Capítulo 26

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AMANDA

_Não acredito em você – respondo sentindo as lágrimas escorrerem em meu rosto.

_Eu sei – diz ele aproximando-se de mim – Vou fazê-la acreditar.

Suspiro ao sentir os lábios de Maluma juntarem-se aos meus rapidamente. Ele está beijando-me com tanto magnetismo que só posso descrever a sensação como... animal. Nossos dentes estão chocando-se enquanto sua língua entra facilmente em minha boca. Entrego-me a suas caricias e agarro seu cabelo com uma mão, atraindo-o para mim. Percebo vagamente como seu cabelo está grande antes de soltar um gemido desesperado do fundo de minha garganta.

Sua mão desce por meu corpo deixando rastros de desejo por onde passa, seu corpo prendi-me contra a parede enquanto sinto seus dedos afundarem-se em minha carne. Sentia-o em todos os lugares e em todos os lugares eu o queria.

A tristeza e o sofrimento que eu havia passado em todos os meses afastaram-se de mim enquanto Maluma aprofundava o beijo, se aquela era a maneira dele dizer que me amava, ele estava brincando comigo e fazendo tudo errado no processo de convencer-me.

Interrompo o beijo ainda ofegante. Com as mãos tremulas empurro seu peito para longe de mim. Seus olhos estão iluminados com a luxuria, acentuando mais um ponto fraco em sua declaração. Continuo afastando-me dele, arrastando-me em busca de água, de oxigênio, de algo que acalmasse as batidas de Rock and Roll dentro do meu coração.

_Amanda – diz ele suplicante. Viro-me em sua direção enquanto tento em vão colocar um pouco de água em um copo. Seus ombros estão em uma postura derrotada, como se ele estivesse quase com medo do que eu fosse dizer – Por Favor...

_Por favor o que? – grito sentindo minha respiração voltar ao normal, sinto um pouco de água cair em meus pés e sei que estou a ponto de jogar o copo em sua cabeça – Por favor depois das noites que eu chorei por você? Dos meses que eu passei sufocando uma perda que eu não tinha o direito de sentir? Da tortura de ver você com outras mulheres?

_Sinto. Muito – ele diz, enfatizando cada palavra. Maluma se aproxima de mim e a sombra do homem que me abandonou volta para seus olhos.

_Você sente muito? – sacudo a cabeça tentando entender suas palavras – Eu quero saber o que você está fazendo aqui!

_Eu não sei – responde ele tirando o copo transbordando de água das minhas mãos – Você achaque eu quero isso? Ter sentimentos por alguém? Sentimentos que tiram o controle que eu sempre tive na minha própria vida?

Desvio meu rosto do seu e olho para meus pés tentando equilibrar meu emocional novamente.

_Nós precisamos conversar- destaco encarando novamente seu olhar intenso.

_Tem um restaurante aqui perto – diz ele enfiando suas mãos nos bolsos de sua calça.

Solto um suspiro profundo antes de concordar com a cabeça.

_Vamos – escuto-o dizendo.

Deixo Maluma levar-me ao restaurante sentindo o frio da noite ferir minha pele, mas nada machucava mais que o inverno em meu coração. O restaurante é pequeno e aconchegante. Os móveis são de madeiras combinando perfeitamente com as toalhas brancas bordadas com flores silvestres. As paredes são de um tom verde profundo, com pequenos vasos de rosas vermelhas em alguns locais. Quatro bandeiras se destacam atrás do balcão. Escócia, Colômbia, Venezuela e Canada. Uma placa escrita "Filiais destacando-se pelo mundo" chamou minha atenção.

O garçom vestido com um traje escocês nos guia para uma mesa de dois lugares praticamente escondida no fundo do restaurante. Sento-me de costas para a entrada e espero que Maluma se posicione.

Livro 1 - Doce TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora