61º capítulo 💎

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Patrícia: Para de implicar com seu primo. –Logo mais meus pais chegaram ali, Catarina, os pais do Russo, os pais da Thami e ela, minha dinda com o Vigarista e menos a Luana que estava no colégio. Tomamos café da manhã e eles marcaram um churrasco pra fazer de noite. Eu já estava indo pra boca, mas minha mãe me chamou na rua.
Imperador: Oi mãe. –Falei de cima da moto. Ela estava com um olhar caidinho.
Babi: Filho, como a Fran está?
Imperador: Ela está bem, deve ter ido trabalhar. Eu também estou bem, caso queira saber. –Ela deu uma risada.
Babi: Traga ela de noite pra comemorar.
Imperador: Ela deve ir para o colégio hoje mãe, mas vou trazer de todas as formas.
Babi: Tudo bem filho.
Imperador: Mãe aconteceu alguma coisa?
Babi: Nada não.
Imperador: Mente não coroa.
Babi: Brigas e mais brigas lá em casa. Clima está pesado demais, seu pai não fala com a Catarina, ela também não faz um pingo de questão. Tudo é motivo para discutirem. Eu estou com medo que ela faça besteira, que vá embora de casa pra morar com aquele homem. Filho, eu sei que na hora da raiva a gente fala coisa sem pensar, eu mesmo já mandei a Catarina ir embora. Porém ela é a minha filha, eu a criei com tanto amor e agora eu não sei o que fazer. –Ela disse com os olhos cheios de lágrimas. Levantei da moto e fui abraçá-la.
Imperador: Fica assim não, mãe. Eu vou dar uns toques na Catarina, pode deixar. Ela já passou do limite. –Minha mãe desabou de chorar.
Babi: Eu não quero mais a minha família separada. Você fica pra lá com a Fran, a Catarina pra lá com o Guilherme, JR na rua como sempre e eu em casa ou na ONG. –Minha mãe trabalha em uma ONG que faz ações pedagógicas, recreação, creche, aulas do fundamental ali no morro.
Imperador: Olha pra mim. –A fiz olhar pra mim, me matava ver a minha mãe daquele jeito-. Eu vou dar um jeito nisso, eu prometo. Desculpa está ausente lá de casa, correria demais, você mesmo pediu que eu ficasse longe junto com a Fran pra dar apoio pra ela.
Babi: Eu sei filho, você está sendo um grande homem. Obrigado por tudo. –Ela secou as lágrimas assentindo, mas ela não parava de chorar.
Imperador: Faz o seguinte, mãe? Sai pra relaxar. Chama as minhas tias, vai fazer essas paradas que mulher gosta, faz a limpa no cofre do meu pai e foda-se. Deixa os dois pra lá, quando você volta tudo vai está bem.
Babi: Vai está mesmo?

Imperador: Vai mãe. –Beijei a testa dela.
Me partiu o coração ver a minha mãe daquele jeito, pior de tudo era saber que tudo isso era por culpa de piranhagem da Catarina. Já vacilei muito, ainda mais quando eu estava com a Manu, mas nunca chegou ao ponto que chegou agora.
Subi na minha moto e parti pra casa dos meus pais. Deixei a moto na entrada, entrei em casa pela porta dos fundos que eu tinha chave e fui subindo as escadas. Entrei no quarto da Catarina, estava um frio da porra pelo ar-condicionado ligado, a madame enroladinha no edredom. Puxei o edredom dela com força e ela já foi acordando. Não perdi meu tempo, enrolei minha mão no cabelo dela e a puxei pra fora da cama.
Imperador: Vem cá Catarina.
Catarina: ME LARGA IMPERADOR.
Imperador: Largar? Largar é o caralho. Quer ser piranha porra? Vou te ensinar como que é ser piranha. –A empurrei contra a parede do quarto e dei dois tapas fortes nela-. Ta achando que eu tenho pena de você garota? –Ela gritava, tentando se defender do jeito bruto dela, mas não dava não. Eu estava com o sangue fervendo e joguei-a contra a cômoda do outro lado do quarto.
Catarina: ME LARGA IMPERADOR! –Ela se ajoelhou ao chão e eu dei uma joelhada na cara dela.
Imperador: Na primeira vez eu conversei, agora não vou te largar até você aprender. –Ela caiu no chão e eu pisei na cara dela com o meu pé. Ela chorava e gritava pedindo para que eu parasse.
Catarina: PARAAA! PELO AMOR DE DEUS, PARA!
Imperador: Tu não merece o amor nem de Deus sua cachorra, trocou o amor dos nossos pais por piru caralho? –Dei um chutão na cara dela, porém ela se defendeu com as mãos.
Catarina: BRUNO! PARA. –Ela chorava gritando para que eu parasse, ela tentou sair se arrastando dali. Eu a peguei pelo cabelo e a coloquei de pé.
Imperador: Faz o seguinte Catarina, pega suas coisas e vai arrumar teu canto para morar. Você já causou muito problema para os meus pais. E se achar melhor vai morar com aquele Guilherme. Tu sabe muito bem como que o bonde lida com piranha aqui dentro do morro não sabe? –Falei no ouvido dela bem firme e ela chorava engolindo em seco tudo o que eu dizia-. Mete o pé daqui de casa caralho, você perdeu toda a moral que tinha comigo. –A larguei e ela caiu de joelhos no chão. Sentei na cama dela respirando fundo com o sangue fervendo nas veias. Ela chorava cuspindo sangue no chão. Chega dava nojo de vê-la toda descabelada, com a cara arrebentada.
Catarina: Me perdoa Bru...
Imperador: Isso não tem perdão.
Catarina: Irmão... –Ela olhou para mim chorando.
Imperador: Eu não sou mais o seu irmão. –Levantei da cama-. E avisa para o Guilherme, se ele pisar na entrada do morro a ordem é pra matar.
Catarina: Bruno... –Olhei pra trás já na porta.
Imperador: O que foi?
Catarina: Eu vou terminar com o Guilherme...
Imperador: Agora? Agora que você toma vergonha na cara? –Ri debochado.
Catarina: Eu estou grávida, Imperador. –Dito isso ela deitou no chão chorando olhando para cima

2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora