Capítulo 35

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MAIA.

Acordo no outro dia um pouco assustada. Tive alguns pesadelos durante a noite.

Olho para o lado mas não vejo Dankan. O chamo e não obtenho resposta alguma.

Me levanto e caminho para o banheiro. Faço minha higiene matinal e penteio meu cabelo.

Observo minha expressão cansada e penso em passar uma maquiagem, mas desisto.

Desço as escadas em sua procura e sinto cheiro de café vindo da cozinha.

Apresso meus passos e entro na cozinha inalando o cheiro do café.

- Você nem me esperou. - Digo da porta.

- Oh, meu amor, eu queria ter descido mais cedo pra te preparar um café na cama. - Diz vindo até mim enquanto seca as mãos num pano de prato. Me beija.

- Acho que eu me apressei. - Digo.

- Talvez. - Sorri e eu sorrio de volta.

- Como foi que eu cheguei aqui? - Ouço a voz de Deniel vindo de trás de mim.

Ele está encostado no batente da porta esfregando os olhos. E um detalhe que eu deixei passa, ele está só de cueca.

- Deniel! - Dankan o chama em repreensão. - Só de cueca na cozinha não, porra! - Diz.

- Ui, I'm so sorry, boss! - Afina a voz para falar.

- Você não tem jeito mesmo hein! - Diz Dankan olhando para o irmão.

- Nunca tive e nunca terei. - Diz Deniel se sentando.

- Realmente, só depois de uns tapas. - Diz. - E eu não sei como você chegou aqui.

- Ai C A R A L E O, esqueci a porra do carro na casa da ruiva. - Diz com a mão na testa.

- Esqueceu o seu próprio carro? - Pergunto impressionada.

- Eu estava bêbado. - Diz. - E que roupas são essas? Parece até que quer se esconder. Deixa essas coisas pra mulheres que foram violadas ou que sofrem algum tipo de violência. Você é bonita mano, gata pra porra e...

- Cala a boca, Deniel! - Diz Dankan interrompendo o irmão.

- Ah, desculpa senhor possessivo. - Provoca.

- Deniel... eu... - Início.

- Não, Maia, não! Ele tem que aprender a controlar a porra da língua! - Diz com fúria.

- Tá, o que eu perdi? - Pergunta Deniel desconfiado.

- Deniel, tem como você parar de falar? - Dankan é rude.

Sem que eu possa controlar, lágrimas descem pelo meu rosto e acabo chorando.

Saiu da cozinha as pressas e subo para o quarto enxugando as lagrimas que descem e borram minha visão.

Tranco a porta e me jogo na cama. Deixo que as lagrimas desçam e que toda a dor que eu tenho sentido saía junto de cada gota que escorre pelo meu rosto.

Dankan bate na porta desesperadamente enquanto grita meu nome para que abra a porta.

Tapo meus ouvidos e choro mais e mais.

De repente a porta é aberta revelando um Dankan super assustado.

- Ah, graças! - Diz respirando fundo. - Eu fiquei assustado. - Complementa.

- Eu não vou conseguir! - Digo entre choro enquanto o observo caminhar.

- O que?

- Eu não vou conseguir superar isso! Eu consegui já superar muitas coisas, o abandono pelo meu pai, a morte da mamãe mas isso, isso é difícil! - Choro.

Amor: Incondicional ou Doentio? (PAUSADO) Onde histórias criam vida. Descubra agora