Você é muito fofo!

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Desculpem pela demora, eu mal pude entrar aqui nos últimos dias, desculpem mesmo! Tentarei postar o próximo antes.

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Yuki

Acordei me sentindo meio estranho, um pouco tonto e tateei a procura do meu celular no criado mudo e quase derrubei no chão quando vi que eram duas da tarde. Ferrou, papai e mamãe já devem ter voltado e vão me matar!

Levantei da cama de uma vez, sentindo todo o quarto rodar, vi a sacola de presente da Mansão dos Porta Retratos e subitamente me lembrei de tudo. A festa, Aaron e aquela vadia, bebida, ele indo no meu quarto e me consolando e então... o beijo.

Me joguei na cama sem acreditar que tive coragem para isso, mas me sentindo tão feliz por ter feito o que fiz!

Minha vontade era ficar o dia todo na cama, me lembrando do que aconteceu, da sensação gostosa dos braços de Aaron ao meu redor, mas se ele teve força de vontade para levantar, eu também teria.

Ainda um pouco tonto, fui até o quarto de Aaron e encontrei a porta trancada, mas antes mesmo de bater, ouvi a voz dele, meio cansada do outro lado da porta.

–Yuki?- dava para ouvir a nota de preocupação no seu tom.

–Ah, oi, nii-chan! Está aí?- perguntei e logo tive vontade de me dar um tapa. Que tipo de pergunta idiota era aquela? É claro que ele estava ali, eu estava falando com ele, caramba!

–Estou de castigo, eu...- ele respirou fundo- eu não arrumei as coisas ontem.

–Desculpa!- eu disse- Se eu não tivesse...

–Yuki, mais baixo, por favor!- ele pediu, com a voz dura- E vai para o seu quarto, se papai pegar a gente aqui conversando, ele vai aumentar o meu castigo.

–Aaah, tá, desculpa.- disse baixinho e desci, dando de cara com uma bagunça de copos e pratinhos jogados no chão. Minha mãe assobiava distraída enquanto procurava por algo na geladeira.

–Oi, mãe. Foi mal ter acordado tão tarde, é que ontem teve a festa...

–Tudo bem, amor.- disse ela, pegando uma latinha de cerveja e parando para fazer carinho no meu cabelo, desarrumando tudo que já estava desarrumado. -Ah, seu pai quer falar com você.

Gemi internamente. Já estava até imaginando sobre o que seria. E não deu outra, encontrei meu pai com a expressão mais mal humorada do mundo na cama e, no momento que entrei, ele disse:

–Precisamos conversar. Posso saber o que foi aquilo que encontrei hoje de manhã quando cheguei? Eu não acredito que vi você dormindo com outro cara! E na minha própria casa ainda por cima!

–Pai...- comecei, mas ele me interrompeu

–Yuki, eu não quero saber! Só quero que isso não se repita, senão vocês dois vão se arrepender!- ele cruzou os braços e eu bufei:

–Qual é o problema de dormir ao lado de outra pessoa? Eu sempre fazia isso quando era criança e, além do mais, ele é meu irmão! Não é, mamãe?- olhei para ela procurando apoio, mas ela só encolheu os ombros e disse:

–Seu pai está certo, não é adequado.

–Filho.- ele suspirou- Vocês são irmãos, não é como se fossem casados, algum dia, talvez logo, ele se mude, depois você, cada um vai formar uma família diferente, então pare de ser tão dependente dele! Ao invés de dormir com ele, vá dormir com a sua namorada.

Pensar naquilo fez meu coração se apertar. Era verdade, era impossível um relacionamento a longo prazo, ele era meu irmão. Será que eu estava só me iludindo no fim das contas? Será que não era melhor arrumar uma pessoa legal, mesmo que fosse um outro cara, e viver normalmente com ele, com a possibilidade de me casar no futuro?

Apaixonado pelo meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora