142 º capítulo 💎cont

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Imperador: Fran, só seja sincera comigo. Só isso que eu quero. Eu já sei a verdade e quero ouvir isso sair da sua boca. É só isso que eu preciso ouvir e eu paro de correr atrás de você.
Fran: Não é tão simples quanto parecer ser.
Imperador: Eu já te vi com medo de mim, nesse mesmo quarto. Lembra?
Fran: Eu lembro. – Ela abaixou a cabeça e a fiz olhar para mim.
Imperador: Eu nunca mais vou tocar em você dessa forma, ouviu? – A olhei firme e ela assentiu – Eu te amo, pequena. Aquele não era eu, você sabe que não. – Encostei minha testa na dela – Você é a minha menina, sempre vai ser.
Fran: Sua menina? – Ela sorriu boba.
Imperador: Sim, meu amor. – Encostei meus lábios aos dela devagar e deixei que o beijo acontecesse naturalmente. Eu não a queria por pressão, por pena, por necessidade. Eu a queria porque a amava e nada mais do que isso. Eu estava com saudade dela em minha cama, das suas birras, das nossas brigas bobas, dela toda tímida vestindo a minha camisa e andando pela minha casa. A mão dela deslizou pelo meu peito até chegar a minha nuca e eu a peguei firme pela cintura, grudando nossos corpos cada vez mais. Em pequenos passos fomos chegando a cama e eu deitei sobre ela. Dando uma pausa no beijo eu a olhei fazendo carinho na sua testa. Não era sexo que a Fran queria, eu tinha certeza disso.
Imperador: Conheço você, baixinha. – Sussurrei.
Fran: Conhece tão bem assim é?
Imperador: Melhor a gente ir não é? – Ela assentiu e então nos ajeitamos para poder sair. Fomos de moto assistir o pôr do sol no Arpoador, na metade do caminho eu desci da moto e deixei que ela pilotasse.
Fran: Você tem certeza disso? – Ela riu.
Imperador: Relaxa, se der merda eu conserto. – Beijei o pescoço dela que riu. Dei partida na moto pra ela e fomos guiando a moto juntos. Estava cedo ainda para o pôr do sol e eu estava com saudades de curtir os momentos com a Fran.
Descemos da moto assim que chegamos a praia, comprei água de coco para nós dois e sentamos a areia olhando o mar.
Fran: Eu fico olhando para quando eu fui morar no morro e a gente brigava tanto. – Ela riu.
Imperador: Porra nem fala, eu simplesmente odiava sua presença, te achava um porre, peso morto.
Fran: Nossa valeu pela parte que me toca.
Imperador: Oh imagina, você me ofendia o dia todo garota. – Ri tomando o coco.
Fran: Tirando as coisas ruins, como nos divertimos né?
Imperador: Eu não sou ligado nessas paradas de destino, mas parece que quando bateu meia noite e eu fiz 20 anos, minha vida inteira virou de ponta cabeça. Eu sabia que você era encrenca, não sabia que você era das boas. – A olhei e ela estava corada sorrindo.
Fran: O ano já está acabando.
Imperador: Vai querer deixar alguma coisa ou alguém nesse ano? – Ela me encarou e me fez temer a resposta.
Fran: Você quer saber se eu vou te deixar nesse ano e seguir em frente?
Imperador: Está tão óbvio assim? – Ri.
Fran: Sim claro que está. – Ela sorriu e ficou de pé.
Imperador: Aonde vai? Fran: Aproveitar o mar um pouquinho. – Ela tirou sua blusa e o short.
Imperador: Estou convidado?
Fran: Mesmo se eu não convidasse você viria atrás. – Ela riu e foi andando para a água. Deixei minhas coisas junto as dela e fui atrás da minha magrela. Entramos na água juntos e fomos nadando para o fundo. Ela se agarrou a mim entrelaçando os braços em volta do meu pescoço.
Fran: Esse é um daqueles momentos especiais?
Imperador: Depende muito.
Fran: Hm, por que depende?
Imperador: Depende de quais são seus desejos.
Fran: Meu desejo agora é tomar uns cinco milkshakes.
Imperador: Porra. – Ri.
Fran: Era pra você falar que meu desejo é uma ordem. – Ela fez beicinho.
Imperador: Quando a gente for embora eu compro milkshake.
Fran: Mesmo? – Ela sorriu e eu assenti.
Imperador: Você ainda não deu a minha resposta.
Fran: Eu não quero ter que te dar uma resposta agora.
Imperador: Não vou te pressionar.
Fran: Não é pressão nenhuma. – Ela sorriu. E era incrível como aquele simples sorriso me desarmava todo – Bruno, eu amo você demais. Você é toda aquela coisa boa na minha vida, me deixa de quatro pra você, literalmente. – Ri – Eu só não consigo esquecer aquele maldito dia. Claro que já brigamos e muito, já nos separamos antes, mas dessa vez é diferente. Eu e você perdemos a nossa razão, ambos machucamos um ao outro. E eu não quero ter que te dar uma resposta agora, nesse momento, quando eu não tenho certeza do nosso amanhã.
Imperador: Você tem razão, amor.
Fran: Só não vamos nos afastar. Essa coisa de fingir que um não existe ou que o outro morreu, é muito casal malhação 2009.
Imperador: O que garota? – Ri.
Fran: Você me entendeu.
Imperador: Isso é uma oferta de paz?
Fran: Claro que é. – Ela sorriu me abraçando logo em seguida deitando a cabeça no meu ombro. Eu apertei o abraço a deixando confortável nos meus braços.
Imperador: Então vamos estabelecer algumas coisas.
Fran: Como assim coisas? – Ela riu baixinho.
Imperador: Nada de saia quero te dar me ouviu bem? Mas que porra ein, você e as meninas querem me deixar louco?
Fran: Amor, aquela saia foi muito cara pra ser jogada fora, vou usar ela essa noite, sem mais.
Imperador: É mesmo?
Fran: Vou.
Imperador: Você é do caralho ein.
Fran: Adoro. Amigos sentem ciúmes?
Imperador: Experimenta beijar alguém na minha frente pra ver onde vão encontrar o corpo dele.
Fran: Então isso serve para você.
Imperador: Vai me quebrar no pagode hoje ein.
Fran: Essa é a minha intenção. – Ri.
Ficamos brincando na água e conversando enquanto o sol ia se pondo. A vista era linda dali e eu estava bem comigo mesmo. Se superar juntos significava isso, bem eu poderia me acostumar até chegar a parte do vamo ver novamente.
Ao escurecer eu e a Fran saímos da praia e fomos direto ao bobs para lanchar. Ela só quis tomar milkshake, então eu a deixei lá se esbaldando com cinco milkshake do maior copo que tinha.
Imperador: Porra, Fran. O que tem dentro dessa sua barriga? – Ri a olhando, eu já tinha terminado meu lanche.
Fran: É muita vontade de tomar milkshake.
Imperador: Fome zero ein. – Ri a olhando.
Fran: Você que me deixou meses sem tomar milkshake.
Imperador: Mentira, você que sempre preferiu açaí.
Fran: Tá certo. – Ela fez bico.
Imperador: Boca linda ein. – Sorri alternando o olhar de sua boca para seus olhos. Ela ficava super sem graça quando eu fazia isso.
Fran: Não perde essa mania ein.
Imperador: Fiquei mal acostumado, o que posso fazer?
Fran: Não quero que faça nada. – Ela sorriu – Assim está muito bom.
Voltamos para o morro, a deixei na casa da Thami e parti pra minha casa. Assim que cheguei, tomei um banho esperto, enrolei a toalha na cintura e sentei na cama refletindo sobre o dia. Não dava pra evitar a química que rolava entre mim e a Fran. Sempre que começávamos a rir ou a conversar, terminava em flerte. Mas algo me diz que vem coisa boa por ai, apesar de todas as tribulações, eu e a Fran ainda tinha uma luz no fim do túnel. Eu não podia deixar de sorrir, sentir a minha menina nos meus braços o dia todo, vê-la boiando na água em quando o sol ia se pondo e depois vê-la brincando com as minhas batatas no Bobs havia sido um dia que marcou na minha memória. Ela tinha toda essa magia em torno de si, que me deixava bem, que fazia muito bem para nós dois e que eu tenho certeza que ela sabe que separados nós dois ficamos sem chão. E se for para ficar na área da amizade com ela estando ao meu lado, bom que assim seja. Eu não estou pretendendo mais que as coisas ajam do meu jeito. Eu já fiz cagada o suficiente por esse ano e eu prefiro que tudo role naturalmente como deve seguir. E se a minha morena resolver voltar, eu vou sempre estar aqui pra ela.

2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora