27º capítulo ❄

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Catarina narrando...

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Eu com certeza fiz cursinho para estragar tudo. Eu sou o desastre em pessoa. Em um dicionário tem uma foto minha do lado exemplificando a palavra desastre. Quando tudo fica maravilhoso com o Russo, minha neurose vai lá e estraga tudo. Fora que eu sou desconfiada ao máximo e ignorante ao mesmo nível.
Fui para o baile não sei pra quê. Estava achando tudo aquilo um saco, não estava conseguindo curtir. O Imperador pegava mulher atrás de mulher bancando o rei como sempre junto com o Heitor e o Saulo. A Thami estava louca de cachaça já rebolando com suas amigas. Eu estava no meu canto apenas bebendo e olhando para o povo. Não faz o meu tipo dançar, mas quando eu me animo até que dou umas reboladas.
Uns parceiros vieram conversar comigo e ali ficaram comigo conversando por um bom tempo.
Vi o Imperador passar com os braços estendidos, achei estranho e o segui com o olhar. Dei de cara com o Russo passando pelo povo e indo cumprimentar meu irmão.
Imperador: Ah moleque bom, sabia que tu viria. Chega junto pra chapar com a gente. –O Russo riu, passou o olhar em mim e seguiu com o meu irmão.
Catarina: Dá licença gente. –Larguei meu copo de bebida e fui atrás do Russo-. Russo... –Segurei de leve no braço dele e ele virou para trás.
Russo: Qual foi mina? –Ele me encarou dos pés a cabeça.
Catarina: Não me ignora.
Russo: Ih quero papo de romance agora não. –Ele arqueou uma das sobrancelhas.
Heitor: Qual foi da parada aqui com a morena? –Ele se aproximou rindo.
Russo: Nada não parceiro, tudo suave aqui.
Heitor: Que isso patrão, chega junto aê pra chapar.
Catarina: Russo... –Segurei no braço dele novamente.
Russo: Qual foi porra?
Catarina: Quer saber? Foda-se. Eu vou embora. –O encarei feio e sai dali trombando em todo mundo mesmo. Subi na minha moto e desci voada o morro.
Estava já na pista de volta pra minha casa, acelerei pra caralho pra sentir o gosto da adrenalina e esquecer o otário do Russo.
Cheguei ao meu morro, cortei para um beco e subi por um atalho que uso sempre até a minha casa.
Quando estava entrando na minha casa, vi o carro do Russo subindo pra minha rua. O tempo que usei para guardar a moto, ele entrou no meu quintal e me agarrou com força.
Russo: Eu odeio essa sua marra, esse seu vestido, essa sua cara de brava.
Catarina: Eu odeio suas inconstâncias, quando você me trata mal só porque eu tive um mal julgamento.
Russo: Então para porra, bora ficar de boa.
Catarina: Não tem como ficar de boa quando se trata de mim.
Russo: Não, não tem mesmo. Parece que tudo que você faz é para me provocar. Até quando você não quer você me provoca.
Catarina: Eu te provoco Russo? –Nem as leis do universo explicavam como as nossas bocas se aproximavam cada vez mais que a gente discutia.

Russo: Provoca.
Catarina: Você não viu nada ainda.
Russo: Não vi? Eu te conheço sua birrenta.
Catarina: Sou birrenta mesmo.
Russo: Manha e birra você só vai fazer quando eu te pegar na cama e encher sua bunda de tapa.
Catarina: E quem disse que eu vou pra cama com você?
Russo: O mel na sua calcinha depois que eu termino de te beijar não me deixa mentir. –Dito isto ele me beijou com força e eu retribui. Agarrei a nuca dele e intensifiquei aquele beijo. As mãos do Russo desceram até a minha bunda e ele a apertou com força. Soltei um suspiro entre o beijo, mordi o lábio o inferior dele e puxei para um beijo. Enquanto uma mão dele estava na minha bunda quase a deixando de fora, porque meu vestido já não era pouco curto, a outra mão estava por dentro do meu cabelo pegando com vontade. Deixando-me louca daquele jeito.
Catarina: Eu ainda estou com raiva de você. –Disse entre o beijo, ele desceu beijando meu pescoço, deixando beijos e mordidas.
Russo: Cala essa boca Catarina... Só me responde uma coisa antes de calar: minha casa ou a sua?
Catarina: Meu pai...
Russo: Foda-se mano. Responde logo caralho.
Catarina: Sua casa. –Ele parou olhando meus olhos, agora com suas duas mãos na minha nuca e selou nossos lábios.
Russo: Desculpa mulher. –Ele colou nossas testas e eu dei um selinho nele.
Catarina: Desculpo.
Russo: Agora eu aprendi que eu tenho que te acordar, dar vários beijinhos... –Ele falou me dando selinhos enquanto eu sorria toda boba-. Ouvir você me xingar com seu mau humor matinal, depois te mandar pelo menos uma mensagem avisando onde eu to.
Catarina: Aprendeu certinho.
Russo: Marrenta. –Ele segurou na minha mão e saímos da minha casa. Entramos no carro dele e rapidamente ele chegou à casa dele.
Sai do seu carro e ele saiu em seguida. Caminhei até o portão e fui surpreendida por trás quando ele me pegou no colo.
Catarina: Me coloca no chão Russo. –Ri.
Russo: Cala a boca, que acordar geral? –Ele riu e bateu o portão com o pé.
Catarina: Ah e você quer falar de mim? Bate mais forte que ainda não quebrou.
Russo: Se quebrar a gente substitui. –Ele riu, abriu a porta da sua casa, entramos e ele a trancou.

2º TEMP - Todo vilão, tem sua donzela !Onde histórias criam vida. Descubra agora