Capítulo 21

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AMANDA

Eu vou mata-lo. Quase jogo o abajur em sua cabeça e graças a Deus ele saiu da minha frente. Minha respiração está pesada e meu coração vai sair pela boca. A imagem do corpo de Maluma nu em minha mente faz meu ventre retorcer-se em antecipação. Tento concentrar-me em qualquer outra coisa para esquecer seu... jesus cristo, era... muito... grande... Era normal?

Tento lembrar-me do porque estava irritada com aquele homem, para esquecer aquela "coisa", mas cada vez que a raiva tomava a iniciativa de tomar conta dos meus hormônios, a excitação e a vergonha me distraiam outra vez. Não restava outra atitude que sentar no sofá com as minhas bolas de pelo favoritas enquanto eu aguardava Maluma descer.

Olho ao redor vendo marcas na parede chamar minha atenção, aquilo era um soco? Ele tinha afundado a parede com um soco? Lembro-me de como ele havia ficado transtornado comigo no banheiro ao descobrir meu segredo. Ele tinha um temperamento muito difícil.

_Vamos – a voz de Maluma assusta-me e não consigo encontrar seus olhos sem sentir minha bochecha esquentar.

Minha barriga faz uma dança engraçada quando ele arqueia aquela maldita sobrancelha em minha direção. Ele estende-me a mão e não consigo decidir-me se a aceito ou não. O diabo não deveria ser tão tentador.

_Realmente que mal há em aceitar pegar minha mão? – pergunta ele questionando minha demora.

Sem paciência, Maluma vêm em minha direção agarrando-me pela cintura e jogando-me por cima do seu ombro como se eu fosse um saco de farinha. Ele era tão... neanderthalensis.

_Maluma me põe no chão! – digo exaltada ouvindo-o rir ao afastar-se da sala. Onde estávamos indo? – Maluma! Maluma! – grito batendo em suas costas, o diabos! - Socorro! Alguém me ajuda socorro!

Vejo ao longe um segurança corpulento olhando-nos divertido, o que estava acontecendo com a humanidade? Que máfia era aquela em que os homens se maravilhavam com atos brutos que expressavam sua masculinidade sobre a mulher?

_Maluma me põe nessa merda de chão agora! – grito alterada e sinto sua palma em minha bunda e eu sei que eu irei mata-lo.

_Você grita demais – reclama ele ao colocar-me no chão e abrir a porta do carro – Entra.

Ele estava brincando serio? _Você não manda em mim! – quem esse homem pensava que ele era? – Eu não vou a lugar nenhum com você!

Seus olhos rodam em direção ao céu e vejo-o circulando o carro e acomodando-se no banco do motorista.

_Você pode escolher ficar ai sentada ou entrar no carro – diz ele ao abaixar o vidro da porta que eu estava segurando. – Só quero avisa-la que Rafael não é muito simpático com garotas histérica.

_Eu não sou histérica! – informo olhando para o corpulento segurança que semicerra os olhos e cruza os braços. Aquilo não estava acontecendo comigo. Sento-me no banco irritada e fecho a porta com um baque, Maluma me olha horrorizado e levanto minhas mãos sem saber o que eu tinha feito.

_O que demônios meu carro fez pra você? – diz ele rabugento ao ligar o carro.

_É só um carro – respondo vendo-o olhar-me com evidente horror.

_Não fala assim da minha mulher – ele não podia estar falando serio. Poupo os poucos neurônios que me restam e tento ignorar o "sexo com o GPS".

Tento iniciar uma conversa sensata e normal com Maluma mas ele tinha se limitado em monossílabos. Ele não podia ter ficado ofendido por eu ter "maltratado" seu carro. Era apenas um carro!

Livro 1 - Doce TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora