118 º capítulo 💎

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Imperador narrando
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A terça começou agitada né? Mandei uns caras lá no morro do meu tio Vigarista buscar as coisas da minha patroa. Minha magrela iria voltar para os meus braços e de lá não sairia jamais.
Fran: Bruno? – Ela me chamou vindo atrás de mim na rua.
Imperador: Oi amor. –Olhei para ela sorrindo com o meu rádio na mão. Estava passando umas ordens para o Russo.
Fran: Temos que conversar. – Esse olhar dela não me trazia boas coisas. Entrei em casa junto com ela, sentei no sofá e joguei meu rádio na mesa de centro. Ela sentou no braço do sofá e me olhou.
Imperador: Manda amor.
Fran: Tota aprontou uma.
Imperador: O que?
Fran: Minha mãe não quis dizer o que foi, mas minha tia mandou mensagem pedindo que eu fosse ver minha mãe e era a respeito do Tota.
Imperador: Você não vai. –Endureci o olhar. Eu odiava ser autoritário com a Fran, mas eu não deixaria que ela voltasse a casa da mãe dela nem fudendo.
Fran: Eu preciso.
Imperador: Você não precisa.
Fran: Ela não deixou de ser minha mãe.
Imperador: Mas ela deixou de cumprir os deveres dela como mãe, então porra, tu não vai.
Fran: Bruno? –Ela me olhou um pouco brava – Eu não posso viver sabendo que o Tota aprontou alguma coisa com a minha mãe.
Imperador: Seu padrasto aprontou a vida inteira contigo debaixo do nariz da sua mãe e você se importa? – Percebi que falei merda só depois de ter dito. Esse assunto sempre será delicado pra Fran e pressioná-la só a feriu.
Fran: Eu estou saindo pra ir a casa da minha mãe em 20 minutos e eu vou sozinha. –Ela levantou e já foi subindo as escadas.
Imperador: Eu vou contigo.
Fran: Não entendeu a palavra sozinha? –Ela parou no meio da escada e olhou pra trás.
Imperador: Eu entendi porra e disse que você não vai sozinha. –Ela cruzou os braços e me olhou séria.
Fran: Não preciso da sua proteção 24 horas.
Imperador: Qual foi, Fran?
Fran: Eu preciso saber o que está rolando e eu não quero ir até lá com você.
Imperador: Beleza então. – Olhei puto pra ela, peguei o rádio e sai de casa batendo a porta atrás de mim. Nisso vi o Russo descendo o morro e eu o parei – Para o que você estiver fazendo e vai levar a Franciellen lá na casa da mãe dela.
Russo: O que? Mano a Catarina está me esperando.
Imperador: Foda-se, você vai levá-la.
Russo: O que rolou, irmão?
Imperador: Essa história está muito estranha. Parece que uma tia da Fran mandou uma mensagem pra ela avisando que ele aprontou uma envolvendo a mãe dela e a Fran está indo pra lá.
Russo: E por que você não vai?
Imperador: Ela não quer.
Russo: Brigaram?
Imperador: Meio que sim.
Russo: Vocês dois são foda pra caralho.
Imperador: Faz o que eu to te mandando que não tem erro, Russo.
Russo: Beleza irmão.
Respirei fundo, subi na minha moto e fui pra boca. Topei com meu pai logo na entrada e ele me parou.
JR: Imperador, queria falar comigo?
Imperador: Queria pai, mas eu acho que o momento não vai dar.
JR: O que era?
Imperador: Queria tirar uma semana com a patroa, ela ta precisando relaxar um pouco, mas o viado do irmão dela fez alguma merda e eu coloquei o Russo pra ir com ela até a casa da mãe dela.
JR: Eu sei o que foi. –Ele disse na cara limpa.
Imperador: E não me disse nada?
JR: Não encontrei contigo.
Imperador: Meios de comunicação estão ai pra isso.
JR: Foda-se, Tota matou o padrasto da Fran. E eu temo que isso seja uma jogada pra atrair o olhar de superprotetor pra ele.
Imperador: A Fran já está ligada na índole do Tota, ela não vai cair no papo dele. Ele só adiantou o meu trabalho.
JR: Trabalho que deveria ter feito há meses, está lento demais Imperador.
Imperador: Pai? –Endureci o olhar pra ele. Eu não gostava de ser visto como bundão pelo meu pai. Eu só tinha pendências mais importantes do que o padrasto filho da puta da Fran.
JR: Você tem que aprender a proteger melhor os seus.
Imperador: Os meus não morreram aos meus pés.
JR: Estou te dando um alerta, você não vai querer ver quando acontecer.
Imperador: A nossa vida é assim. Desde cedo eu vi os manos morrerem.
JR: É diferente quando alguém da família morre, Imperador. Muito diferente. – Ele saiu andando e me deixou ali pensativo. Eu odiava quando meu pai falava essas coisas para mim e com razão. Eu não podia proteger a todos a todo momento, mas eu tinha obrigação com os meus. Eu tinha que ser eficiente na missão da minha vida. Eu não saberia lidar com a dor de perder a Catarina, o Russo, os meus pais e a Fran. Eu nunca fui bom em lidar com perdas.

2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora