101 º capítulo 🐾

3K 211 13
                                    

No meio do caminho meu celular começou a tocar e então atendi.
🔸 Início da Chamada 🔸
Maísa: Filho onde você está?
Russo: Indo para a casa.
Maísa: Ótimo meu amor, Imperador chegou aqui.
Russo: Graças a Deus, sabia que meu mano sairia dessa.
Maísa: Vem logo meu amor, estou preocupada.
Russo: Mamãe eu estou bem.
Meninas: HMMMMMM MAMÃE. –Ouvi uma gritaria junto de risada.
Russo: Nossa mãe você está no viva-voz?
Maísa: Estou filho.
Russo: Nossa que vacilona, tchau.
Maísa: Para de besteira.
Russo: TCHAU DONA MAÍSA.
🔸 Fim da Chamada 🔸
Minha mãe é foda, quando ela quer me constranger ela faz de tudo puta que pariu. Cheguei ao morro e pelo horário estava até bastante movimentado. Assim que cheguei a minha casa estava um grupo de pessoas em frente e então reconheci que era Imperador, Cat, Fran, meu pai e meus padrinhos. Parei meu carro um pouco abaixo e sai do carro.
Imperador: Que demora é essa viado? Estava com medo.
Russo: Medo o cacete, fui atrás de você.
Babi: Ainda bem que todos estão bem. –A Catarina estava olhando para mim. Eu conheço essa marrenta de longe, sei que ela está doida para me dar um abraço. Aproximei-me do povo.
Fran: Tudo estava bom demais para ser verdade. –Ela estava encolhida nos braços do Imperador.
JR: O pior já passou, agora eu quero achar o filho da puta do Washington.
Catarina: Ninguém ameaça meu irmão assim na cara dura. Filho da puta, nojento!
Russo: Fora que colocou um monte de gente em perigo. Mano ta um caos aquilo lá.
Imperador: Já temos muito problema pra poder se preocupar com o Washington no momento. Ele não vai conseguir o que queria aqui no RJ. Ninguém que estava lá concordou com a proposta dele.
Pezão: Vamos deixar pra conversar isso outra hora.
Babi: Só vamos esperar a Maísa chegar, depois a gente entra. –Ficamos trocando uma ideia e eu não conseguia tirar o meu olhar da Catarina, ela tentando conter o sorriso bobo era inevitável.
Ao longe avistei uma menina descendo o morro e ao se aproximar percebi que era a Ana Luísa. Achei estranho pra caralho ela sozinha às 4 horas da manhã na rua sozinha. A Catarina seguiu meu olhar até o da Ana e fechou a cara.
Russo: Cat...

Catarina: Tanto faz. –Ela deu de ombros e saiu andando arrastando sua perna em direção a sua casa.
Imperador: O que foi isso? –Ele me olhou com as sobrancelhas arqueadas.
Russo: Nada não parceiro. –Sai correndo e fui em direção a Ana Luisa-. Está indo pra onde? –A peguei pelo braço e a fiz virar pra mim.
Ana Luisa: Estou indo para a ONG.
Russo: Fazer o que lá?
Ana Luísa: Dona Babi deixou que eu dormisse em um quarto por lá.
Russo: Seus pais não vão te perdoar?
Ana Luísa: Eles vão, um dia quem sabe. Mas estou arrumando uma casa por aqui.
Russo: Beleza, Ana. Estou de olho em você, não fica andando sozinha.
Ana Luísa: Pode deixar, eu estou bem. –Ela sorriu sem graça e então a deixei ir.
Voltei para onde o povo estava e a minha mãe havia chegado. Meu padrinho me olhou com uma cara nada boa. Na verdade quando eu voltei eles ficaram em silêncio.
Russo: Ok então eu vou pra minha casa e dormir.
Fran: Ai gente que climão vocês ein. Ele só foi falar com a menina.
Imperador: Deixa isso pra lá morena, vamos pra casa. –Ele puxou a Fran-. Bença mãe, bença pai, tchau tios, tchau mano. –Ele fez um toque de mão comigo.
Russo: Tchau irmão. To indo também.
Fran: Tchau gente. –O Imperador foi até a moto dele, subiu e a Fran subiu em seguida.
Babi: Tchau meu anjo. –Ela beijou minha testa.
Russo: Bença mãe. –Ela beijou minha bochecha e as duas foram subindo o morro para suas casas.
JR: Não brinca com a minha filha. –Ele me olhou sério.
Russo: Não estou brincando com a Cat, padrinho.
JR: E precisava daquilo?
Russo: Eu não tenho nada com a Ana Luísa e nunca vou ter. Eu to de olho na mina porque não confio ainda nela.
Pezão: Não interessa o que você esteja fazendo. Enquanto você ficar trocando sorrisinho com a Catarina na frente de todo mundo, não pensa em olhar para o lado. Você se queima feio. Mulher adora proteger mulher.
JR: Não se esqueça que é a minha filha. Se eu a ver chorando por causa de você, eu vou fazer você chorar. Estamos entendidos?
Russo: Catarina chorar? –Ri e eles riram juntos.
Pezão: Vamos considerar o fato que a Cat chora uma vez na vida e outra na morte.
JR: Ela é foda né. –Ele riu concordando.
Russo: Tenta ser o namorado dela pra ver. –RI-. Vou pra casa, abraço.
Pezão: Vai lá moleque. –Entrei no portão de casa e o tranquei. Abri a porta da casa e a tranquei em seguida. Tirei a arma da cintura e joguei tudo em cima do sofá. Fui para o meu quarto enquanto tirava a camisa e deitei na minha cama.

Meu celular começou a vibrar e então peguei pra ver minhas mensagens no Whatsapp. Era a Catarina, ignorei as outras mensagens ali e abri a conversa dela pra poder responder.
🔸 Início da Conversa 🔸
Catarina: É aquela a mina que dormiu na tua casa?
Anda Russo! Me responde
Russo: Como você sabe que alguma mina dormiu na minha casa?
Catarina: Meu amor não é porque eu estou presa dentro de casa que eu não saiba das coisas. Eu tenho informante no morro inteiro.
Russo: Ela dormiu sim mano, não tem porque eu te esconder isso. Não estou entendendo esses ciúmes. A mina é conhecida da tua mãe, não quero e nem vou me envolver com ela.
Catarina: Então pra que fica olhando pra ela?
Russo: Porque eu tenho olhos (???)
Catarina: Fica debochando mesmo.
Russo: Não é deboche Catarina, é você que vê coisas onde não há.
Catarina: Quer saber? Dane-se! Eu não posso cobrar nada pra você porque eu terminei contigo tudo mesmo.
Russo: Beleza mina, suave.
Catarina: Suave?
Russo: É, suave.
🔸 Fim da Conversa 🔸
Dei a conversa como encerrada, não iria render assunto pra Cat porque eu sei que a gente iria brigar muito feio. Fui para o banheiro, tomei um banho, coloquei uma samba canção e me joguei na cama.
Fechei os olhos tentando dormir, virei de um lado, virei para o outro e nada. Sabe qual é o foda? Quando sua mente fica preso numa mulher e ela te tira o sono. Do jeito que eu estava, só peguei minhas chaves e coloquei minha arma na cintura. Fui caminhando pela favela até chegar à casa da Catarina. Olhei para a janela do quarto dela e estava todo escuro. Pulei no muro, andei no sapatinho para poder não cair e fui pra cima do telhado da casa dela tentando não fazer muito barulho. Me agarrei na beira da janela dela e estava mal fechada. Então a abri e entrei no quarto dela. Para a minha surpresa ela não estava na cama, ouvi o barulho do chuveiro e então fui até lá. Ela estava em frente ao espelho analisando seu corpo e então ela olhou para mim através do espelho e tomou um susto. Antes que ela gritasse, eu a peguei por trás e tampei sua boca.
Russo: Não grita sua doida. –Sussurrei e tirei a mão dela da minha boca.
Catarina: O que veio fazer aqui seu idiota? –Ela virou para mim furiosa.
Russo: O idiota veio dormir com você. –Me encostei a parede e fiquei a olhando-. Você tira meu sono, eu não iria dormir enquanto não viesse aqui.

2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora