Epílogo

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Olá, olá! Esse epílogo aqui é para vermos como ficaram os personagens depois de alguns anos!

Depois disso, ainda teremos uma entrevista comigo e com os personagens, como a que fiz antes, então se alguém tiver alguma pergunta ou dúvida, é só mandar aqui que eu vou responder!

Ah, e eu já postei o último livro dessa série, "Apaixonado pelo meu professor" , já está disponível no meu perfil, não deixem de passar lá e já adicionar em suas bibliotecas e listas de leitura!

Espero que gostem desse capítulo, com narração do Aaron!

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Dormir ao lado de Yuki é a melhor coisa do mundo. Sério, eu amo como mesmo depois de anos, ele ainda se enrola em mim como um gatinho. Olhei às horas no relógio, sabendo que logo iria ter que levantar, mas podia aproveitar mais um pouco com ele.

Era tão rara essa oportunidade de ficarmos apenas nós dois na cama, sem ninguém para nos interromper. Acredite, quando se tem quatro filhos, essa era uma oportunidade única, mesmo que eu amasse minhas crianças.

E, sim, mesmo que fossem adotados eram meus filhos. Meus e de Yuki, claro. Nunca deixaria que nenhum deles se sentisse mal por isso como eu me senti por grande parte da minha infância e adolescência.

Enquanto eu fazia carinho nas vértebras superiores do meu irmão, um choro agudo de bebê me fez pular, rapidamente acordando Yuki.

-Ahn?- perguntou ele confuso, coçando os olhos. Eu ainda achava aquele homem adorável.

-Vou dar de comer para o bebê. Pode deitar.- dei um beijo no topo da sua cabeça, me levantando e colocando uma roupa. Eu estava habituado a dormir de cueca desde que voltei a morar com Yuki, para sentir a pele dele na minha, mas isso não significava que as crianças precisavam me ver assim.

-Mas você foi na última vez...- bocejou ele. A última vez havia sido há duas horas, Kotaro era insaciável quando se tratava de leite.

-Não tem importância.- respondi e o choro dele ficou mais agudo.

Me apressei até lá, vendo que Hiyori já tinha levantado e sacudia o bebê, tentando acalmá-lo. Hiyori era minha filha mais velha, tinha quinze anos, e era a única menina.

-Pode ficar com ele mais um pouquinho enquanto esquento o leite?- perguntei e ela assentiu, me seguindo.

Quase nunca a loirinha falava e quando fazia isso, geralmente era em tom baixo. Eu tinha sorte de ter uma adolescente tão comportada em casa, embora eu me preocupasse com o fato de ela ser tão retraída, mas sabia que isso era devido aos traumas que sofreu.

Ela havia passado por dois lares adotivos além do seu próprio quando fugiu da última casa e acabou sendo levada para o orfanato que meu irmão dirigia. No começo, ela mal falava e ao invés de se misturar com as outras crianças, ela preferia ficar encolhida em um canto na sala de Yuki, acho que ela sabia instintivamente que meu irmão nunca machucaria nem uma mosca.

Só depois ficamos sabendo que ela foi espancada várias e várias vezes, além de ter passado fome inúmeras vezes desde que os pais a abandonaram na rua quando não tinham mais condições de criá-la. Hiyori quase nunca falava sobre isso e eu preferia não forçar nada, até porque demorou para termos uma relação.

Como a menina se recusava a sair da sala de Yuki no orfanato e ele não se sentia bem em deixar uma criança dormindo no pequeno sofá de dois lugares que havia lá, ele resolveu trazê-la para casa, enquanto já cuidava de toda a papelada da adoção. Não foi nada planejado como foi com nossos outros filhos, tanto que Hiyori me conheceu na primeira noite e no mesmo momento ficou com medo de mim.

Apaixonado pelo meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora