Capitulo 21

89 10 0
                                    

Dankan

    Ver minha menina daquela forma, toda vermelha e inchada me deixou extremamente preocupado.

     Levei ela até o hospital onde meu médico, Norberto, trabalha. Tenho muita confiança na competência de seu trabalho.

     Quando chegamos no hospital e vi levarem minha menina na maca, fiquei louco, eu não pude entrar na ala para qual ela foi levada, mas não mexi um músculo e nem pensei em sair da sala de espera.

     Como isso foi acontecer, como é que eu deixei isso acontecer? Minha menina, tão frágil, tão pequena. Preciso protege-la mais, cuidar mais dela.

     É, vocês não acreditam que eu realmente queira algo sério não é? Mas vou provar pra todos que é ela que eu quero!

     Sei que nos conhecemos a pouco tempo e que pedi ela em namoro hoje cedo, sei de tudo isso, mas eu sinto que é ela!

     Ainda não acredito que isso aconteceu. Ver ela sendo levada daquele forma me fez ter um flashback de memória.

    Algo muito ruim aconteceu no meu passado e vai ficar no meu passado, não vai acontecer de novo. Não permitirei.

    De agora em diante, a minha função maior e cuidar da minha menina.

    Sento e levanto várias vezes. Estou esperando tem muito tempo já e ninguém me fala nada.

    Olho para meu relógio de pulso e os minutos parecem não passar.

    - Deste jeito vai fazer um buraco no chão, Dankan! - Diz Norberto entrando na sala.

    - Estou preocupado doutor, como está minha menina? - Pergunto.

    - Ela está melhor agora do que quando chegou, isso é fato! Mas... Ela tem uma grandissima intolerância a uma substância contida na carne vermelha. - Diz e presto total atenção.

   
   
    - Ah doutor... se eu soubesse... - Digo em lamento. - Posso ver ela?

    - Ainda não, ela está em medicação agora, mas assim que sair eu venho te chamar pra vê-la. - Diz se retirando.

    - Tudo bem, doutor, obrigada. - Agradeço.

   
    Espero cerca de mais meia hora, até que Norberto aparece na porta e me chama para acompanha-lo até a sala onde está Maia.

   
    Quando olhei para dentro da sala, me assustei. Maia estava pálida e muito quieta.

    - Entre, acorde ela, eu prepararei mais um medicamento e preciso que ela esteja acordada para tomar. - Diz saindo.

    Entro na sala de olhos fixos em Maia. Me aproximo e acaricio seus cabelos. Aliso seus braços delicadamente e passeios com a ponta dos dedos pelo seu rosto.

    - Olá amor... - Ela diz.

    - Oi meu bem, você me deixou preocupado! - Digo.

    - É? Sinto muito... - Diz ela.

    - Tudo bem, agora está tudo bem. - Digo tranquilizando-a.

    - Que hospital é esse? - Pergunta.

    - Lembra daquela festa do Deniel lá em casa? - Perguntei. - Estamos no hospital que te trouxe depois dela.

    - Me lembro... - Diz e olha para o lado.

    Direciono meus olhos para o mesmo local que os dela e não vejo nada nem ninguém.
 
 
    - Tá olhando o que? - Pergunto.

    - Eu estava pensando...

Amor: Incondicional ou Doentio? (PAUSADO) Onde histórias criam vida. Descubra agora