121 º capítulo ❄

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Catarina narrando
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Desde a minha adolescência eu me envolvia nos assuntos do morro. Minha mãe não pode fazer nada, adrenalina corre nas minhas veias. A Thami costumava me perguntar como eu conseguia ficar tão tranquila tendo minhas mãos sujas de sangue. Eu simplesmente não paro pra pensar nisso, recebo minhas ordens vou lá e faço. Claro, não faço absurdos. Minha mãe mataria meu pai antes que ele me mandasse pra alguma missão onde a pessoa era inocente. Eu sou viciada em cometer loucuras, em curtir meu baile, beber, no olhar de orgulho do meu pai quando eu chegava de alguma missão bem sucedida e viciada principalmente no meu moreno.
A noite logo caiu, eu peguei minha mochila com as minhas coisas, despedi-me da minha mãe a avisando que iria para o pagode e depois dormiria no Russo.
Babi: Olha lá ein Catarina, segura essa sua xota.
Catarina: Mãe! – A repreendi rindo.
Babi: Ué filha, eu te conheço de outros carnavais já.
Catarina: Manhê! – Rolei os olhos e ela foi me levando até o portão.
Babi: Eu não aguento outro neto, não.
Catarina: Às vezes até esqueço que a mocreia loira ta grávida. – Dei de ombros subindo na minha moto.
Babi: Fazer o que né, seu irmão vai ter que colher o que plantou.
Catarina: Ele não sabe onde jogar essa semente ruim dele.
Babi: Queria que fosse da Fran né, mas já que é da Manu... – Minha mãe nunca aprovaria a Manu e muito menos eu.
Catarina: Mãezinha, amanhã quando eu chegar da faculdade eu vou vir almoçar ein.
Babi: Ih filha, eu vou ta na ONG. Passa pra almoçar por lá.
Catarina: Só se for pra tacar a comida na cara de Ana Luísa.
Babi: Deixa a Ana.
Catarina: Deixa o cacete não gosto dessa garota e nunca vou gostar, fica dando em cima do Russo.
Babi: Russo é santo, só faltou um feriado em homenagem a ele.
Catarina: Vale mais que Imperador.
Babi: Ih – Ela deu risada – Só Franciellen pra dar jeito naquilo lá.
Catarina: Porra, papo reto. Mãe me deixa ir lá, se não vou me atrasar.
Babi: Beijo filha. – Liguei minha moto, dei partida e fui direto pra casa do Russo.
Assim que cheguei à rua dele já o vi de conversinha com a ridícula da Josiane. Não entendo esses homens mano, quanto mais a mina rachar a xereca com o short parece que eles sentem mais tesão. Puta que pariu viu! Desci da minha moto e já cheguei junto parando entre os dois. Comigo é assim primeiro chega botando fim na zona e depois busca saber qual era o motivo da conversinha.
Catarina: Passa pra casa Russo. – Coloquei minha mão na cintura e o olhei brava.
Russo: Calma amor, oxe.
Josiane: Só estamos conversando, flor.
Catarina: Flor é o que você vai precisar para o seu enterro, não se mete no terreiro dos outros não oh piolhenta. Te quebro no cacete aqui mesmo piranha, te conheço de outros carnavais já fia, ta achando que eu sou otária? Conversar de cu é rola – Fechei a cara dela e ela já foi se afastando. Amor meu nome é Catarina Cabral não é a toa. Sou filha de JR e de dona Bárbara. Mexe com tudo menos com meu macho.
Russo percebeu bem que eu estava falando sério e entrou comigo na casa dele. Abri um sorriso satisfeita enquanto ele abria a porta que dava para a sala. Ele começou a rir e destrancou a porta para a gente entrar.
Russo: Você é foda né Catarina. – Ele foi me pegando pela cintura enquanto nós entrávamos na casa. Só deu tempo de jogar a mochila no sofá.
Catarina: Foda é apelido pra mim, amor. – Sorri.
Russo: Ciumenta do jeito que eu gosto. – Ele mordeu meu lábio inferior sorrindo junto comigo e foi selando nossos lábios – Saudades da minha mulher.
Catarina: A noite de ontem foi o suficiente não amor?
Russo: Sou insaciável. – Ele fechou a porta a chutando, me pegando com firmeza ele me levantou e eu entrelacei as pernas em volta de sua cintura.
Catarina: Meu homem tem que ser insaciável mesmo. –Alisei seu peito encostando nossas testas, rocei meus lábios nos dele.
Russo: Você ta merecendo é uma surra de pau, anda muito malandrinha.
Catarina: Faço pra te provocar, não percebe?
Russo: Pior que consegue. –Com uma mão ele pegou no meu cabelo com firmeza enquanto me encostava-se à parede. Não pretendo mais perder tempo, nos envolvemos em um beijo selvagem. Ele me arrancava suspiros e me excitava apenas com seu beijo delicioso. Nossas línguas se misturavam em um beijo delicioso. Cravei minhas unhas em suas costas e fiz a festa arranhando. Marcar de quem tem dona nesse caralho. Cada vez mais que meus lábios se encontravam com os lábios do Russo mais o desejo florescia entre ambos. Um sorriso se estampou em meu rosto.
Catarina: Eu te amo. – Sussurrei.
Russo: E acha que não é recíproco? Eu te amo, minha malandra. – O sorriso dele havia sido feito especialmente para mim – Só um homem de sorte que tem uma mulher como você. Que fode pra caralho, que entende dos seus corres, que não tem medo do perigo e que te protege se rolar ko. Ta ligado minha morena? Você foi feita toda só pra mim. Amo suas cenas de ciúmes, amo quando você quebra a porra toda. Amo sua cara de bravinha e quando reconhece que está errada e vem pedir desculpas. Eu não seria capaz de dizer que amo outra mulher, porque outra jamais fez o meu coração bater como ele bate por ti.
Catarina: Isso tudo é verdade? – O olhei encantada com meu peito transbordando de tanto amor.
Russo: Sou malandro igual tu, mas sei amar e reconhecer o valor de uma dama.
Catarina: Oh meu vagabundo, eu te amo pra porra. – Ele me encheu de beijos.

2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora