Os opostos realmente se atraem? (Malec)

Magnus

 Era uma manhã de sábado quando eu praticamente forcei Alexander a ir comigo ver nossos ternos para o casamento de Raphael e também fazer algumas comprinhas de natal. 

 Estávamos de mãos dadas andando pelo centro da cidade, tinham se passado dois dias desde que ele tinha falado com sua mãe e ele aparentemente não estava triste como esperava, ou de algum jeito arrependido, na verdade estava o total contrário do que esperava, até estava achando um pouco estranho o modo com que ele estava se portando ultimamente. Bem mais leve e feliz.

 - Está encarando demais.

 - É que você é muito bonito. - Ele sorriu.

 - Onde vamos primeiro?

 - Ver os ternos. Raphael nos convidou para sermos seus padrinhos e é óbvio que eu aceitei por nós dois.

 - O que vamos comprar para eles?

 - Não sei...Talvez um daqueles espelhos gigantescos para eles porem no teto do quarto. - Alexander me olhou com a sobrancelha arqueada. - O que foi?

 - Não acho que seja uma boa ideia.

 - Não? Eu acho que seria fantástico, vamos por um desses em nossa lista de casamento. 

 - Vamos é?

 - Aham e também potinhos brilhantes para o Presidente Miau.

 - Potinhos brilhantes?

 - Para de ser chato! - Resmunguei e entramos na primeira loja para olharmos alguns ternos.

 Assim que entramos na loja a maioria dos atendentes começaram a nos encarar de forma estranha porque estávamos de mãos dadas, revirei os olhos com tanta estupidez e estava prestes a sair da loja quando Alexander apertou um pouco mais minha mão para que permanecesse ali com ele.

 - Algum problema? - Ele perguntou para nenhum atendente em especial e eles ficaram sem graça voltando a seus respectivos trabalhos. Uma mulher, a única que estava com uma roupa social preta diferente da dos outros que era cinza, veio até nos, olhando ao redor com uma cara nada boa.

 - Bom dia senhores, eu... - Ela olhou mais uma vez para os outros e percebeu que nenhum tinha vindo nos atender. - Eu peço desculpas por isso. - Alexander assentiu. - Eu ainda posso ajudá-los? - Ela nos olhou sorrindo.

 - Estamos procurando algum terno para um casamento.

 - Noivos? - Neguei.

 - Seremos os padrinhos. - Ela assentiu sorrindo e a partir daí as coisas começaram a mudar no atendimento, não podia reclamar nenhum pouco da mulher porque ela estava sendo atenciosa conosco e sendo muito simpática, não era atoa que ela era a gerente.

  - O que vocês procuram?

 - Algo simples. - Respondeu Alexander.

 - Não, nada disso, ele não sabe o que fala. - O vi revirando os olhos, a mulher sorriu e então nós começamos uma busca pela roupa perfeita para meu namorado  que não entendia absolutamente nada de moda e que tinha um gosto duvidável.

 - Olha esse, o que o senhor achou? - Ela estendeu um que na minha opinião era maravilhoso, olhei para Alexander e ele não falou nada, sabia que provavelmente não era um dos que usaria e então sorri.

 - Adorei, vamos separá-lo. - Ainda sorrindo olhei para ele que revirou os olhos. Em momento algum deixei que ele palpitasse, eu e a mulher ficamos o maior tempo possível escolhendo roupas para ele e depois selecionamos as sete melhores para que ele experimentasse, eu e   Julia acabamos nos transformamos nos melhores amigos, durante essa confusão então nos sentamos conversando animadamente para passar o tempo enquanto esperávamos ele experimentar as roupas.