MALUMA
Estou olhando para Amanda sem conseguir saber ao certo o que esta passando pela minha cabeça. Quero sacudi-la até que alguma coisa nessa confusão comece a fazer sentido, a raiva era devastadora, não conseguia olha-la sem sentir ódio.
Amanda estava com os olhos cheio de lagrimas e estava olhando para meu ombro como se fosse encontrar uma resposta naquele ponto. _Não... não sei por onde começar – diz ela.
Sinto-me um pouco insano e não consigo evitar a gargalhada que explode em meu peito, estou encurralando-a na parede em segundos e tenho que abaixar a cabeça para olha-la. Percebo como seu corpo está tremulo e uma lagrima escorrendo por sua face chama-me atenção, seu rosto está começando a ficar manchado pela maquiagem assim como sua imagem na minha cabeça.
_Eu não quis nada disso – choramingou ela com as mãos cobrindo seu rosto.
Como ela tinha a ousadia de fazer-se de inocente depois de tudo que havíamos passado? Ela teve várias oportunidades de falar a verdade, mas tinha optado pela mentira. Eu já deveria estar acostumado com a traição, mas vindo dela isso era sufocante. _Para de fazer-se de coitadinha, porra! – grito a socar a mão na parede ao lado de seu rosto, sinto-me doente ao perceber o quão perto estive de acerta-la.
_Por favor – implorou ela ao levar seus olhos para os meus.
_Pensei que você fosse diferente – sussurro debochado ao afastar-me de ré – Mas como todas as mulheres, você apenas me provou que é apenas mais uma puta!
_Eu não sou uma puta! Você não pode falar assim comigo – grita ela ainda encostada na parede, seus olhos estão ficando vermelho junto de sua respiração rápida – Tudo isso é culpa sua!
Ela está brincando comigo, porra!
_Respondendo como todas as mulheres que não admitem seus erros – respondo com os braços abertos evidenciando meu desdém, sei que estou apontando meu dedo em sua direção quando começo a extravasar a minha raiva – Você entrou na minha casa, passou-se por uma empregada, inocente e sincera quando na verdade você é apenas mais uma biscate manipuladora que queria brincar comigo! Então para de fazer essa cara de indignação porra! Não fui eu que corri atrás de você!
_Quando entrei pra trabalhar na sua casa eu nem sabia quem era você – gritou ela empurrando meu peito com força – Mas você tem razão! É minha culpa ser uma alma caridosa até quando estou bêbada! A primeira vez que vou em uma balada com minhas amigas e te encontro lá no meio de uma briga e simplesmente vou te ajudar porque eu sou burra! Eu sou burra! Deveria ter deixado baterem a merda fora de você!
_Você se insinua na minha direção como uma necessitada de pau! E depois sai como se fosse a dona da razão? Não vou cair nesse seu jogo de merda! – grito sentindo logo um tapa marcar minha cara.
O lábio de Amanda está tremendo e lagrimas estão saindo de seus olhos, quando ela continua a gritar comigo. _Você está passando dos limites não vou deixar você falar assim comigo!
_Você deveria ter me dito a verdade! – grito ao afastar-me – Você teve vários momentos e optou por não faze-lo.
_Você não me deu escolhas não ouse falar como se fosse fácil te dizer alguma coisa! – rebate ela vindo em minha direção. Ela esta fechando seus olhos como se fosse difícil me ver e me encontro olhando para a porta do banheiro quando está se abre de repente.
Lorenzzo está perplexo ao olhar-nos, mas eu o ignoro e continuo olhando para Amanda, ela não estava saindo antes disso fazer algum sentido.
Olho para Lorenzzo. _Sai.
_Maluma você precisa se acalmar – diz Lorenzzo mostrando-me suas mãos ao aproximar-se lentamente de mim, como se estivesse entrando em um campo minado.
_Eu disse pra você sair! – grito apontando em sua direção – Isso é entre nós dois!
_Maluma – continua Lorenzzo – Você está fora de si e terminara por machuca-la.
Ele estava do lado dela? Não conseguia acreditar nisso. Eu nunca iria machuca-la.
_Ela pode estar errada e eu não estou do lado dela, estou preocupado com você – continua ele ao parar a meu lado.
_Eu não vou machuca-la – rosno sem saber o que fazer com minhas mãos. Fecho-as fortemente sentindo-as molhadas.
_Você já a machucou – sussurra Lorenzzo ao abaixar a cabeça.
Olho para Amanda dando-me conta de seu estado pela primeira vez. Seu cabelo perdeu alguns grampos e está caindo em cachos bagunçados. Seu rosto está manchado de maquiagem e suas bochechas estão borradas de delineador e lápis preto. Um hematoma está ficando cada vez mais pronunciado em seu braço e dou um passo para trás ao dar-me conta do por que. Em que homem eu estava me transformando? Olho para minhas mãos e vejo uma delas sangrando, a marca do meu punho está na parede como se zombasse da minha falta de controle.
_Sai – respondo novamente ao empurra-lo em direção a porta – O estrago não ficará pior do que já está.
_Maluma – sussurra Lorenzzo desesperado ao ver-se fechado para o lado de fora – Maluma, porra!
Estoucaminhando no meio do banheiro sem conseguir encarar a única mulher no mundoque parece exercer algum efeito sobrenatural em mim.
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Livro 1 - Doce Tempestade
FanfictionAmanda é uma garota brasileira de 20 anos que acabou de ganhar uma bolsa de estudos na Colômbia. Viver em um alojamento com outras brasileiras que só pensam em festas e homens estava prejudicando e deixando a decidida e certinha univer...