142 º capítulo 💎

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Imperador narrando
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Eu não estava com raiva, e sim frustrado. Depois de ontem eu achei de verdade que as coisas entre mim e a Fran começariam a melhorar. Que seria mais rápido do que meu pai falou que seria e a saudade a cada dia estava me consumindo mais. Minha vó havia acabado de chegar, pedi a benção e ela foi se juntar a minha mãe e as minhas tias.
Eu fiz meu prato e sentei pra almoçar perto dos homens lá. Meu pai encheu meu copo de cerveja e eles ficaram falando um monte de baboseira enquanto eu comia quieto. Minha mente estava a milhão, eu pensava em mil coisas do que poderia fazer pra ter a Fran de volta para mim.
JR: Ow eu to falando contigo. – Ele me deu um tapa de leve na cabeça.
Imperador: Ih foi mal, qual foi? – Olhei pra eles.
Pezão: Ta ai com essa cara de tacho por quê?
Imperador: Pensando numas paradas do morro ai por quê?
JR: Aham, morro. Isso ai é k.o, ta pensando na Fran.
Imperador: Ih pai qual foi ein? Me tira hoje não.
Pezão: Vai sofrer por ela até quando moleque? Toma rumo.
Imperador: Ai padrinho, ne por nada não valeu? Deixa esse assunto baixo. –Terminei de comer, peguei meu copo e levantei. Passei pela sala e o pessoal estava sentado lá. Deixei meu prato na cozinha, terminei de beber a cerveja e deixei o copo por lá também. Dei um mergulho na piscina e quando voltei a superfície as meninas estavam na piscina. Olhei para a Fran nadando junto com a Catarina. E fui me aproximando da Thami e da Luana na borda.
Luana: E ai primo, suave?
Imperador: Isso eu to sempre e tu?
Luana: Tranquila. – Fiquei de costas para a borda e apoiei meus braços. A Catarina veio se aproximando da gente com a Fran grudada nas costas dela.
Catarina: Vai rolar um pagodinho esperto logo mais. Quem ta dentro?
Imperador: Não perco uma.
Thami: Nós vamos. – Ela olhou pra Fran.
Fran: Claro amiga, tenho que estrear aquela saia.
Luana: A saia quero te dar? – Elas riram.
Fran: Essa mesmo.
Catarina: Garota sossega se não eu vou te dar uns tapas.
Fran: Calma neném. – Ela deu um beijo na Cat. Que me crucifiquem por ser egoísta, mas me doía vê-la feliz daquele jeito. Como se nada entre a gente tivesse acontecido. E tudo o que ela me disse ontem, mesmo ela dizendo que foi pela bebida, eu sabia que era verdade. Acabei saindo da piscina e fui andando em direção ao portão – Oh Bruno! – Olhei pra trás com as sobrancelhas arqueadas.
Imperador: Qual foi?
Fran: Vai ir embora?
Imperador: Não, vou dar uma volta pelo morro, ver o movimento das coisas.
Fran: Posso conversar contigo antes?
Imperador: Já conversamos tudo não acha?
Fran: Se você acha assim, então beleza? – Ela deu as costas, então a impedi de ir. Claro que eu queria ouvir o que ela tinha pra falar.
Imperador: Fala Fran.
Fran: Agora quer me ouvir?
Imperador: Claro que quero oxe. – Ela se virou pra mim e eu a soltei – Fala ai.
Fran: É que... – Eu fiquei esperando ela falar e então abri um sorriso.
Imperador: Você não tem nada pra falar né? – Ela corou.
Fran: Eu tenho, só que... Tudo parece mal resolvido entre nós dois.
Imperador: Mal resolvido, Franciellen? Nossa cara, você quer que eu fique numa boa com tudo isso? Aja naturalmente, não sinta ciúmes e nem porra nenhuma?
Fran: Não é nesse sentido. Claro que não é... Olha, pra mim é difícil também ok? Difícil pra porra.
Imperador: Então eu vou resolver por nós dois. – Fui rapidamente de encontro ao corpo dela, a segurei com firmeza no meu corpo e com a outra mão segurei na nuca. Imediatamente a beijei e meu coração se aliviou de tanta saudade que estava daquela boca dela. Ela demorou, mas cedeu ao beijo. E suas mãos foram parar na minha nuca intensificando o beijo. A coloquei contra a parede da casa e explorei a boca da Fran com a língua. As mãos delicadas dela deslizaram pelas minhas costas. Separei minha boca da dela, segurei no rosto dela fazendo carinho em sua bochecha com o polegar. Eu não deixei dar tempo que ela fugisse dos meus braços e a beijei com vontade novamente. Não tinha como não ficar excitado com aquela baixinha. Eu estava morrendo de saudade da minha mulher. Ela desceu uma de suas mãos arranhando meu abdômen. E a forma como ela me beijava, como me segurava com força sem querer me deixar escapar, eu sabia que ela queria tanto quanto eu.
Imperador: Quero ir lá pra cima. – Sussurrei entre o beijo.
Fran: Bruno... – Ela sussurrou.
Imperador: Oi amor?
Fran: Não devemos...
Imperador: Fran, você pode dizer o que você quiser ok? Eu não vou desistir de você nunca, eu posso perder mil batalhas, mas não perdi a guerra. Eu não quero que você desapareça da minha vida, não quero te ver com outro homem, não quero caralho. – Os olhos dela estavam cheios de lágrimas - Porra mulher, sinto maior falta de quando éramos um só. Quer ser metade mesmo? – Ela pegou na minha mão e ficou olhando pra ela deslizando seus dedos pelos meus. Eu entendi a luta interna dela, entendia o que ela queria me dizer. Eu sabia que ela jamais esqueceria, sabia que aquilo estava a matando e eu não queria machucá-la mais. Nunca mais.
Fran: Isso dói, Bruno. Dói muito. – Eu encostei minha testa a dela e fui secando suas lágrimas.
Imperador: Deixa eu só me despedir de você. – Eu a envolvi em meus braços.
Fran: Não é bem assim poxa.
Imperador: Eu só quero acertar contigo uma vez, só isso.
Fran: Você já acertou comigo várias vezes.
Imperador: Fran, você não entende. Tudo aquilo lá pra mim se destruiu ta ligado? Eu não consigo olhar pra você sem me sentir culpado por ter nos feito feliz e logo depois ter feito o que fiz contigo. – Ela ficou quieta.
Fran: O que vamos fazer Bruno?
Imperador: Mina eu to mais perdido do que galinha quando rola tiroteio. Você me olhando desse jeitinho me desmonta todo.
Fran: Eu quero passar o dia com você. – Ela colocou a sua mão sobre a minha.
Imperador: Como assim?
Fran: Ficar contigo, só isso.
Imperador: Mesmo?
Fran: Mesmo.
Imperador: Pega lá teu short que eu vou te tirar daqui então. – Ela abriu um sorriso desconfiada e eu tinha que pegar minhas coisas no quarto. Assim que entrei em casa a Fran estava subindo as escadas. Olhei bem mesmo pra bunda gostosa dela doido pra dar uns pegas.
Fran: Suas coisas estão aqui em cima?
Imperador: Estão. – Entrei no meu antigo quarto junto com ela e lembrei quando ela foi entrando de fato na minha vida. Me transformando com aquele jeito dela e de como fomos cuidando um do outro. Me encostei no guarda roupa e fiquei a vendo colocar seu short.
Imperador: Fran? – Ela parou ao meu lado se olhando no espelho.
Fran: Diz. – Ela me olhou.
Imperador: Você sente medo não é?
Fran: O que? – Ela me olhou confusa.
Imperador: Você tem medo de mim. Medo de eu ser como seu padrasto, de você ser tudo aquilo que suas tias falavam pra você não é? Que você seria capacho de home.
Fran: Imperador, não tem nada haver isso. – Ela me olhou, mas eu sabia que era verdade.
Imperador: Ta ligado que eu odeio mentira né?
Fran: Bruno... – Ela cruzou os braços. E eu segurei nos seus braços a fazendo os soltar. A olhei nos olhos e fui segurando na sua cintura com delicadeza a trazendo para mim.

2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora