Capítulo 17

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Maia

      Que porra foi essa?

      Saiu da casa de Dankan as pressas, não acredito no que eu ouvi daquela boca. Só posso estar em algum tipo de pegadinha de televisão. É, com certeza é isso.

     Caminho rápido até o ponto de táxi próximo a casa de Dankan e chamo o taxista que está encostado no carro.

     Entro no táxi e passo o endereço para que ele me leve até lá.

     - O que a senhorita faz por esses lados essa hora? Se é que me permite perguntar. - Diz o taxista enquanto dirige.

     - Trabalho! Meu chefe me pediu pra trazer uns papéis... - Digo.

     - Esses lados pra cá essa hora é bem perigoso senhorita! E seu Dankan deveria te mandar com o chofer. - Diz e olho-o através do espelho da frente.

     - Como sabe que ele é meu chefe? - Pergunto.

     - Eu vi a senhora saindo da casa dele, eu tenho que ficar atento né.

     - É... entendi. - Digo apenas e o resto do caminho é em silêncio.

     Chegando em casa, solto minha bolsa no chão, tiro meu salto e começo a tirar a roupa. Ta um calor danado.

     Ligo meu ventilador e sento de frente pra ele recebendo o vento que ele faz.

     Começo a pensar no que Dankan me disse e ainda não consigo acreditar que ele estava falando sério.

     - Maia, eu consegui alguns... -Adan entra na sala com algumas sacolas na mão e paralisa ao me ver apenas de peças íntimas.

     - Adan! - Digo me levantando e tampado meu corpo com almofadas.

     - Por que você ta pelada na sala? - pergunta virado de costas pra mim.

     - Eu não tô pelada! - Digo

     - Ta, mas por que ta assim, mulher? - Pergunta rindo.

     - Calor, e eu esqueci que você vinha. - Digo.

      - Ah, obrigado pela consideração! - Diz. - Sobe, vai por uma roupa!

      - Com muito prazer! Não olha! - Digo correndo pelas escadas.

      Entro em meu quarto, fecho a porta e largo as almofadas no chão. Pego um vestidinho casual simples e faço um coque nos cabelos.

      Tiro a maquiagem que usei no dia de hoje e acabo por me sentir leve.

      Tenho que confessar que quando Dankan me chamou pra ir na casa dele, achei que era pelo que fiz na empresa. Deixar ele preso na cadeira foi uma ideia que me veio na hora e eu achei hilária.

      Caminho para a sala levando comigo as almofadas. Desço as escadas e jogo todas no sofá.

      - Adan? - Procuro-o mas não encontro.

     Ando pela cozinha e vejo que tem um papel posto sobre a mesa. Abro e leio.

"Maia, desculpa não ficar, eu recebi uma ligação do meu irmão e parece que minha mãe está no hospital, estou indo lá ver como ela tá. Não se preocupe, eu voltarei minha peladona. Beijos do seu melhor amigo gato que não é gay!" - Adan.

    
      Esse Adan não existe mesmo! Só espero que não seja nada grave com a mãe dele, eles são tão apegados um ao outro.

      Bom, já que amanhã é sexta já, me deitarei cedo pra poder curtir a noite numa boate ou baladinha vip por ai.

Amor: Incondicional ou Doentio? (PAUSADO) Onde histórias criam vida. Descubra agora