Apaixonado pelo meu irmão

Eu não me arrependo de amar Aaron

Oi, oi! Capítulo novo para vocês! Espero que gostem!

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—Aaron...- comecei meio incerto, mas ele se levantou

—Eu não quero falar, Yu. Desculpe e não me leve a mal, mas eu só não quero falar com ninguém agora.- ele bufou e foi para o banheiro.

Culpa. A culpa doía em mim como se fosse uma dor física, nem quando Kou me jogou contra a mesinha e acabo cortando meu rosto doeu tanto assim. Amassei minha blusa, sentindo meus olhos se encherem de lágrimas. Ah, que droga... eu não queria começar a chorar no meio do corredor!

—Não é da minha conta, mas o que está fazendo no sentado no chão do corredor da minha sala?- perguntou uma voz masculina. Olhei e vi que era Sorata.

—Está certo, não é da sua conta!- respondi e saí correndo até minha sala. Bati na porta, com cara de choro mesmo, mas a professora de matemática olhou para mim e balançou a cabeça em negativa.

Fiquei a aula toda sentado ali, abraçando os meus joelhos e tentando entender porque meu coração doía tanto.

Assim que a professora saiu, Nekori saiu junto também e disse:

—Seu pai é um canalha.

—Você fala como se eu não soubesse.- falei azedo e ela revirou os olhos

—Estou sendo solidária a você. Fique feliz, agradeça e me dê aquele volume novo que saiu do meu BL favorito.- eu dei uma pequena risada com o seu jeito mal humorado

—Desculpa, Neko-chan, é só que... eu não sei o que fazer e acabei descontando em você.

—Ainda bem que você tem a mim, não é?- ela sorriu largamente- Bom, o que a gente pode fazer é convocar outra reunião de pais, na qual você pode contar o seu lado da história e mostrar que o seu pai é um grande filho da puta.

—Olha a boca!- falou o professor de história para ela, dando um sorriso depois- E você está bem? Eu nunca imaginaria que seu irmão seria capaz de fazer uma coisa dessas, um jovem tão simpático...

—Ele não fez nada.- falei e o professor balançou a cabeça

—Vai ser difícil superar o que houve se ficar em negação.

Eu não estou em negação, caramba! O que acontece é que meu pai é um belo filho da puta como Nekori disse!

Era isso que eu queria gritar, mas não precisava de uma advertência para somar aos meus problemas!

Durante a aula, eu tive que me acostumar com os olhares de pena e tristeza dirigidos a mim por todos, tirando Nekori. Até mesmo meus amigos me olharam assim.

Quando deu o sinal para o intervalo, eu estava louco para achar meu irmão, mas ele não estava na sala. Izumi disse que a última aula havia sido de matemática e a professora disse que enquanto houvesse um criminoso na sala dela, ela não daria aula.

Eu sabia que Aaron não aguentaria uma provocação dessas quieto e, como Izumi disse, não aguentou mesmo. Ele simplesmente saiu da sala de cabeça erguida, só que ninguém sabia aonde ele estava.

Nós procuramos nos banheiros e no telhado aonde ele costumava se sentar com os amigos, mas nada dele. Por fim, desistimos e nos sentamos à mesa de sempre, só que Nekori e Subaru não estavam dessa vez. Eu só queria deitar e dormir, estava tão cansado de tudo...

—Yuki...- começou Tenshi e eu levantei meu rosto para ela. Percebendo meu olhar cansado, ela suspirou- Aconteceu alguma coisa? Aquele maldito do seu irmão fez alguma coisa com você agora?