Adoro ver você tendo atitude

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Olá, espero que gostem do capítulo!

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–Bom dia!- disse Aaron, com uma vitalidade espantosa me acordando para ir para a escola. Ao contrário dos outros dias, nos quais Aaron tinha uma cara de cansaço e estava meio desarrumado, hoje ele estava completamente vestido para ir para a escola, penteado e até perfumado. Pulei da cama ao vê-lo e ele nem precisou insistir para que eu levantasse. Nossa, acho que é verdade quando dizem que sexo melhora o humor das pessoas!

–Oi!- falei, dando um beijo profundo nele e me esquecendo que eu nem escovei os dentes ainda, mas ele não pareceu se incomodar e correspondeu o beijo.- Bom dia, nii-chan!

Levantei em um pulo, correndo para o banheiro e indo fazer minha higiene pessoal . Quando voltei para o quarto, apenas com uma toalha na cintura, percebi os olhos de Aaron esquadrinhando o meu corpo.

–Nii-chan!- reclamei, tapando meu rosto que ficou instantaneamente vermelho- Como você disse outro dia, não é nada que você já não tenha visto!

–E não é nada que eu me canse de ver.- ele se aproximou para me beijar, mas antes mesmo de podermos encostar os nossos lábios, minha mãe gritou do andar debaixo:

–O café está pronto.

–Estou indo!- meu irmão respondeu em voz alta e depois sorriu com carinho para mim- Vamos?

–Posso segurar sua mão?- perguntei, não conseguindo impedir um leve tom vermelho de colorir o meu rosto

–Só até a escada... mas depois no carro, podemos ir o caminho todo desse jeito.

–Okay.- respondi sorrindo e fiz questão de ficar de mãos dadas com ele o máximo que eu pude. Céus, eu pareço um viciado, quanto mais eu toco no meu irmão, mais eu quero tocá-lo. E nem precisar ser um toque sexual, só um simples toque desse já me deixa feliz e ansioso por mais. Infelizmente, chegamos cedo demais ao campo de visão dos nossos pais e tive que soltar dele.

–Bom dia.- falei, indo me sentar praticamente saltitando, e esquecendo momentaneamente que eu estava bravo com eles. É claro que papai não falhou em me lembrar perguntando:

–Precisa mesmo andar como uma mocinha feliz?

–Não.- respondi e terminei o meu percurso andando normalmente, talvez, pisando um pouco mais duro. Por quê? Por que ele sempre tinha que destruir a minha felicidade?

Respirei fundo, não era saudável ter ódio das pessoas, especialmente do meu pai... mas às vezes era tão difícil não odiá-lo! Comi o cereal de chocolate mal sentindo o gosto em parte pela raiva e em parte porque daqui a pouco eu iria estar atrasado.

Ninguém falou nada à mesa. Papai lia o jornal e fumava o seu cigarro sem interesse, mamãe olhava magoada para nós, eu comia sem tirar os olhos da comida e Aaron comia enquanto olhava para o teto sonhadoramente, provavelmente sonhando com o pai em que nós teríamos nossa própria e poderíamos saltitar se quiséssemos. E morando com ele, eu certamente iria querer. Não me entendam mal, gosto dos meus pais, mas quem não iria preferir morar com o namorado? É por isso que as pessoas se casam, não é mesmo?

–Terminei!- anunciei

–Também estou satisfeito, vamos?- perguntou Aaron, dando um olhar carinhoso para mim

–Hum-hum.- assenti- Tchau!

Ninguém me respondeu e eu ignorei. Assim que cheguei na garagem, suspirei aliviado:

–Não aguento mais essa casa! O que será que deu neles? Será que descobriram?- perguntei, subitamente preocupado

–Não, se descobrissem, com certeza, eu não estaria mais aqui. Ou papai me matava ou me expulsava!

Apaixonado pelo meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora