Capítulo 54

42 5 1
                                    

MAIA

Chegou a hora de contar a verdade sobre o meu passado. Ou talvez parte dele.

Estamos indo em direção para a casa de Dankan. Dentro do carro ele me pareceu muito tenso.

- Querido... - Chamei.

- Oi. - Respondeu seco.

- Está tudo bem com você?

- Não sei...

- Eu vou contar tudo... Não tudo, mas boa parte da verdade eu vou dizer, mas é só para que você não desconfie de mim. - Digo tocando em seu braço.

- Maia, me diz por que eu só posso saber a metade da verdade? Eu sempre fui sincero com você!

- Dankan, confia em mim... é mais seguro só a metade da verdade. - Digo.

- Por que é que eu não posso saber tudo sobre a minha futura esposa? Eu não acho que é pedir demais! Eu acho que é o mínimo ainda! - Desabafa com certa fúria.

- Eu vou te contar tudo, mas não hoje! - Insisto.

- Não, Maia! Eu preciso saber de tudo!

Nos aproximamos dos portões da casa e os mesmo são abertos automaticamente.

Adentrando nas extremidades da casa, Dankan estaciona e desliga o carro.

Encosta no banco e solta um longo suspiro.

- Eu só não quero segredos entre a gente. Os segredos nunca fizeram bem pra essa família e, eu realmente quero que a gente dê certo! - Diz.

Nossos olhares se cruzam e ficam presos um no outro por um tempo.

Ele sai do carro sem que antes eu diga algo.

Caminha pra dentro da casa sem me esperar.

Saiu do carro e os faróis do carro de Deniel atingem meus olhos quando me viro para trás.

Tapo a luz colocando uma mão por cima do rosto forçando a visão.

O farol é desligado e Adan e Deniel saem do carro.

Deniel caminha até mim

- Onde ele está? - Me pergunta com as mãos no bolso da calça me olhando diretamente nos olhos.

- Ele já entrou... parece estar bem chateado comigo. - Digo.

- Talvez. Ele confia em você, mas deve estar com medo de que... - Ele para de falar.

- De?

Ele desvia o olhar dos meus e solta a respiração.

- Eu vou falar com ele e em seguida chamo vocês. - Diz saindo e caminha em direção para dentro da casa.

Adan que ainda estava parado perto do carro, caminha até mim com o mesmo olhar de sempre.

Um olhar solidário, carinhoso e cheio de paixão.

- Ele quer saber de toda a verdade, não é? - Pergunta mesmo sendo nítido que já sabe a resposta.

- Sim, ele quer.

- Você vai contar? - Deposita uma de suas mãos sobre meu rosto e acaricia minha bochecha.

- Eu... não posso... - Digo falhosamente.

- Eu sei, mas ele te ama. - Diz suave.

- Adan... você sabe, é muito complicado e revoltante. É perigoso! - Digo com vontade de chorar.

Amor: Incondicional ou Doentio? (PAUSADO) Onde histórias criam vida. Descubra agora