18º capítulo 💎

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GENTE TO POSTANDO MAIS VOTEM EM TODOS OS CAPÍTULOS, o pessoal vai lendo e vai votando só no último 😩 os outros não ta tendo votos.  Ai vou começar a fazer meta de novo.

Imperador narrando ...

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Fiquei loucão quando a Franciellen desmaiou nos meus braços. Minha reação só foi colocar ela na cama e 2 minutos depois ela acordou. Minha mente estava confusa e perdida naquela situação. Eu não estava conseguindo raciocinar direito.
Ela acordou e ao me chamar olhei para ela abri um pequeno sorriso.
Imperador: O que aconteceu com você?
Fran: Eu preciso ir embora, Bruno.
Imperador: Vou chamar a Catarina e a Thami. –Fui levantando.
Fran: Por favor, não conta isso a ninguém, só me ajuda a sair daqui.
Imperador: Você ta naqueles dias de mulher?
Fran: Não, claro que não. –Ela foi levantando da cama, eu estava vendo três Franciellen, pisquei os olhos para tentar vê-la melhor.
Imperador: Eu te levo em casa, mas deixa-me dormir um pouco? –Disse com os olhos já piscando de sono. Normalmente eu beberia mais para apagar esse sono, estava cedo ainda.
Fran: Não precisa, me deixa no ponto de ônibus mais próximo.
Imperador: Sossega garota, fica quietinha. –Meus olhos foram se fechando e eu apaguei.
Acordei com uma vontade de mijar grande e com muita sede. O som da festa ainda rolava alto e eu não sabia nem que horas eram. Estava tudo escuro, levantei do chão e sai tropeçando em tudo que achei pela frente. Liguei a luz e vi a Franciellen deitada na cama enrolada no lençol e dormindo.
Minha mente foi montando o quebra-cabeça aos poucos e fui lembrando-se do que aconteceu. Lembrei-me da Franciellen ensanguentada e de seu desmaio. Passei a mão pela cabeça, sai do quarto e havia um falatório do lado de fora, as pessoas bêbadas, dançando, rindo e eu me lembrei da minha festa rolando. Já era meu aniversário, porra 20 anos.
Procurei um banheiro vazio, dei uma mijada, joguei uma água na cara e fui atrás de água na cozinha. Voltei para o quarto onde estava com a Franciellen na curiosidade de saber o que rolou com ela. Eu não vou com a cara dela mesmo, mas a mina parecia mal pra caralho e como sei que as amigas dela devem está mortas de tão bêbadas, não custa nada oferecer um braço pra mina.
Imperador: Franciellen? –A acordei e ela abriu os olhos.
Fran: Oi Bruno.
Imperador: O que aconteceu com você?
Fran: Não... Não foi nada. –O olhar dela vacilou e eu sou moleque esperto, sei bem quando nego mente pra mim. E logo me toquei que ela havia me pedido pra levá-la embora.
Imperador: Qual foi mina? Não mente pra mim não.
Fran: Eu estou bem. –Ela não aparentava está bem, seu rosto estava apresentando hematomas roxos. Então puxei o lençol e vi marcas roxas pelos seus braços e coxas.
Imperador: Quem fez isso contigo?
Fran: Por favor, não foi ninguém. –Os olhos dela marejaram, ela se cobriu novamente. Peguei no rosto dela, talvez com força demais, porque ela pareceu sentir medo de mim, então me afastei.
Imperador: Eu vou te levar pra casa.
Fran: Por favor, depois disso finge que não me viu assim e que nem sabe meu nome.
Imperador: Garota, eu não sou bicho.
Fran: Isso não me importa.

Imperador: Você quem sabe Franciellen, pega tuas coisas e vamos logo.
Fran: Beleza. –Ela levantou da cama e ela estava com uma roupa diferente, não havia mais sangue nela. Notei que ela andava devagar e parecia está sentindo dor. Eu poderia ajudá-la, mas a conhecendo preferi permanecer parado. Ela pegou sua mala e saímos dali. Apenas passei pra pegar as chaves do carro, passamos pelas pessoas, chegamos ao meu carro e saímos do rancho sem que ninguém perguntasse nada. Ela foi para o banco de trás, se encolheu e parece que ela dormiu.
No caminho para o morro eu não conseguia tirar os olhos dela. Ela dormia imóvel e eu até reduzi a velocidade. Essa garota é muito estranha, Deus me livre. Na metade do caminho, quando olhei para ela novamente, ela estava tremendo e suando.
Imperador: Franciellen? Tu tá passando mal? –Ela não respondeu e isso não pode ser coisa boa. Parei o carro no acostamento, sai do carro e abri a porta da parte de trás. Passei a mão no cabelo dela e ele estava molhado de suor-. Franciellen pelo amor de Deus acorda. –A sacudi de leve e a puxei para o meu colo. Ela mexia a cabeça de um lado para o outro murmurando algumas coisas-. Mina não passa mal agora, já estamos chegando.
Fran: Mãe... Mãe... Pai? Me tira daqui... Por favor... –Ela dizia baixinho e eu quase não entendia.
Imperador: Por favor, acorda, não tem nenhum hospital aqui. Droga o que eu vou fazer? –Peguei meu celular e estava fora de área-. Mãe? Mãe? O Fábio... Ele vai... Por favor, não! Pelo amor de Deus... Não me machuca... Mãe, você precisa... Você precisa me escutar... Para mãe! Não me bate... Desculpa, eu sou mentirosa... Ele nunca encostou a mão em mim...
Imperador: Franciellen, você precisa acordar. –Apertei o corpo dela contra o meu. Eu nunca havia passado por situação semelhante e não sabia mesmo o que fazer. Estava desesperado, ela estava queimando de febre. Ela continuava a falar coisas aleatórias relacionadas ao seu pai, mãe e um Fábio.
A vesti com a minha camisa, voltei para o banco da frente, desliguei o ar-condicionado e voei para o morro. Não parei nem na minha casa, fui direto para a casa da minha mãe.
Sai do carro, pulei o muro e fui até a porta dos fundos. Meus pais estavam tomando café na cozinha e tomaram um susto ao me verem.
Babi: O que você está fazendo aqui Imperador?
Imperador: Mãe? A amiga da Catarina... –Disse ofegante, pular o muro não é pra qualquer um não mano-. Ela está passando mal lá dentro do carro.

JR: O que você fez Bruno? –Ele arregalou os olhos e levantou da mesa.
Imperador: Eu não fiz nada, ela não me contou o que aconteceu e pediu que eu a trouxesse pra cá.
Babi: Vamos ver a menina. –Eles correram para o lado de fora junto comigo e fomos até o meu carro. Meu pai abriu o portão, eu peguei a Franciellen no colo e a levei até o sofá da minha casa.
JR: Tem que levar essa menina no médico.
Imperador: Eu não sei onde está os documentos dela.
JR: E os pais dela?
Babi: Eu tenho a sensação de que conheço essa menina de algum lugar. –Minha mãe sentou ao lado dela e passou a mão no rosto dela.
Imperador: Ela mora lá embaixo, não é longe daqui. Mas a mãe dela é louca, quando eu fui lá ela estava toda arrebentada.
JR: Tu foi fazer o que lá Bruno? Você está ficando com essa menina?
Imperador: A Thami me mandou pegar as coisas dela quando ela se mudou aqui do morro.
Babi: Franciellen o nome dela não é? –Minha mãe perguntou ainda a fitando-. Eu a conheço, trabalhei na creche onde ela ficava, a mãe dela é uma pessoa boa.
Imperador: Não sei... –Andei de um lado para o outro preocupado-. Mãe pelo amor de Deus faz essa menina acordar.
JR: Tem que levar ela pra mãe dela.
Imperador: Não vai levar ela pra mãe dela.
Babi: A gente não pode cuidar dela sem saber o que ela tem.
Imperador: Não interessa, já disse que não vai. Vamos esperar ela acordar.
Babi: Filho ela pode ter alguma complicação.
Imperador: Não tem. –Andei de um lado para o outro e minutos mais tarde a Franciellen começou a acordar. Ela tentou levantar, mas minha mãe impediu.
Babi: Ei, calma Fran. Não levanta, você está com febre.
Fran: Cadê o Bruno? –Ela me buscou com o olhar e me aproximei.
Imperador: Tu ta na minha casa mina, relaxa ai.
JR: Ta sentindo o que?
Fran: Dor e frio.
Babi: Você toma qualquer remédio?
Fran: Tomo. –Minha mãe olhou preocupada e levantou indo pra cozinha, meu pai a seguiu.
Imperador: Fran eu quero que você me conte agora o que aconteceu com você.
Fran: Por favor, Bruno... –Sua aparência estava tão debilitada e ela ainda estava com lágrimas nos olhos.
Imperador: Eu não sei o que fazer com você, Franciellen, juro que tu me deixou louco quando começou a passar mal no carro. –Agachei na frente dela.
Fran: Não me pergunta sobre isso.
Imperador: E como você espera melhorar assim? Com todos esses segredos.
Fran: Certas feridas a gente só pensa que foram cicatrizadas. –Eu não estava entendendo mais nada. Levantei quando a minha mãe voltou com remédio e água. A Franciellen tomou tudo.
Babi: Vocês comeram?
Imperador: Nem dormimos ainda, a gente saiu de lá e o povo ainda não havia ido embora.
JR: Ela consumiu alguma coisa na festa?

Imperador: Ela estava bebendo com as meninas.
Babi: Alguém colocou algo na bebida dela? –Olhei para a Franciellen e ela negou com a cabeça.
JR: Leva ela para o seu quarto, é melhor ela dormir.
Imperador: Beleza. –Fui para pegá-la no quarto e ela se encolheu.
Fran: Não precisa, eu vou andando.
Imperador: Para de graça, você estava mancando de madrugada.
Fran: Me deixa Bruno, não me toca. –Ela arregalou os olhos e levantou sozinha.
Imperador: Saco Franciellen. –Larguei ela pra trás, bufei e fui subindo as escadas até o meu antigo quarto. Como eu dormia sempre por ali, ele sempre estava arrumado. A Franciellen minutos depois subiu e devagar entrou no meu quarto.
Peguei travesseiro e edredom no guarda-roupa. Arrumei a cama e ela deitou.
Imperador: Olha você pode me tratar mal, feito um bicho até, mas responder o que rolou contigo não quer dizer que eu goste de você e que somos amigos. Eu não to aguentando te ver toda machucada assim sem saber o que aconteceu. –Ela ame olhou e bateu na cama, então eu sentei.
Fran: Não quero que você tenha um lado negativo da sua festa.
Imperador: Você acha que eu ligo mano? Aconteceu alguma parada contigo e eu quero saber. Eu to aqui pra te ajudar, foda-se a festa porra.
Fran: Você não vai entender... –Ela sentou na cama e sua voz embargou-. Aconteceram coisas comigo quando eu era criança e quinta-feira foi a gota d'água, eu sai de casa e vim morar com a Thami pra me livrar da minha mãe e do Fábio, meu padrasto. Depois que meu pai morreu minha vida virou um inferno, eu não tive ajuda de ninguém, minha mãe nunca acreditou em e meu padrasto acabava comigo sempre que eu tentava fugir, me defender, ir embora ou procurar ajuda. Então eu aprendi a ficar em silêncio, porque as pessoas nem sempre entendem, fingem se importar. –Ela estava chorando de pingar lágrimas no edredom. Eu a abracei todo sem jeito e ela encostou a cabeça no meu peito. Com certeza ela estava ouvindo meu coração acelerado.
Imperador: Ele te batia? Assim como bate na sua mãe?
Fran: Ele me chama de xodozinho do papai, ursinha, minha garotinha. Ele é um porco, um porco que abusava de mim.
Imperador: Ele apareceu na festa? Aquele nojento foi atrás de você? –Meu peito se encheu de ódio.
Fran: Foi um cara na festa, ele queria ficar comigo e eu neguei. Então eu chutei o pau dele e de noite ele veio atrás de mim no meu quarto e... Ele fez o que queria fazer.
A primeira coisa que veio na minha mente foi depois de ter fudido a mina e na hora que fui fumar maconha. Ela estava com um cara e ele estava forçando a barra. Ela não estava sendo chata.

2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora