Capítulo 37

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ADAN

Minha única reação foi gritar.

- CUIDADO!!!

O carro cria uma pressão enorme ao tentarmos fazer a curva com muita precisão.

Batemos em algo que por sorte não era o caminhão.

Olho para quem está dirigindo o maldito caminhão e me deparo com Soraia completamente atordoada.

Me viro para meu chefe e ele está um tanto lento e um pouco ensanguentado.

- Chefe? - Chamo-o e ele me olha.

- Você está bem? - Pergunta.

- Estou! E como você está? Consegue se mexer?

- Consigo sim. Vamos sair daqui! - Diz abrindo a porta e caindo para fora.

Saiu e corro em sua direção. Apoio seu braço em volta de meu pescoço e passo meu braço em volta de sua cintura.

Levo-o para longe e algumas pessoas vem em nossa direção perguntando se estamos bem.

- Ligo para uma ambulância? - Pergunto para ele.

- Não! Liga pra um táxi. - Pede e é o que faço.

Assim que chegamos ao hospital, algumas enfermeiras vem ao nosso encontro, mais especificamente, do chefe e levam ele pra uma determinada ala do hospital e a mim para outra.

Sentado na cadeira de rodas, sou guiado por uma enfermeira que passa comigo por corredores com algumas pessoas sentadas nas cadeiras de fora, provavelmente esperando notícias de alguém.

Mesmo com minha visão embaçada, consegui ver de longe o Dankan.

Passo por sua frente e nossos olhares e cruzam fulminantes.

- O seu irmão e eu sofremos um acidente. - Digo e a enfermeira que não foi avisada de nada, para.

- Meu irmão? - Fica perplexo. - Como assim vocês sofreram um acidente? por que vocês estavam juntos?

- Estávamos vindo pra cá para falar com você. Foi... a Soraia. - Digo com um nó na garganta.

Ele apenas me olha espantado e provavelmente tentando absorver as informações. Olha para baixo, respira fundo e volta a olhar para mim.

- Onde ele está? - Pergunta.

- Foi levado pra uma outra ala daqui do hospital. - Digo.

- Ala B12. - Diz a enfermeira.

- Muito obrigado. - Agradece dando uma olhada para dentro de uma sala por alguns segundos e depois se retirá.

Olho para sala que ele olhou antes de sair e respiro fundo ao ver minha menina muito pálida.

Meu coração se aperta e minha visão é interrompida pela enfermeira que volta a empurrar a cadeira.

Me leva para uma sala onde fica o equipamento de raio-x para fazer alguns exames.

Me deito na maca e fico parado olhando para o teto branco que, por conta do escuro da sala, esta com um tom azulado.

Fecho meus olhos e inspiro o ar que me falta nos pulmões ao pensar na minha menina ali, deitada na maca, pálida.

Sinto um aproximação ao meu lado e volto a abrir meus olhos.

- Olá, eu vou injetar em você um líquido. - Diz uma mulher vestida de branco, com os cabelos presos num coque alto.

- Pra que vai servir esse líquido? - Pergunto curioso.

- Pra relaxar seus músculos e podermos examinar melhor você. - Explica. - Ele da sono, então o exame vai ser feito com você sobre o efeito dele, ou seja, dormindo.

Amor: Incondicional ou Doentio? (PAUSADO) Onde histórias criam vida. Descubra agora