Capítulo 52

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AMANDA

_Eu não posso – fungo pela decima vez em cinco minutos enquanto J Balvin pacientemente me oferece lenços e enxuga minhas lagrimas – Eu preciso dizer a ele, que nós, que eu estou só, só te ajudando – gaguejo – Somos amigos só isso.

As palavras saíram amargas de meus lábios e meu coração estava dando uma pontada em vão. Eu não poderia estar começando a gostar de J Balvin era loucura eu... eu... eu amava Maluma. Droga. Eu amava com loucura aquele homem – que está com a Anitta alfineta meu cérebro – e ali estava J Balvin – um homem bom que demonstra interesse em você emenda meu cérebro – e aqui estava eu – a retardada chorando com excesso de peixe na lagoa continua meu cérebro – eu era tão idiota.

_Se você sente que deve falar com ele – diz J Balvin triste – Fale com ele, explique as coisas, não posso dizer que ele vá entender, temos... um passado conturbado. Ele vai dizer que estou manipulando e usando você.

_Desculpa J B – murmuro entregando-lhe meu ultimo lenço – Preciso falar com ele.

_Eu entendo – diz J Balvin – Qualquer coisa estou aqui.

Balanço a cabeça em concordância enquanto saio procurando o camarim de J Balvin pelo corredor. Uma estrela amarela com letras em preto escrito MALUMA chama minha atenção. Sou atraída para o camarim de Maluma com uma intensidade e temor que nunca senti antes.

Conforme me aproximo um barulho de tac, tac, tac ritmado de algo chocando-se contra a parede faz me murchar cada vez mais. Um gemido sai do camarim e minhas pernas bambeiam. A porta não havia sido fechada corretamente deixando um vão de dois dedos abertas. Por favor que não seja ele ali. Por favor Deus, só... por favor.

Esse era um desses momentos em que você não pensa, apenas faz. Abro a porta e solto um grito que me corta a alma assustando os amantes apaixonados. Maluma está com sua calça e cueca abaixada. As pernas de Anitta estão em sua volta e ele estava transando fortemente com ela sentada no balcão de pedra fixado na parede do camarim.

Ele está em choque ao olhar para mim e não sei como consegui organizar meus pedaços e correr de volta para o camarim de J Balvin. Quando J Balvin me vê ele corre em minha direção e abriga-me em seus braços onde estou chorando... por outro homem. Eu devia receber uma dessas plaquinhas de retardada do ano.

_Me tira daqui, por favor – fungo em sua camiseta – Me tira daqui.

_J Balvin você tem show daqui vinte minutos – informa seu empresário no camarim. Eu não havia percebido que Vargas estava ali.

_Vamos – diz J Balvin ao pegar-me no colo e sair carregando-me pelo corredor.

_Infernos! – grita seu empresário seguindo-nos – Você tem show agora aonde você vai?

_Vou cuidar da Amanda – diz J Balvin pegando as escadas e descendo para o estacionamento, aonde o carro alugado em que viemos estava estacionado.

_Você não pode faltar no seu show! – continua seu empresário serio.

J Balvin me põe no banco de passageiros e assume o do motorista.

_Você quer apostar quanto? – diz ele á seu empresário antes de ganhar o ar da noite.

Livro 1 - Doce TempestadeOnde histórias criam vida. Descubra agora