Capítulo 34

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DANKAN

Depois do banho, coloco Maia na cama e fico deitado ao seu lado até que durma.

Penso no que ela me disse durante o banho, sobre Brad ter um irmão gêmeo e que era ele que estava com Sidney.

Não consigo acreditar que era o irmão dele, é difícil de entender.

Ah, eu tenho tantas perguntas para fazer pra Maia, mas, meu medo é de deixá-la magoada.

Mas eu também não posso ficar com tantas perguntas rodando na minha mente sem resposta alguma.

Ela disse que ele queria algo com ela, mas eu quero saber qual era a gravidade da situação na época, porque para depois de tanto tempo ele voltar pra fazer isso com ela, ele deveria ser obcecado.

E agora, tem essa nova suposta situação futura de que Brad possa querer fazer algum mal real para Maia.

Preciso tomar uma decisão imediata sobre isso.

Decido dormir, me posiciono atrás de Maia e a abraço.

A única coisa que tem me acalmado é poder sentir o calor do corpo desta mulher que por vontade própria se tornou minha.

O cansaço bate forte e me rendo ao sono que anuncia sua chegada me fazendo bocejar. Adormeço.

Sonho >>

Corro em direção a ela para ajudar a se salvar. Minhas mãos estão frias e estou soando frio.

Ouço sua voz gritando de desespero e corro tendo como guia o som de sua voz, que apesar de nitidamente agonizando de dor me indica onde posso encontra-lá.

Meu coração está disparado e meus passos começam a falhar indicando a perda de força nas pernas.

Não, eu não posso fraquejar agora! A vida dela depende de mim.

Ah... por que? Por que eu não dei ouvidos quando me alertaram?

Quando mais eu corro, mais da voz me aproximo.

O caminho escuro não facilitou meu trabalho.

Vejo uma luz fraca e amarelada e corro até lá.

Não, não, não! Não isso não!

Perco uma batida de meu coração e minha respiração fica pesada. Tudo ao meu redor parece não existir mais.

Só a cena que estou sendo obrigado a presenciar.

Com seu corpo pendurado pelo pescoço e seu sangue escorrendo como água, seu corpo perda vida e sinto uma uma dor indescritível nas costas.

Grito e agonizo de dor. No chão, sinto meu próprio sangue escorrer sobre mim mesmo.

De repente, o corpo pendurado toma vida novamente e força força saída de suas últimas palavras.

"Eu te amo! Me vingue."

E pela última vez, pude ouvir sua voz. Voz essa que jamais irá sair de minha cabeça e muito menos suas últimas palavras.

Agora sou eu e o assassino de minha irmã mais nova. Letícia.

Ele vem pra cima de mim com um tijolo em mãos na tentativa de me acertar a face. Desvio e ele cai.

É neste momento que tenho a chance de vingar minha irmã. Pego o tijolo que seria pra mim e atiro com toda a força que posso na face do canalha estirado no chão a minha frente.

Amor: Incondicional ou Doentio? (PAUSADO) Onde histórias criam vida. Descubra agora