Capítulo 33

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Dankan.

Acordo deitado numa cama macia, grande e confortável.

Olho para os lados e vejo que a sala em que me encontro tem tons de bege e creme suave.

Minha cabeça dói e meu corpo todo parece não querer obedecer meus comandos de primeiro momento.

Uma luz forte clara e forte passa deslumbrante pela janela que, mesmo com as cortinas em sua frente ilumina e machuca meus olhos.

Ouço uma voz feminina distante e me espanto.

Memórias do ocorrido passam pela minha mente com muita fúria.

O rosto da pessoa em minha frente vai criando uma forma conhecida.
É Milla.

Olho bem para seu rosto e vejo que carrega com peso uma expressão sofrida.

- Onde está Maia? - Pergunto desesperado.

- Se acalme primeiro! - Diz segurando uma bandeja em mãos.

- Não, eu quero saber da minha mulher! - Digo fazendo força pra levantar.

- Dankan, vai com calma! Você não pode fazer força ainda! - Diz em alerta mas pouco me importo.

- Onde está minha mulher? - Pergunto aflito.

- Ela está bem e segura! - Me responde.

- Sidney e Brad... - Digo num sussurro. - Eu vou matar esses filhos da puta. - Digo me levantando apressado.

- Acho que você não vai precisar se preocupar com nenhum dos dois! - Diz.

- Eles já foram presos? - Pergunto.

- Na verdade não... - Diz me entregando um pequeno copo com algo dentro.

- Eu vou matar aqueles dois, Milla, eles estupraram minha mulher na minha frente! - Digo entrando em choro.

- Eu atirei nos dois! - Diz e encaro seu rosto.

- Como é?

- Sidney me disse o que pretendia fazer com você e me pediu ajuda, eu disse que não iria fazer nada do que ele havia me dito e que era horrível saber o que ele pretendia te fazer! -Inicia. - Eu tentei impedir ele de fazer qualquer coisa com você e então ele me disse que faria com Maia, na hora da minha raiva eu...

- Você não me disse nada... você poderia ter me dito! - Interrompo.

- Me deixa acabar! - Pede. - Na hora da raiva eu nem me importei e disse que ele poderia fazer com ela o que bem entendesse, mas, depois eu reparei que isso só causaria mal pra todos! - Diz. - Eu te juro que tentei impedir mas...

- Mas o que? Você não conseguiu?

- Quando eu fui tentar impedir ele de atirar nela e em você, ele fez algo comigo que eu não imaginaria que fosse capaz! - Diz. - Ele me estuprou! Meu próprio... irmão, me violou dentro da minha própria casa...

Não consigo dizer absolutamente nada para o que acabei de ouvir.

Como ele pode fazer isso com elas?

- Minha vontade é de matar os dois! - Digo me sentando.

- Eu já fiz isso. - Diz. - Eu que matei os dois... - Diz entristecida.

- Eu sei que Sidney era seu irmão e que vocês praticamen... - Me interrompe.

- Não fala nada! - Diz depositando a bandeja no criado mudo e saindo.

- Milla... - Chamo mas ela me ignora.

Em seguida uma enfermeira entra na sala e me faz uma série de perguntas.

Amor: Incondicional ou Doentio? (PAUSADO) Onde histórias criam vida. Descubra agora