124 º capítulo 🎈

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Thamires narrando
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A noite estava foda de tanto calor, eu e o pessoal caímos dentro da caipirinha e de petiscos. Eu deitei no ombro do Liminha e ele abaixou os lábios próximos ao meu ouvido para falar algo.
Liminha: Decidi levar a sério nossa conversa. – Ele sussurrou e eu rapidamente abri um sorriso.
Thami: Qual parte dela? – Falei baixinho observando o pessoal conversar nem prestando muita atenção em nós dois.
Liminha: A parte de procurar minha mãe, ir atrás da minha filha, ser um homem de bem.
Thami: Eu estou muito orgulhosa de você. – Me virei e selei nossos lábios. Tal atitude fez com que os palhaços de plantão não se contentassem em ficar quietos.
Catarina: UI ASSIM QUE EU GOSTO. – Ela riu me fazendo ficar com vergonha.
Luana: Acho que alguém ouviu meus conselhos.
Fran: Que conselhos? – Ela pareceu enciumada e eu ri.
Thami: Você estava dando fia, não tinha nem como te procurar. Procurei quem estava solteira.
Luana: Nossa me arrasa mesmo.
Russo: Essas minas né, ficam compartilhando as intimidades.
Liminha: Ih qual foi, assunto estranho esse.
Imperador: Puta que pariu viu.
Luana: Ih os lindos não sabem de nada. – Rimos.
Catarina: Fazer o que né mesmo.
A noite seguiu deliciosa e curtimos pra caralho. Fomos sair do bar cambaleando quando de repente um carro preto parou na nossa frente e por auto instinto o Liminha me jogou para trás dele, sacou a arma e começou a atirar no carro que saiu em disparada. Deixando para trás o corpo de uma menina. Eu gritei de pavor enquanto o Russo seguia para verificar a garota. O pessoal que estava no bar evaporaram de pavor gritando pelos tiros.
Fran: Chama a emergência!
Catarina: Caralho, olha o estado da mina. Luana não olha, vou ligar para o seu pai vir te buscar. – Ela saiu levando a Luana para dentro do bar.
Imperador: É a Ana Luísa porra! – Não tive coragem pra se aproximar, a Fran me abraçou de lado encarando a cena. Eu era acostumada com essa situação, mas devido meu estado alcoólico e o susto, eu estava zonza beirando a vontade de vomitar. Os meninos conversaram entre si e eu vi a expressão do Russo ao lado da menina.
Liminha: Russo para! – Ele foi atrás do Russo que já seguia para o outro lado da rua onde as motos estavam.
Imperador: Irmão para com isso, se controla caralho. – Os meninos tentaram segurar o Russo.
Fran: Mas que porra está acontecendo. – Ela saiu se metendo entre eles e eu fui logo atrás dela – Que porra gente, o que está rolando?
Imperador: NÃO SE METE FRANCIELLEN, CHAMA A CATARINA E MANDA-A JUNTAR VOCÊS PRA IR EMBORA DE TÁXI.

Russo: Qual foi porra? TOTA MEXEU COM A PESSOA ERRADA, A ANA LUÍSA TA MORTA PORRA! MORTA! – Ele gritava beirando ao desespero.
Liminha: Irmão ela não morreu, calma caralho
Imperador: TA OLHANDO AQUI PRA QUE PORRA? CHAMA A CATARINA. – Ele gritou com a Fran que o obedeceu. Fomos juntas chamar a Catarina e eu não conseguia parar de olhar para o corpo da Ana Luísa jogado ali. Eu havia a visto poucas vezes andando pelo morro, de fato só a conhecia de vista e sabia que ela trabalhava na ONG da minha dinda.
Dito e feito, Catarina nos levou direto pra casa após receber ordens claras e duras do Imperador, enquanto eu morria de preocupação pelos meninos. Assim que pisamos no morro, Catarina passou um rádio para o pai dela.
🔸 Início da Chamada 🔸
Catarina: Coroa, parada ta séria, ta me ouvindo?
JR: To te ouvindo, onde que você está?
Catarina: Subindo o morro com as garotas, acorda a minha mãe que eu vou deixar as meninas pra dormir ai.
JR: O que aconteceu porra? Cadê teu irmão?
Catarina: Assim que chegar te coloco a par de tudo.
JR: Tranquilo.
🔸 Fim da Chamada 🔸
Luana: A gente deveria ter ficado lá e ter cuidado da Ana Luísa.
Catarina: Essa hora alguém já a levou para o hospital, Imperador ficou de cuidar disso.
Fran: Tota é um verme, filho da puta, imundo. – Ela xingou com nojo na voz.
Luana: Seu irmão?
Thami: Eu não sei nem o que dizer, ela estava... – Só alguém que a conhecia de pertinho saberia identificá-la, o rosto dela estava deformado e eu pude sentir na pele a revolta do Russo.
Catarina: Eu não quero um pio das três sobre o que rolou lá no bar, não troquem mensagem com ninguém me ouviram? Se o Heitor ou qualquer pessoa do território do Aruan chegarem em vocês pra falar algo, não respondam e nem sequer visualizem. Ligação e nem nada. Me ouviram?
Fran: Ouvimos.
Catarina: Especialmente pra você, Franciellen. Não vai atrás do meu irmão, ele sabe se cuidar.
Fran: Mas... – Ela abaixou a cabeça e eu segurei firme em sua mão.
Catarina: Isso não é terreno nem para eu pisar. – Chegando a casa da minha dinda, JR e ela já nos esperavam na rua. E preocupados, eles nos interrogaram sobre tudo o que houve lá. Meu padrinho catou Catarina pelo braço, a colocou dentro do carro e subiram o morro voado.
Babi: Venham meninas, entrem. – Ela nos fez entrar.

2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora