Russo narrando
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Depois de passar a tarde na praia, voltamos para o morro e assim que pisei em casa notei que algo estava estranho. Andei pela casa inteira e não achei a Catarina. Meu coração começou a ficar pesado, sentei no sofá assim mesmo sujo de praia e fiquei pensando nela. Claro que eu me preocupo, finjo tacar o foda-se, mas eu me preocupo. Eu não queria grandes ligações com ela, pra não me ferir mais, mas eu sentia falta dela e chamá-la pra morar comigo talvez tenha sido mais um ato de saudade do que de responsabilidade.
Tomei um banho, troquei de roupa e entrei no quarto dela. A mochila dela da faculdade não estava ali, o celular dela estava em cima da mesinha carregando e a roupa que ela usaria para ir ao médico também estava ali na cama. Eu fui para a praia na raiva mesmo, estava zoando com o povo, mas estava puto. A Catarina não queria que eu fosse junto com ela no médico.
Comecei a me preocupar seriamente com aquilo, peguei as minhas chaves, tranquei a porta e fui a pé mesmo pra casa dos pais dela. Chamei no portão e quem atendeu foi a Fran.
Fran: Veio jantar também.
Russo: Catarina está ai?
Fran: Aqui não.
Russo: Chama o Imperador.
Fran: Aconteceu alguma coisa? –Ela olhou preocupada.
Russo: Não, chama o Imperador. –Falei sério e sentindo um agitação estranha no meu peito.
Fran: Me diz logo o que aconteceu.
Russo: Franciellen faz logo o que eu estou mandando você fazer e vai chamar o Imperador. –Talvez tenha falado grosso até demais, porque ela engoliu em seco e de repente o portão se abriu mais.
Imperador: Qual foi parceiro? Precisa mandá-la me chamar não, to aqui. Qual é o papo?
Russo: Cadê a Catarina?
Imperador: Não está aqui.
Russo: Ela também não está lá em casa.
Imperador: Deve ter saído.
Russo: Não saiu. A Catarina nem voltou da faculdade, eu tenho certeza disso. –Andei de um lado para o outro na frente do portão. O Imperador me parou e foi me empurrando pra trás.
Imperador: Como assim ela não voltou da faculdade? O que tu fez caralho?
Russo: Eu não fiz nada porra. Antes de ela sair pra faculdade ela deixou um bilhete dizendo que eu não precisava ir ao médico com ela.
Imperador: Se alguma coisa aconteceu com a minha irmã a culpa vai ser tua.
Russo: Sua irmã? A mesma irmã que você colocou pra fora de casa?
Imperador: Foda-se o que eu fiz, você por acaso sou eu? Não porra.
Russo: Vai se fuder, Imperador, eu vou atrás da Catarina sozinho.
Fran: Dá para os dois pararem de brigar? –Ela entrou no meio de nós dois com lágrimas nos olhos.
Imperador: Tá chorando por que caralho? –Ele olhou puto pra ela.Fran: Eu sabia que havia algo de ruim acontecendo, eu sabia! E você Bruno não me ouviu, você não ouve nada a não ser que seja do seu interesse.
Imperador: Não se mete nisso, Fran. –Ele ficou murcho na frente dela.
Fran: Eu avisei pra você que algo estava errado, eu avisei. A Catarina não está bem, eu tenho certeza disso. –Meu coração se apertou tanto que ele podia explodir. Eu sai correndo até a minha casa, subi em cima da minha moto e sai voado pelo morro atrás dos amiguinhos da Catarina. Bati na porta de um por um, revistei tudo, meti porra na cara de quem quer que fosse pra saber de algo sobre ela.
O Imperador veio atrás de mim juntamente com o meu padrinho, eles me encontraram em um beco, eu estava consumido de tanta raiva.
JR: Russo!
Russo: Me erra. –Sai andando em direção a minha moto.
Imperador: A gente vai encontrar ela.
Russo: Eu rodei essa porra toda, ela não está no morro.
Imperador: Catarina tem um zilhão de amigos, ela pode ter ficado depois da faculdade com eles.
Russo: Ela não faria isso, não é da Catarina sumir desse jeito. Ela some, mas pelo menos avisa alguém. –Meu padrinho estava nervoso, ele quieto é tipo uma bomba prestes a estourar.
Imperador: No que está pensando pai?
JR: Guilherme.
Russo: Ela terminou com ele.
Imperador: Você sabe onde ele mora. –Os dois olharam pra minha cara esperando uma resposta.
Russo: Eu sei, mas ele não costuma ficar muito por lá.
JR: Vocês dois vão atrás dele. Vou chamar o seu pai e o Dog, vamos dá uma volta por ai atrás dela.
Russo: Beleza. –Subi na minha moto, Imperador subiu em seguida e eu desci o morro voado. Cada segundo que se passava, mas eu ficava doido de preocupação. Eu conheço a Catarina, ela é previsível demais, ela não costuma desmarcar os compromissos. Mesmo que ela fosse ficar em outro lugar, alguma amiga dela saberia e nenhuma amiga dela sabia de nada. Eu fiz todo mundo mostrar a última conversa com a Catarina e a última visualização dela no Whatsapp era 7:15 a hora que ela está na faculdade.
Fiz o percurso até a casa do Guilherme, mas quando estava entrando na rua diminui a velocidade porque havia carro de polícia em frente a casa do viadinho.
Imperador: Vai reto, Russo.
Russo: Não caralho, eu vou parar.
Imperador: Mano, a gente tem passagem, se eles reconhecerem a gente fudeu.
Russo: É a Catarina porra.
Imperador: Eu sei caralho, eu sei disso, é a minha irmã. Mas ela mesmo diria que isso é idiotice.
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2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !
AdventurePrimeira TEMPORADA NAS MINHAS OBRAS. - 20 anos se passaram após o nascimento de Bruno e Catarina. ㅤ ㅤ ㅤ ㅤNotas 〰 Créditos Total da Escritora Mabelle ❤ 〰 Essa web é repostada então ela, já está pronta, não fiquem triste caso aconteça algo que vcs...