Capítulo 47

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MAIA.

O sofá da sala não é tão quanto nossa cama de casal no quarto, mas foi até bom dormir aqui em baixo na sala.

Acordei sentindo fortes contrações. Dankan me levou para o hospital as pressas ambos com medo da bolsa já ter estourado. Sofie nasceria com sete meses e um dia, prematura e muito provavelmente pequenina.

- DOUTOR! - Dankan grita ao chegar no hospital.

Varias enfermeiras correm na nossa direção e uma delas empurra com muita precisão uma maca até mim.

- O que aconteceu? - Pergunta uma das enfermeiras para mim.

- Acho que a bolsa estourou! - Digo enquanto agonizo de dor.

- Quantos meses?

- Sete meses e um dia. - Digo e logo em seguida grito de dor.

Dankan e as enfermeiras que ajudam a deitar na maca e me empurram rápido para dentro.

- Dankan, o que aconteceu? - Norberto aparece e vem em nossa direção.

- Ela acordou bem e tranquila, só que de repente ela começou a se contorcer e a sentir muita dor. - Explica para o médico.

- Algum liquido? - Perguntou andando ao lado de Dankan.

- Nenhum!

- Sua bolsa não estourou ainda, mas teremos que te examinar pra saber o porque da dor. - Se dirige a mim. - A dor é aguda, Maia?

- Sim! - Fecho os olhos.

- O quanto em uma escala de zero a dez? - Pergunta e Dankan me olha atento e preocupado.

- Seis.

Norberto não diz mais nada e Dankan passa a olha-lo fixo.

- Isso é bom doutor? - Dankan pergunta.

- De certa forma. Eu e minha equipe vamos examina-la e assim que tivermos noticias, traremos pra você. - Diz saindo em nossa frente.

Olho para o lado e não vejo mais Dankan, ele foi barrado pois agora entramos na ala em que só pessoas permitidas entram.

Entramos numa sala e ainda posso vê-lo por mais meio segundo até que eu entre e a porta se feche.

Sou passada para uma outra maca e ligada em alguns aparelhos médicos. Minha visão começa a embaçar mas eu pisco algumas vezes e volto a ver normalmente. A dor aumenta.

- Precisamos ver qual foi o problema. Tome aqui este tranquilizante. - uma enfermeira me entrega um copinho branco com um liquido um tanto rosado dentro. Bebo sem pestanejar.

- Minha filha... ela vai ficar bem? - Pergunto ofegante.

- Vamos fazer o possível para que tanto você quanto sua filha saiam daqui bem. - Diz me tranquilizando.

Respiro fundo e deixo que me examinem. O remédio começa a fazer efeito e eu me sinto um pouco tonta.

- Senhora, tente não dormir. - Me pede uma das enfermeiras.

- Estou tentando... - Digo fraca e ainda sentindo um pouco de dor.

Não aguento a pressão e acabo desmaiando. Acordo horas depois em outra sala. Dankan esta do meu lado.

Observo tudo em minha volta e solto um pequeno grunhido de dor.

- Meu amor, você acordou! - Dankan me nota.

Amor: Incondicional ou Doentio? (PAUSADO) Onde histórias criam vida. Descubra agora