152 º Capitulo ||

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PESSOAL RECADINHO **
Acho que termino a história, amanhã mesmo mais isso depende de vocês quero varioss comentários e estrelinhas.
O capítulo anterior arrasou menos de 4 horas e ja tinha varias estrelinhas bora lá!!!
Ta chegando o fiiiim 😭😭😭😭😭

— Início da Conversa —
Carolina Marinho: Oh garota.
Gabriela Cabral: Fala direito comigo.
Carolina Marinho: Como você descobriu meu Facebook?
Gabriela Cabral: Eu peguei a sua foto do celular do meu pai e joguei no Google.
Carolina Marinho: Ah...
Gabriela Cabral: E?
Carolina Marinho: Eu vou para o RJ. Mas com uma condição.
Gabriela Cabral: Todas que você quiser.
Carolina Marinho: Quero uma prova de que você é mesmo filha do meu pai e também que dê um jeito para eu ir para o RJ.

Gabriela Cabral: Só? Eu vou na rua agora atrás daquele cretino e o jeito para você vir para o RJ eu mesmo te busco. Olha amor, espero que tenha consciência de qual terreno está pisando, porque aqui o buraco é mais embaixo.
Carolina Marinho: Eu odeio mentiras.
Gabriela Cabral: Somos duas.
— Fim da Conversa —

Naquela mesma noite a Gabriela não só mandou uma foto dela junto com meu pai como também gravou um áudio conversando com ele. Não tive tempo nem para derramar uma lágrima de raiva pela confusão de mentiras que os meus pais me submeteram. Mas agora era hora da farsa acabar. Eu estava certa do que iria fazer e nada iria me impedir.
A Gabriela realmente veio, essa seria a maior loucura que estaria fazendo em toda minha vida chata e sem graça. Eram 2 horas da manhã e a Gabriela estava encostada em um carro no final da minha rua uma semana depois que havíamos conversado. Ela me deixou bem ciente das pessoas que eu iria encontrar lá: bandidos. E saber que meu pai era um deles, me deixou muito apreensiva. Mas para um simples trabalhador e honesto ele tinha tatuagens até demais.
Gabriela: Pensei que fosse dar para trás. – Ela riu.
Carolina: Isso não tem graça. – Cruzei os braços sentindo frio pra caralho mesmo estando de casaco.
Gabriela: Eu sei que não tem, acha que eu estou feliz com isso?
Carolina: Seria bem mais fácil terem contado para gente que somos irmãs.
Gabriela: Eu sempre quis ter um irmão ou uma irmã, sempre muito chato ficar sozinha.
Carolina: Será que a gente pode ir logo?
Gabriela: Claro. – Entramos no carro que ela dirigia e coloquei minha mochila no banco de trás.
A viagem teria demorado muito mais se a Gabriela não fosse uma louca atrás do volante, ela foi de MG até o RJ ouvindo umas músicas que eu nem sabia que existia, até que não eram ruins. Já era manhã quando chegamos ao RJ e a cidade era linda por demais, eu estava encantada. Pra quem nunca saiu de MG, chegar ao RJ é bom pra carai. Ela pegou um caminho estranho pra porra.
Gabriela: Lar doce lar. – Ela sorriu subindo o morro, na entrada tinha uns moleques fumando maconha com um fuzil atravessado no peito rindo e conversando. Eu não consegui tirar os olhos dele – Olha não fica encarando muito, as negas daqui são bem esquentadas. Oh mas tu fica ligada ein? Irmã minha não apanha pra rata não ein? Toma porrada de novo quando chegar em casa. – Ela riu.

Carolina: Ah desculpa. – Havia um frio percorrendo minha espinha, eu não sabia o que falaria para o meu pai, tudo aquilo estava acontecendo. A Gabriela levava aquilo muito naturalmente e eu mal conseguia conversar com ela.
Gabriela: Meu pai deve ta na boca.
Carolina: Nosso pai.
Gabriela: Enfim, ele deve ta na boca. – Ela dirigiu até uma parte, logo tivemos que descer do carro. Alguns moradores que passavam ficaram encarando a gente. A Gabriela foi na frente subindo a escadaria e todos que passavam ela cumprimentava. Certeza que ela era bem conhecida. Chegamos a uma casa toda capenga que tinha um monte de sujeito mal encarado que a Gabriela os cumprimentou.
Gabriela: Ai LB, cadê meu pai?
LB: Ai princesa, qual é da tua amiga ai?
Gabriela: Não é para o teu bico, te orienta.
LB: Qual foi Gabi, vai ficar humilhando na alta. – Ele riu e me comeu com o olhar. Então um homem sem camisa saiu e eu o reconheceria de longe. Era o meu pai, só que numa versão mais solta. Eu nunca havia o visto sem camisa e ele tinha mais tatuagens do que eu imaginava e um corpinho tão delícia. Havia uma arma na sua cintura e a versão que eu tinha do meu pai foi quebrando aos poucos na minha mente. E ele parou imediatamente ao me ver. A Gabriela se posicionou ao meu lado e nós duas o olhamos.
Imperador: O que você está fazendo aqui, Carolina?
Carolina: Oi, pai. Vim dar um passeio em família.
Meu pai estava furioso. E eu nunca havia o visto daquela forma, nem mesmo quando eu aprontava no colégio. E a raiva dele só aumentou a minha e da minha meia irmã, Gabriela.
Gabi: Qual é pai? Você achou mesmo que iria esconder a verdade de nós duas para sempre? Uma vida dupla? Quem é você? 007 ou meu pai?
Imperador: Não começa com suas ironias, Gabriela.
Carolina: Então você e a minha mãe acharam que iriam sustentar isso até quando? Até eu morrer? Acharam mesmo que tinham o direito de mentir para mim e para a Gabriela toda vida? Que nunca a verdade iria aparecer.
Imperador: Carolina não é bem assim... – Ele tentou se aproximar e eu me afastei.

Carolina: Então como é? Me diz que eu ainda não consegui entender. Todos esses anos tudo que eu só queria saber é como você e a minha mãe se conheceram. Mas hoje eu descobri que é bem mais do que isso. Vocês mentiram para mim, mentiram para a Gabriela.
Imperador: Eu só quis proteger você.
Carolina; Ah me proteger? Me proteger do que?
Imperador: Olha o que eu sou, Carolina. Será que você não consegue entender o que eu e a sua mãe fizemos todo esse tempo?
Carolina: O que você e a minha mãe fizeram foram me privar da verdade.
Gabriela: Pai esconder dinheiro debaixo do cofre é uma coisa, agora esconder uma filha. É pesado.
Imperador: Porra cadê a Franciellen?
Carolina: Está em casa, por quê?
Imperador: Ela não sabe que você está aqui?
Carolina: Eu dei uma semana pra ela me contar a verdade, já que ela não quis, eu vim com a Gabriela.
Imperador: E você não me contou nada? – Ele olhou pra Gabriela.
Gabriela: Agora você exige que eu te conte alguma coisa?
Imperador: Vocês duas não entendem.
Carolina: O que eu não entendo é como você e a minha mãe puderam me esconder isso.
Imperador: Eu vou contar a verdade para vocês.
Gabriela: Aleluia irmãos, vamos glorificar de pé.
Imperador: Não debocha, Gabriela. – Ele a fuzilou com o olhar.
Gabriela: Vamos maninha, preciso comer alguma coisa. – Ela me pegou pelo braço.
Imperador: Aonde vocês vão?
Gabriela: Você não é o Senhor Sei de Tudo? Se vira. – Ela foi me puxando enquanto íamos descendo a escadaria.
Carolina: Que droga.
Gabriela: Sabe o que eu não entendo?
Carolina; O que?
Gabriela: O porquê disso tudo.
Carolina: Eu preciso dormir um pouco. – Bocejei.
Gabriela: Vou te levar pra casa. – Voltamos para o carro dela e ela dirigiu até sua casa. Eu olhava tudo pela janela e tentava não perder nada. Ela parou o carro em frente a uma casa de dois andares, mas de aparência simples. Descemos do carro, ela abriu o portão e entramos. Esperei ela abrir a porta da casa e quando entramos fiquei de boca aberta com o luxo que era a casa.
Gabriela: Baba não bebê. Te levar para o meu quarto. – Ela subiu as escadas, andamos pelo corredor até chegarmos em frente a porta de um quarto. Ela abriu e o quarto era lindo, tudo o que uma garota poderia querer lá tinha. Dava para ver que a Gabriela gostava bastante de um rosa.
Gabriela: Toma um banho que eu vou catar umas coisas pra gente comer por ai.
Carolina: Tá certo. – Ela me deu uma toalha e saiu do quarto. Eu entrei no banheiro, sentei no vaso e liguei meu celular. Eu sabia que o que havia feito iria deixar minha mãe puta pra caralho, mas ela não estava em posição de brigar comigo. Logo ela que sempre me ensinou a ser uma pessoa verdadeira, exigiu transparência sobre minhas atitudes e agora quem é a hipócrita?

No meu celular havia inúmeras ligações perdidas da minha mãe e eu não retornei nenhuma. Levantei do vaso, deixei meu celular ali em cima, tirei minha roupa e entrei no box. Tomei um banho gelado de uns 15 minutos. Eu precisava esfriar minha cabeça e pensar na melhor maneira de lidar com tudo isso. Ao sair do banho já vestida, meu pai estava sentado na cama da Gabi segurando o celular nas mãos. Ele levantou o olhar e ficou me encarando.
Imperador: Carol... Eu...
Carolina: Eu só quero entender porquê. – Sentei ao lado dele – Você e a minha mãe sequer pensaram em mim quando resolveram esconder isso tudo?
Imperador: Você não faz ideia do que eu e a sua mãe tivemos que passar.
Carolina: Claro que não faço, vocês me esconderam. Mentiram para mim toda a minha vida. Olha quem você é pai.
Imperador: Você tem vergonha do que eu sou? – Nossos olhares se encontraram e eu vi tristeza nos olhos deles.
Carolina: Eu não sei nem quem você é.
Imperador: Seu pai, Carolina.
Carolina: Pais não fazem o que você e a minha mãe fizeram.
Imperador: Fizemos para te proteger. – Ele levantou passando a mão pela cabeça.
Carolina: Me proteger do que? – Levantei ficando frente a frente com ele.
Imperador: Disso tudo porra. – Ele segurou na minha nuca com as duas mãos e olhou nos meus olhos – Você não faz ideia do inferno que é essa vida.
Carolina: E por que não sai dela?
Imperador: Isso é o que eu sou.
Carolina: E eu? O que eu sou pra você?
Imperador: Você é parte de mim.
Carolina: A Gabriela sabe quem você é e leva tudo isso numa boa.
Imperador: A Gabriela só tem a mim, Carol.
Carolina: E a mãe dela?
Imperador: A Emanuelle meteu o pé fazem anos e desde então ela fica aqui comigo.
Carolina: E por que não me contou ao menos dela? Precisava ter escondido que eu tenho uma irmã?
Imperador: Não queríamos que você soubesse disso tudo antes da hora.
Carolina: Antes da hora você quer dizer nunca né? Eu já tenho 18 anos e vocês não fizeram absolutamente nada para me contar a verdade.
Imperador: Eu queria te contar há muito tempo, mas pra sua mãe é difícil.

2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora