46º capítulo 🌼

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Franciellen narrando
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Após o banho, a tia Babi pediu que eu fosse ajudá-la com o jantar. Ela foi conversando comigo, me passando conforto, dizendo como lidar com o Imperador e tudo mais.
Babi: Ele é assim mesmo, Fran, ele é superprotetor e ciumento demais.
Fran: Eu sei bem como é, porque eu também sou assim. Só não quero que ele se machuque sabe? Morro de medo de algo acontecer com ele.
Babi: Vou te falar, Fran? Você vai viver com esse medo, assim como eu vivo com o medo de acontecer algo com o JR e com os amigos dele.
Fran: Mas o Bruno é tão difícil de lidar, tão ignorante. –Falei terminando de temperar a carne e ela riu.
Babi: Como você fosse uma anjinha também né?
Fran: Mas é culpa dele, não me deixa quieta. –Fiquei conversando bastante com ela até que terminamos de fazer o jantar. Ela foi chamar o JR e o Imperador, enquanto eu ia colocando meu prato. O Imperador chegou à cozinha e me abraçou por trás encostando com o queixo dele no meu ombro.
Imperador: Cheirosinha. –Ele deu um cheiro no meu pescoço.
Fran: Banho ne querido.
Imperador: Hmm chata. –Ele me soltou e na mesma hora eu senti falta do abraço dele.
Fran: Não, volta aqui, abraça mais. –Dei uma risadinha.
Imperador: Me dispensou pra dormir com você e agora quer abraço? –Ele me olhou rindo pegando seu prato. Ele tem um corpo tão gostoso e assim só de samba canção não tem como não se sentir atraída.
Fran: Uma coisa não tem nada a ver com a outra. –Olhei de lado e terminei de fazer meu prato. Os pais dele entraram na cozinha e eu fui sentar na sala pra poder comer. Logo o Imperador veio sentar junto comigo e a Catarina chegou em casa toda suada e com duas armas na cintura girando a chave da moto nos dedos. Logo atrás dela veio o Russo todo suado também
Imperador: Veio pelo cheiro vocês dois. –Eu e ele rimos.
Russo: Nem viemos comer otário.
Catarina: Eu vou tomar um banho pra jantar e dormir.
Russo: Vou pra casa, só vim trazer a patroa.
Imperador: Fica ai pra jantar, quero falar contigo.
Russo: Vou só tomar um banho e tu cola lá na rua.
Imperador: Beleza.

Russo: Tchau Fran.
Fran: Tchau Russo. –Ele saiu dali fechando a porta atrás dele. Eu terminei de jantar quase ao mesmo tempo que o Imperador, fui escovar os dentes e quando sai a Catarina estava sentada na minha cama.
Catarina: Amiga...
Fran: Oi amor?
Catarina: Me explica o que está acontecendo?
Fran: Explico. –Sentei ao lado dela e abri o verbo. Não tinha mais porque esconder nada, não dava pra esconder nada dela e muito menos do Imperador. Porque quanto mais esconder, pior será a confusão. Bem que a Thami avisou. Conversando com calma e paciência, a Catarina foi capaz de compreender e se acalmar com mais facilidade do que o Imperador. Mas a cara de decepção misturada de raiva do Thierry era a mesma.
Quase 1 hora da manhã, a Catarina foi para o quarto dela para dormir e eu desci para tomar um copo de água na cozinha. Quando desci as escadas, vi que a TV estava ligada e o Imperador deitado no sofá com o edredom cobrindo da cintura pra baixo. Ele olhou pra trás e abriu um sorrisinho. Fui para a cozinha, bebi minha água e fui para a sala. Sentei na beirada do sofá e olhei pra tela da TV.
Fran: Que filme é esse?
Imperador: Nem sei direito, liguei a TV e já estava ai.
Fran: Posso ver então com você?
Imperador: Deita ai. –Ele levantou o edredom, chegou para o lado e eu deitei junto com ele com a minha cabeça em seu braço. Aos poucos ele foi me envolvendo nos seus braços, até formar uma conchinha gostosa. Eu sentia a respiração leve dele no meu pescoço-. Dorme aqui comigo, Fran?
Fran: Seus pais vão achar ruim.
Imperador: Então a gente dorme no seu quarto.
Fran: Você quer ir deitar logo então?
Imperador: Eu quero. –Fui levantando do sofá, ele levantou em seguida, pegou seu travesseiro e desligou a TV. Fui subindo as escadas na frente dele e entrei no quarto, ele entrou logo atrás e fechou a porta.
Deitei na cama, fui me enfiando dentro do edredom e ele veio deitar logo depois junto comigo.
Fran: Vai me dar um abraço de boa noite?
Imperador: Claro que vou. –Ele sorriu e me abraçou por cima de mim, me dando vários beijos pelo pescoço. Espertamente, ele foi subindo dando beijinhos pela minha bochecha até chegar à minha boca me dando um selinho de leve.
Fran: Já está se aproveitando de mim.
Imperador: Estou dando uma boa noite digno. –Ele fez carinho no meu braço e desceu pra minha cintura.
Fran: Eu vou ficar mal acostumada assim.
Imperador: Ah quem me dera você ficasse.
Fran: Posso tentar.
Imperador: De verdade?
Fran: De verdade. –Eu assenti olhando para ele nos olhos.
Imperador: Minha menina. –Ele sussurrou com os lábios próximos ao meu e deu início a um beijo sem pressa, bem carinhoso, explorando bem a minha boca, passando-me todo o desejo que ele estava sentindo no momento. Fazendo-me se sentir única, a escolhida e a preferida dele.

Enquanto eu ia ficando envolvida naquele beijo, a cada toque do Imperador no meu corpo eu me arrepiava. Essa sensação era nova para mim e apesar do Imperador ser bruto, nesse momento ele estava sendo cuidadoso. Nossas línguas se tocavam avidamente, uma mão minha estava em suas costas e a outra na nuca dele dando energia ao beijo. Ele desceu uma mão que estava na minha cintura até a minha coxa fazendo que eu colocasse a perna em volta da cintura dele, enquanto ele ia se encaixando entre minhas pernas. Eu puxei o edredom para cima de nós dois sem que nossos lábios se desgrudassem, ele deitou na cama fazendo com que eu fosse para cima dele. Abri um sorriso entre o beijo e senti-o fazendo o mesmo.
Imperador: Se eu ganhar um boa noite assim todos os dias eu te levo pra morar comigo. –Ele riu baixinho fazendo carinho na minha cintura por dentro da minha blusa do pijama.
Fran: Não abusa da minha caridade.
Imperador: Não preciso de caridade. –Ele mordeu meu lábio inferior um pouco bruto e riu, como uma forma de castigo pelo o que eu disse.
Fran: Então do que você precisa?
Imperador: De você. –Um silêncio pairou ali, parece até que o morro se calou só para poder ouvir as palavras do Imperador. Eu não conseguia dizer nada, porque meus lábios estavam ocupados indo de encontro ao dele e o beijando intensamente.
Alguma hora mais tarde, eu e o Imperador não falávamos nem em dormir. Era beijos e mais beijos, seguido de mais beijo, então a gente falava alguma besteirinha junto com nossas implicâncias, então mais beijo.
Imperador: Você é linda demais. –Ele disse alisando meu rosto vindo deitar em cima de mim. Só que de tanto a gente se mexer na cama, nem percebemos que já estávamos na pontinha o que resultou na nossa queda no chão.
Fran: Caralho. –Gargalhamos rolando no chão juntos-. Xiu, vai acordar o pessoal.
Imperador: Ah na boa se meu pai entrar aqui estragando o momento eu mato ele.
Fran: Mata nada, cala a boca vai e me beija rapidão.
Imperador: Precisa nem pedir duas vezes. –Ele riu pegando no meu cabelo e dando início a um beijo quente enquanto rolávamos no chão gelado que era aquecido pelo calor que emanava dos nossos corpos.
Segunda-feira amanheceu tão linda e ensolarada, eu estava aconchegada nos braços do Imperador enquanto ele me fazia um cafuné.

Fran: Quem vê até pensa que você é carinhoso. –Falei baixinho olhando para ele.
Imperador: Eu sou carinhoso com quem eu acho que merece. –Ele sorriu de lado.
Fran: Eu preciso ir trabalhar.
Imperador: Hoje não.
Fran: Hoje sim, não vou para o salão, eu vou pra casa da minha tia ajudar ela com as encomendas.
Imperador: Você não precisa se matar de tanto trabalhar.
Fran: Nem todo mundo nasce herdeiro do tráfico. –Eu ri, dei um beijinho na cara de birra dele e levantei da cama.
Imperador: Eu sou honesto ta bem. –Ele respondeu enquanto entrava no banheiro.
Fran: Honesto, aham sei bem disso. –Ri baixinho. Fiz minhas higienes matinais e sai do banheiro. Abri o guarda-roupa e fui escolhendo a roupa que iria usar hoje.
Imperador: Quer que eu te leve na sua tia?
Fran: Vai te incomodar?
Imperador: Que nada, eu preciso resolver umas paradas com o meu padrinho.
Fran: Então tudo bem. –Olhei sorrindo para ele e fiquei toda tímida quando me lembrei da nossa madrugada juntos. Parece que ele adivinhou meu pensamento, porque ele abriu um sorriso como o meu.
Imperador: Para de me olhar assim, sua boba. –Ele riu levantando da cama e ajeitando sua samba canção. Reparei no volumão que estava fazendo, sim, o Imperador estava excitado e a samba canção fazia marcar TUDO! Senti meu rosto pegar fogo de vergonha e olhei para o guarda-roupa.
Imperador: Caralho você é muito boba. –Ele riu alto abrindo a porta do quarto.
Fran: Cai fora daqui, Bruno.
Imperador: Culpa sua cara, eu segurei a linha a madrugada toda, agora não deu mais. Você é muito linda quando acorda.
Fran: CALA A BOCA BRUNO. –Peguei uma escova de cabelo pra tacar nele, mas o cretino saiu correndo do quarto.
Tentei me recompor, rindo ainda pela situação e lembrando-se do pau do Imperador. Eita que subiu um calor né? Tomei um banho, vesti a minha roupa escolhida, ajeitei meu cabelo, arrumei meu quarto, peguei meu celular e sai do quarto.

Desci às escadas e fui diretamente para a cozinha. Quando cheguei o Imperador estava encostado na pia com o rádio na mão com uma cara nada boa, a mãe dele estava fazendo algo de comer no fogão e o JR sentado à mesa tomando café da manhã com uma cara nada boa também. Assim que o Imperador me viu, ele mudou logo a cara para um feliz forçado e eu comecei a achar tudo isso estranho.
Fran: Bom dia gente... Aconteceu alguma coisa?
JR & Babi: Bom dia.
Imperador: Nada Fran, toma seu café que eu estou indo em casa e já volto pra te buscar. –Ele saiu pela porta da cozinha.
Babi: Senta pra comer, amor. –Ela passou a mão na minha cabeça e colocou os ovos mexidos na mesa. Sentei para comer, mas nem quis comer muito. O JR logo saiu da cozinha e ouvi a porta da sala batendo.
Fran: Tia?
Babi: Oi?
Fran: Aconteceu alguma coisa? Vocês estão estranhos...
Babi: Não precisa se preocupar com nada, problemas do morro. –Assenti e terminei meu café da manhã.

2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora