquei no quarto. Estava deitado observando o teto e pensando no que Isabelle tinha me falado mais cedo.

Realmente eu estava sentindo algo por Magnus, um sentimento bem mais intenso do que eu gostaria e tinha uma barreira que eu tinha levantado em relação a Bane e eu não queria ultrapassá-la, na verdade não poderia porque sabia que se me deixasse levar eu poderia me desconcentrar com as coisas da faculdade e com certeza meu pai... Bufei tacando um dos travesseiros na parede.

Não poderia me relacionar com ele, não... Nunca tinha ficado realmente com ninguém, o que estava começando a sentir por Magnus era diferente e...Bem, estava me assustando porque eu não era algo esperado... O que eu sentia por ele, sabia que era recíproco e isso tudo era tão intenso e confuso para mim e não sabia como poderia lidar. As coisas tinham acontecido rápido demais e eu não estava conseguindo... Eu... Apertei os olhos tentando fazer com que meus pensamentos se esvaíssem, não queria mais pensar nisso e faria o necessário para me ocupar com coisas o suficiente para que não pensasse em Bane e em nada relacionado a ele.

Os opostos realmente se atraem? (Malec)Onde histórias criam vida. Descubra agora