137 º capítulo ☯

2.4K 190 34
                                    

Ana Luísa narrando
ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤㅤ ㅤ—————————————————————
Eu estava sentindo dor em cada parte do meu corpo. Felizmente eu já estava descansando na casa dos meus pais. Quando me sequestraram eu pensei que aquele fosse meu fim, infelizmente o Tota tinha outras intenções comigo e me causar dor era melhor do que me matar de vez. Uma parte de mim havia se perdido em cada soco e madeira que ele me deu.
A porta do meu quarto abriu e a minha mãe entrou, havia alguém do lado de fora, mas eu não consegui enxergar quem era.
Rita: Filha.
Ana Luísa: Oi mãe.
Rita: O Russo está aqui fora querendo ver você.
Ana Luísa: Deixa-o entrar.
Rita: Ok. – Ela saiu e logo o Russo entrou.
Ana Luísa: Fecha a porta. – Ele fechou e foi se aproximando da cama enquanto eu me ajeitei sentando com cuidado – Senta aqui. - Bati na minha cama de leve e ele sentou ao meu lado.
Russo: Como você está, Ana? – Ele analisou meu rosto.
Ana Luísa: Melhorando e você?
Russo: Ah, que bom, fiquei preocupado contigo.
Ana Luísa: Você preocupado comigo? Essa é boa. – Ri implicando, mas ele fechou a cara não gostando muito – Foi mal.
Russo: De boa, é que eu realmente me preocupo com você.
Ana Luísa: Eu sei que sim, nego. Mas e ai, me conta das novidades?
Russo: Nem tem muita coisa tlg? A vida anda chata.
Ana Luísa: Zero adrenalina?
Russo: Põe zero nisso.
Ana Luísa: É disso que eu preciso, um pouco de adrenalina.
Russo: Você acabou de sair do hospital garota. – Ele riu.
Ana Luísa: Há algum mal em querer isso?
Russo: Quando melhorar de verdade vou te levar pra curtir um pouco.
Ana Luísa: Até topo um baile.
Russo: Você? No baile?
Ana Luísa: Eu aprendi muita coisa na ONG ok? Não foi só aula de teatro e balé. – Ri.
Russo: E você ainda volta pra lá?
Ana Luísa: Eu ainda não sei. – Abaixei a cabeça. Eu queria curtir é claro, mas voltar a morar seria complicado – Tenho medo sabe?
Russo: Mas vai ser por pouco tempo tlg? Logo o Tota vai só caminhar no inferno.
Ana Luísa: Era só questão de tempo pra ele vir atrás de mim.
Russo: Mas não era pra ter rolado tlg mina, era pra você ta bem protegida.
Ana Luísa: Já era, Russo, nada que falarem vai mudar o que rolou. – Ele respirou fundo e soltou o ar – Quer ver um filme ou a visita é de médico?
Russo: Vai depender do filme.
Ana Luísa: Vamos escolher um. – Peguei o controle da TV e a liguei, abri na Netflix e ele se ajeitou do meu lado pra gente poder ver o filme. Escolhemos um de ação que logo começou, mais tarde a empregada trouxe refrigerante e pipoca pra gente.
Russo: Tudo na mão ein princesa.
Ana Luísa: Sempre bom ser mimada um pouco.
Russo: Assim fica mal acostumada. – Ele riu e passou o braço pelo meu ombro.
Ana Luísa: Posso ficar acostumada com muitas coisas. – Ele sorriu para mim e desviou o olhar para a TV. Houve uma época em que eu estivera apaixonada pelo Russo, confesso, mas essa época já foi e ficou lá atrás. Conformei-me que ele e a Catarina seriam aqueles casais eternos. O problema não era eu, sim o perfume gostoso, o sorriso impecável, a preocupação, o fazer de tudo, o jeito engraçado, a carinha fofa que ele fazia quando estava puto. Voltei a atenção para o filme, quando coloquei a mão no pote de pipoca ele colocou junto e os nossos dedos se encostaram.
Russo: Tira sua mão daí oh abusada. – Ri.
Ana Luísa: Ah eu sou a abusada agora?
Russo: Um pouco demais. – Ele abriu um sorriso e eu fiquei um pouco sem graça. Eu peguei a pipoca e levei até a minha boca.
Ana Luísa: Um pouco demais nada, nem vem com essa.
Russo: Você sempre tirou com a minha cara mina, toda patriçoca se achando dentro da minha área.
Ana Luísa: Eu sou mina firmeza ok? Nada disso. – Rolei os olhos.
Russo: Ser paty ta na sua alma.
Ana Luísa: Às vezes ok?
Russo: Sempre.
Ana Luísa: Eu posso estar toda dolorida, mas eu ainda sei que posso te dar uns beliscões, quer experimentar?
Russo: Calma, paty, não fica estressadinha. – Ele riu olhando para mim.
Ana Luísa: Perdeu o olho aqui?
Russo: Ainda dói? – Ele segurou de leve no meu rosto que eu bem sabia que estava horrível cheio de hematomas e cortes.
Ana Luísa: Pra caralho. – Ele alisou com o polegar.
Russo: Toma cuidado, ok Ana? Eu não posso ficar por perto sempre.
Ana Luísa: Não precisa se preocupar comigo, eu vou ficar bem.
Russo: Acho bem difícil não me preocupar com você. – Eu não entendia muito bem o Russo. Ele parecia querer algo a mais do que só preocupação, mas quando a Catarina ligou ele teve que ir embora.

2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora