151 º capitulo

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Taa acabando 😭😱

Quando peguei a Fran no colo, ela estava viva, mas não conseguia formular uma frase sequer para me responder. Ela tremia e seu corpo estava queimando de febre. Olhei para os pontos mal feito em sua barriga começando a abrir.
Russo: Mano... – Ele também não acreditava no que estava vendo.
Imperador: Preciso levar ela para o hospital, cuida de tudo aqui, Russo me ouviu porra? – Ele colocou a chave do carro dele na minha mão.
Russo: Certo. – Ele subiu as escadas correndo na minha frente e eu corri para o carro do Russo com a Fran no meu colo. A coloquei no banco de trás e fui dirigindo pela estrada de terra feito louco até chegar no asfalto.
Imperador: Amor, fica comigo, você vai ver a nossa filhinha. – Ela murmurou alguma coisa e eu acelerei mais ainda o carro. A levei para o mesmo hospital onde estava a Carolina, entrei a segurando no colo e pedi socorro. Logo os enfermeiros vieram para me socorrer ao ver a situação, colocaram a Fran em uma maca e eu não pude seguir com ela. A preocupação com a saúde da Fran e da Carolina batiam forte no meu coração. Liguei para os meus pais e não custou nada mesmo eles estavam no hospital, a Thami e a Catarina vieram junto. Eles me encheram de perguntas e eu não tive muita paciência pra responder. Com o coração ali no hospital, eu tive que resolver minhas responsabilidades no morro. Passei um rádio para o Russo e ele disse que estava tudo certo do jeito que eu queria. Entrei no carro e parti para o morro. Assim que brotei no matagal na parte de trás da boca topei com os meus soldados em volta do Heitor, Thierry e Tota.
Imperador: Olha se não são os três mosqueteiros. – Ri. Eles permaneceram de cabeça baixa – Qual foi porra? Vão falar comigo não? Eu gosto de conversar.
Thierry: Qual é Imperador? Quer se fazer de homem aqui na minha frente? Sabe que eu comi a sua mulher primeiro que tu. – Ele riu.
Imperador: E desde quando comer mulher te faz mais ou menos homem do que alguém? – Ri cruzando os braços.
Eu não iria gastar saliva com aqueles três mais. E o que eu fiz foi para eles sentirem a dor que a Fran sentiu quando foi estuprada, quando o João foi morto, a dor que senti quando ela foi sequestrada, quando a minha filha estava no chão do meu portão jogada e quando a minha mulher, a minha primeira dama, foi encontrada quase morta dentro de um cativeiro. Podem me chamar de animal, mas é da minha natureza agir assim. Aqui quem manda não é a lei dos homens, mas as minhas leis. E eu faria de tudo para proteger o meu povo e a minha família. Deixar o meu território nas mãos desses filhos da puta era deixar a pivetada sem a ONG em um estado bom, o postinho lá sem um fortalecimento bacana, o baile iria ser uma merda pra curtir, quem tivesse precisando de um botijão de gás, de um remédio pra pressão alta não ira ter. Porque eu os conheço, dois deles eu já cheguei chamar de parceiro. Eu dei as ordens para torturá-los até eles morrerem, desmembrar e jogar no rio que corre atrás do morro.

Mais tarde eu voltei para o hospital e passei para olhar a minha pequenina através do vidro. A minha pequena Carolina. Eu não conseguia tirar os olhos dela e torcia para que ela saísse dessa com vida.
JR: Meu pivete. – Meu pai parou do meu lado com as mãos no bolso.
Imperador: Oi pai.
JR: Tudo certo no morro?
Imperador: O certo pelo certo.
JR: E agora?
Imperador: Vida que segue.
JR: Os médicos disseram que a Fran vai ficar bem.
Imperador: Minha pequena é forte, nada destrói essa menina. Minhas duas pequenas no caso.
JR: Elas não passaram por pouca coisa. Carolina mal veio a vida e já tem história pra contar.
Imperador: Será que ela e a Gabi vão se orgulhar de mim, pai?
JR: Você ta me fazendo essa pergunta? – Ele riu.
Imperador: Não posso fazer?
JR: Fiz essa mesma pergunta pra sua mãe.
Imperador: O que ela respondeu? – Olhei pra ele.
JR: Ela ainda não me respondeu.
Imperador: Minha mãe também ein. – Ri.
JR: A resposta tem que vir de você e da Catarina. Vocês se orgulham de mim?
Imperador: Claro que me orgulho, você é meu pai. Nunca deixou faltar nada pra gente. Tudo o que sou devo a você.
JR: Então a minha missão ta cumprida.
Imperador: Te amo velho.
JR: Também te amo filho.
A Fran só foi acordar no dia seguinte, a mãe dela quis ficar com ela no quarto e eu deixei. Não iria ficar discutindo com ela no hospital. Mas no horário de visita, como o quarto era só da Fran, poderia entrar mais gente, mas me deixaram entrar sozinho. Ela estava sentada na cama, recebendo soro na veia. Ela abriu um sorriso tímido ao me ver e eu me aproximei.
Imperador: Oi magrela. – Sorri pra ela, me abaixei para beijar sua testa e olhei em seus olhos – Como você está se sentindo?
Fran: Já estive melhor.
Imperador: Eu lembrei da vez em que me disse que gostaria do nome Gabriela se tivesse uma filha.
Fran: Por favor, não me tortura com isso. – Seus olhos se encheram de lágrimas – Já não me basta viver com a culpa de não ter protegido o meu bebê e...
Imperador: Ei, calma... – Sequei suas lágrimas – Ninguém te contou?
Fran: Me contou o que?
Imperador: A nossa filha ta viva. – Ela me olhou com a boca aberta como se não tivesse acreditado.
Fran: Viva? – As lágrimas caíram dos nossos olhos.

Imperador: Carolina Marinho Cabral. Nossa guerreira, amor. Ela é linda. Só que a situação dela é grave, ela está no UTI, ela tem uma baixa contagem de glóbulos vermelhos no sangue. Os médicos explicaram que agora no momento não tem como eles afirmarem como vai ser o futuro da Carolina, tudo vai depender de como ela vai se desenvolver ao longo dos anos. Pode ser que ela tenha sequelas, como pode ser que não. Nossa filha é uma guerreira, amor. Eu já fico feliz só de tê-la sendo cuidada dentro de um hospital e muito mais feliz ainda de te ter aqui.
Fran: É uma menina. – Ela chorou e eu a abracei como pude. A notícia não era boa, mas eu faria de tudo para ver minha filha bem e saudável.
Imperador: Acabou, magrela. Graças a Deus o pesadelo acabou. – Ficamos abraçados por um bom tempo, até que eu fui forçado a sair dali pela minha mãe e as meninas que queria ver a Fran.
Eu não queria tocar no assunto de voltar a namorar com a Fran, não é o momento certo para isso. Teríamos longos momentos até chegar esse dia. Saindo do hospital eu fui visitar a minha outra vidinha toda gordinha.
Quando cheguei a casa da Manu, ela sorriu pra mim com a Gabi no colo.
Imperador: Oi minha gostosa. – Peguei a Gabi no colo – Minha bolotinha delícia.
Manu: Para de chamar minha filha de bolotinha.
Imperador: Ah mas ela é a minha bolotinha. – Ri.
Manu: Uns meninos ai me deram a notícia que vocês conseguiram achar a Franciellen.
Imperador: Graças a Deus sim. – Sorri.
Manu: E é verdade mesmo que a Gabi tem uma irmãzinha?
Imperador: É sim. – Olhei para Gabi no meu colo – Você tem uma irmãzinha bolotinha, vai querer conhecer ela? – Ela abriu um sorriso gostoso para mim e eu dei um cheiro nela. Eu entrei na casa da Manu e ficamos conversando por um bom tempo. O nascimento da Gabi fez bem a ela, a Manu ficou bem mais cabeça. Ela me perguntava direto da Fran e me deu vários conselhos. Conversamos muito nesse tempo, ela me ouviu pra caralho e a bolotinha foi a minha força.
Fiquei fazendo um tempo ali, perguntei se a Manu estava precisando de alguma coisa e dei o dinheiro do médico da Gabi.
Pela noite eu voltei para o hospital e fiquei morando lá até a Fran e a minha pequenina saírem daquele lugar. Eu não as abandonaria nunca mais.

2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora