Oláááá! Tudo bem, pessoal? Então novo capítulo para vocês e dessa vez será pelo ponto de vista do Aaron, espero que gostem!
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Aaron
Yuki. O nome dele não saía da minha cabeça. E, francamente, eu não sabia porque. Ah, sim, ele era meu irmão mais novo, mas... esse não era exatamente um motivo válido.
Observei distraidamente quando Yuki devolveu um mangá para Nekori e disse que era muito bom. Isso deixou a garota animada e ela pulou, deu um beijinho no rosto dele e sussurrou algo no seu ouvido, fazendo com que ele corasse. Meu irmão era mesmo a definição de fofura, bem, eu já sabia disso desde pequeno.
Eu me lembro até hoje daquela coisinha de um ano e passos hesitantes me seguindo pela casa toda de fraldas enquanto eu corria atrás do nosso cachorro que acabou fugindo de casa. E eu também me lembrava de outra coisa, me lembrava tão bem quanto se tivessem marcado a ferro e fogo na minha mente. Eu lembrava do nosso beijo.
Sério, acho que eu me lembrava mais disso do que quando eu perdi a virgindade, o que é meio estranho, né?
Eu me lembrava tão bem, era algo tão inocente, só queria copiar os meus pais, eu não via nada sexual naquilo, era só um beijo. E nem de errado. Às vezes, sinto falta dessa época em que eu era tão inocente e não sabia do mundo preconceituoso que me cercava. Infelizmente, aprendi isso naquele dia.
Papai me levou para o quarto dos meus pais enquanto mamãe ficava lá embaixo com o meu irmão e rasgou toda a minha fantasia enquanto eu apenas olhava confuso.
–Você sabe que não é meu filho, não sabe?- ele não gritou, falou em voz baixa e aquilo me assustou mais do que se ele gritasse- Eu sempre fui contra a ideia de adotar, sempre soube que poderia vir alguém podre como você, a maçã podre vinda de uma árvore podre.
–Pa-papai?- eu estava seriamente com medo, ele nunca tinha falado assim comigo antes.
–Eu não sou o seu pai, seu garoto idiota! E ainda quer apodrecer o meu filho fazendo essas coisas horríveis com ele, tenho certeza que aquela garota não estava mentindo e você não passa de um verme nojento.- eu nunca tinha ouvido tanto desprezo na voz de alguém antes.
–Mas não é nojento!- eu tentei explicar- Eu amo o Yuki!
–Cala essa boca!- ele disse bem perto do meu rosto e cuspiu em mim. Depois, ele me virou de costas e me bateu na bunda, nas coxas e nos pés, aonde não deixaria marcas visíveis, segundo ele. Não foi uma palmada, ele me bateu com toda a sua força, ele queria me machucar.
Depois que se cansou de me estapear, ele começou a me bater com o cinto, a parte da fivela me atingindo em cheio e aquilo doía, como doía! Minha pele ficou cheia de cortes e ele não parou nem quando saiu sangue. Eu não sei por quanto tempo ele me bateu, mas me pareceram horas.
Eu nem conseguia mais chorar quando acabou, apenas soluçava. Ele me disse que se eu gritasse, iria me arrepender. Olhei nos olhos dele depois de tudo. Por que ele fez isso? Eu não desobedeci regra nenhuma! Nunca me disseram que aquilo era errado.
–Isso é para você ver o que fazem com viadinhos como você. É para ver se você se cura e para de ser essa coisa nojenta e errada que você é. Você disse amar o meu filho, não é? Então se ama, deixe-o em paz, senão algum dia alguém vai fazer com ele o mesmo que acabei de fazer com você e muito mais. Deixe-o fora desse seu mundo.
Eu era mesmo nojento? Por quê? O que eu fiz de errado? Eu não sabia a resposta dessas perguntas, mas sabia de uma coisa, sabia que não queria que Yuki passasse por isso nunca.
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Apaixonado pelo meu irmão
RomanceEu sou um garoto totalmente normal, mas tenho um segredo. Um segredo horrível que tenho certeza que todos se afastariam de mim com nojo se soubessem: eu sou apaixonado pelo meu irmão mais velho. Eu sei que nós não somos irmãos de sangue, sempre soub...