Os opostos realmente se atraem? (Malec)

Alec

 - Ainda não entendo porque aceitou vir. - Comentou Magnus em meu ouvido enquanto estávamos no bar esperando as bebidas. Isabelle estava dançando ao meu lado enquanto lançava olhares para todos os garotos que passavam por nós.

- Se ele não viesse, o socaria. - Comentou minha irmã e dei de ombros como confirmação, Mag sorriu.

Magnus pegou em minha mão e me levou até o meio da pista de dança, eu não fazia ideia de como dançava, na verdade nunca dançava na frente de tantas pessoas, mesmo que elas não prestassem a atenção em mim e a única vez que tinha me arriscado a isso fora no aniversário de quinze anos de Isabelle que tive que dançar valsa com ela. Olhei para Magnus que dançava com movimentos precisos e leves, ele parecia flutuar pela pista de dança. Ele sorriu para mim enquanto estava parado o encarando, chegou mais perto e colou nossos corpos para que acompanhasse seus passos. Junto a seu corpo eu sentia uma série de sensações eletrizantes, quando olhei para os olhos dele depois de finalmente conseguir acompanhar seus passos os vi brilhando como nunca.

Acordei com um pouco de dor de cabeça, fazia tempo que não as tinha e franzi a testa. Fui até a cozinha e comecei a preparar café, estava precisando de cafeína e ainda eram cinco da manhã, tinha acabado de chegar em casa com Isabelle. Deixei Magnus em sua casa e Jace e Clary na casa da garota. Minha irmã tinha ido dormir direito, eu, antes fui tomar um banho, e quando me deitei, apenas cochilei meia horinha depois acordei com dor de cabeça.

Enquanto esperava a água ferver, peguei meu celular em cima do balcão da cozinha e vi que tinha uma mensagem de Magnus.

- Você é um péssimo dançarino. Um caos para a humanidade. Acho que deveria vir dormir em casa, assim poderia lhe ensinar algumas coisas...

Ri com as mensagens, olhando o horário de cada uma delas percebi que ele ainda não deveria ter pego no sono.

- Você deveria dormir. - Mandei.

- A casa está vazia, eu e Presidente Miau estamos com medo. - Fui até o armário e peguei uma das maiores xícaras que tinha lá, a enchi de café e me sentei numa banqueta próxima ao balcão da cozinha. - Por que não está dormindo ainda?

- Perdi o sono. - Menti, na verdade a dor de minha cabeça não estava deixando. Resolvi provocar um pouco, ele tinha me falado que não gostava muito de Sara. - E Sara está perambulando pelo apartamento de camisola, não tem como dormir.

- Há, há... Quando ela vai embora?

- No fim de semana eu acho.

- Já falei que não gosto dela?

- Ninguém parece gostar.

- Você sim.

- Sou um caso a parte.

- Aquela jaqueta que você emprestou para ela, espero que bote fogo depois. - Arqueei a sobrancelha.

- Você viu?

- E também espero que suas lindas mãozinhas tenham sido desinfetadas depois de dar a mão para ela.

- Magnus não exagere.

- Tenho alergia a... Pessoas que não gosto.

- Você estava me observando naquele dia no parque?

- Não se ache tanto, só estava olhando e sem querer te vi com ela.

- Sem querer?

- O mundo não gira em torno de você. - Sorri com sua resposta, mesmo que o conhecesse a pouco tempo, sabia que ele deveria estar com aquela irritaçãozinha por conta do ciúmes.