146 º capítulo 🌼

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Franciellen narrando
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Ferir alguém com as palavras é a coisa mais simples para o Imperador. O tempo que passamos separados serviu para muitas coisas, menos para o Imperador largar essa mania de se colocar em primeiro lugar nos momentos de raiva. Eu sabia da possibilidade dele ficar bravo por descobrir depois, minha intenção era restringir isso apenas a Thami e conversar com o Imperador em um momento mais conveniente. E tudo saiu fora do controle. Ele descobriu ao ouvir minha conversa com o pessoal e assim veio tirar satisfação comigo. Não seria por menos, eu não sou o Imperador e não posso cobrar uma atitude minha nele. Quando ele me escondeu sobre os planos do Tota, eu pensei muito antes de responder e fui fria até, mas o homem que eu amo é de sangue muito quente. Tudo é no 8 ou no 80. E em três meses eu percebi que amar o Imperador, era amar seus defeitos. Amá-lo como Bruno e como Imperador, como sensível e um homem quase intocável. Uma pessoa que sabe se colocar, ao mesmo tempo destrói tudo com palavras. Essa era ele e nunca foi me escondido seu caráter. E a saudade... Ah a saudade que esse homem fez. Todas as noites antes de dormir eu desejava por ele na cama, mas tudo estava tão diferente entre nós que um simples pedido para voltar me parecia tão pouco e eu ficava então o admirando de longe. O enxergando de fato. Vendo como ele estava seguindo os passos do seu pai e tomando grandes decisões. De fato ele estava fazendo tudo pela sua filha com a Manu e todos viam que ele seria um bom pai. E bem, a Manu soube o perdoar por todas as burradas que ele fez com ela. E meu cérebro brigava tanto com meu coração por dificultar sempre as coisas para nós dois. Meu cérebro dizia: Fica logo com ele. E meu coração respondia: É você quem não consegue apagar a memória da briga. E eu vivia dividida entre me doar incondicionalmente e ficar na mesma, participando da vida do Imperador como figurante e não como personagem principal. O nosso amor Romeu e Julieta estava tão distante que eu mal conseguia alcançar. Mesmo com a Catarina e a Thami me dizendo que nada entre nós dois estava perdido. Eu acreditava que estava sim. Eu olhava para a evolução do Imperador e me questionava se meu eu seria capaz de acompanhá-lo. Se eu ainda seria o suficiente para ele. Três meses e muitas coisas mudaram. Agora eu seria mãe, eu teria uma vida para me acompanhar para o resto da minha jornada e bem, ele seria pai novamente. Outra responsabilidade que eu não sabia se ele seria capaz de conciliar com seus deveres aqui do morro.
Eu estava tão perdida nos meus pensamentos andando pelo morro que não percebi quando o carro preto se aproximou, um homem encapuzado saiu do carro e me agarrando por trás colocou um lenço no meu nariz e boca, fazendo-me inalar a substância que me fez apagar aos poucos. E com isso o rosto do Imperador foi ficando tão distante que a escuridão o engoliu por completo.

2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora